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Os banheiros públicos de Botucatu passam a maior parte do tempo trancados. E quando estão disponíveis, tem horário determinado para sua utilização em todos os pontos da cidade.
Isso porque não existem funcionários da prefeitura para a manutenção desses espaços que são um serviço básico para a população e de responsabilidade do poder público. Mas ao contrário disso, o poder das chaves ficam franqueados aos donos dos bares, lanchonetes, feirantes que trabalham nessas praças.
Portanto, os banheiros só estão disponíveis para a utilização da população, somente quando estes estabelecimentos estão em funcionamento. Ou seja, acabou a feira, fecharam as lanchonetes; estes banheiros estão completamente trancados!
Já na Vila dos Lavradores, bem em frente ao Pronto Socorro Infantil, o aviso já fica bem na porta, onde diz: “favor retirar a chave na banca ou nos quiosques” .
No centro da cidade, a situação não é diferente, ou seja, no marco zero da cidade onde está a Praça do Bosque, o banheiro é exclusivo à noite somente para uso dos feirantes às terças-feiras.
Já no Paratodos, não é diferente, às 18h é toque de recolher para quem precisa utilizar de um banheiro público, até mesmo porque o local parece mais uma grade de prisão.
Na praça Brasil Japão a situação é semelhante, dois dois banheiros masculino e feminino seguem o mesmo padrão, ou seja, todos os dois fechados com cadeados durante as noites.
Agora na praça que é a menina dos olhos de Botucatu, a Praça Rubião Junior, as portas fecham as 18h, isso à 50 metros da Prefeitura de Botucatu, lamentável.
A reportagem do Alpha Notícias percorreu os principais banheiros públicos da cidade de Botucatu e constatou que essa prática acontece em todos os banheiros públicos das principais praças da cidade.
Um local que seria para uso de todos os munícipes e em qualquer horário, são “administrados” por particulares.
E a situação consegue ser ainda pior. Já não bastassem este completo absurdo dos banheiros ficarem trancados, as condições de higiene destes estabelecimentos é muito precária faltando coleta do lixo, sujeira, insetos, odor fétido, falta de sabonete, álcool gel e papel higiênico.
E os funcionários destes estabelecimentos que trabalham com alimentos não tem condições mínimas para fazerem higiene nestes lugares e precisam buscar alternativas para isso.
O que a população precisa saber é o por quê desta situação? Já temos uma Guarda Civil Municipal que em suas premissas de trabalho, cuidam dos bens públicos, onde além dos prédios, são de responsabilidade os demais espaços, incluindo nossas praças e porque não nossos banheiros ditos “públicos“.
Por outro lado, se porventura tivermos que utilizarmos de forma emergencial as ruas ou praças para urinar, isso pode ser considerado uma contravenção penal em pelo menos 3 artigos do decreto lei 3.688/41, que podem atribuir sanção penal ao ato.
Agora vamos buscar solução para essa situação com o poder público municipal, seja através da zeladoria municipal ou secretaria competente para poder entender isso, se é que existe uma explicação, para esta questão que não condiz com o perfil de uma cidade em franco desenvolvimento, onde um serviço tão básico como um banheiro público é tão necessário.
Segue o vídeo com mais informações e relato de múnicipes.
Direção e Pauta: Fernando Bruder
Reportagem: Régis Vallée
