Coluna Celso Coelho

Fio Maravilha… Conheça a história do desengonçado João Batista de Sales

De maravilha estética “João Batista de Sales”, nada tem. Nascido em Conselheiro Pena, em 19 de janeiro de 1945.

Começou a carreira no clube da Gávea, aos 15 anos. O jogador tinha um futebol Folclórico” e “desengonçado”, mas fez gols em jogos importantes.

Trocou passes com grandes jogadores, Almir Pernambuquinho, Doval, Dionisio, Cesar Maluco, Silva Batuta e Zico, dividiu o campo algumas vezes com Garrincha.

Seu primeiro jogo foi uma derrota por 3 x 0 contra o Bahia, em jogo amistoso na Fonte Nova (21 de abril de 1965).

O primeiro gol foi contra o Fluminense, em jogo da Taça Guanabara, no Estádio das Laranjeiras (2 a 2, em 1º de setembro de 1965).

A origem de seu apelido “Fio”, segundo ele, possui duas versões: a primeira é por ter sido muito magro, e a outra, vem do fato das mães no interior chamarem os filhos de fio.

A fama chegou no jogo: Flamengo 1 x 0 Benfica, foi uma partida de futebol disputada no dia 15 de janeiro de 1972 válida pelo Torneio Internacional do Rio de Janeiro daquele ano, que ficou eternizada por conta de um gol marcado pelo atacante rubro-negro.

Este tento foi tão bonito que serviu de inspiração para o cantor Jorge Ben musicá-lo e fazer a canção Fio Maravilha: “Tabelou, driblou dois zagueiros, deu um toque, driblou o goleiro, só não entrou com bola e tudo porque teve humildade em gol”.

Em 2017, este gol foi considerado o segundo mais bonito da história do Maracanã pelo jornal O Globo, atrás apenas do gol de placa marcado pelo Pelé em 1961, pelo Santos

Celso Coelho

 

Um coração e dois times

Lembro-me deste tempo com certa nostalgia… Pois foi um tempo em que eu ainda dizia: “Doutor eu não engano, meu coração é corinthiano.”

Hoje não é mais, a famigerada democracia corinthiana tirou o Corinthians do meu coração. O tempo passou, mas a lembrança ficou deste jogo.

Nos meus 16 anos de idade, num sábado de pouco sol, eu sintonizado nas ondas curtas da Rádio Nacional do Rio de Janeiro, para ouvir a narração de Jorge Couri, no velho e também saudoso Maracanã, aquele que privilegiava os “geraldinos“, abria os seus portões para os torcedores de Flamengo e Corinthians num confronto da 13a rodada da 1ª. fase do Torneio Roberto Gomes Pedrosa, carinhosamente apelidado de Robertão.

O público era um pouco mais de 20 mil torcedores. Não fez jus, à antiga verdade de que Flamengo e Corinthians eram os reis do povo.

Creio eu, que possa haver uma explicação para esse período. O torcedor ainda estava desanimado, pois Flamengo e Corinthians estavam longe do protagonismo.

Eram meros coadjuvantes no futebol brasileiro. O Flamengo ganhava alguma coisa ao nível das margens da Baia da Guanabara. Um carioca aqui, outro acolá.

Já o Corinthians, coitado, era cheio de números vermelhos. Onze anos sem ganhar do Santos, treze anos sem ganhar o campeonato paulista. Ô dó!

Mas voltemos ao jogo… Pouco público, mas muitos gols, cinco no total. Fio, aos 10 minutos, abriu a contagem. Tales, aos quinze, empatou. E aos quarenta e quatro, virou para o curingão. Aos quinze minutos do segundo tempo,  Ademar Pantera empatou de novo para o Mengão. Aos quarenta minutos, Benê deu números finais ao confronto. Flamengo 2×3 Corinthians.

Confesso que este resultado foi pra mim como aquele copo com água até o meio. Não sei se meio cheio, ou meio vazio. Na verdade eu não sabia se comemorava a vitória do “Curintia”, ou chorava a derrota do “Mengo”. Pois, no jovem coração daquele adolescente ainda tinha lugar para Corinthians e Flamengo. Coisas do Futebol.

Três de Março

Há exatamente 43 dias do inicio do calvário e é esse o prazo para que o Flamengo arrume a casa.

Por irônia do destino e nesta data que comemoramos o aniversário (70 anos), daquele que com os pés tirou o Flamengo dos limites da Baia de Guanabara e apresentou ao mundo dizendo: “Isso aqui é Flamengo”.

Artur Antunes Coimbra. Simplesmente “ZICO” o nosso ETERNO ĪDOLO, entendam o calvário como sendo o Campeonato Brasileiro da Série A-2023, que começa para Flamengo no dia 15 de abril, no jogo contra o Coritiba.

E se nestes 43 dias a casa não tiver arrumada o jogo contra o Coritiba, poderá ser a primeira pá de cal rumo à sęrie B 2024.

Entenda a casa arrumada como sendo o exorcismo dos satanás: landim, braz e o português genérico. O genro da sogra.

Ou sai essa raça ou o Flamengo cai. Simples assim!… Quem viver verá.

Celso Coelho

Jogando para a Torcida

O que é jogar para a torcida? No linguajar “futebolês”, é falar aquilo que o torcedor gosta de ouvir.
E cá pra nós, no Brasil, quase sempre esse jogo não acontece dentro de campo e nem é jogado por aqueles que deveriam jogar de verdade, os jogadores de futebol.
Esse jogo, na maioria das vezes, é jogado nas cabines ou nos estúdios de transmissões e isso acontece no primeiro tempo, ao vivo e a cores, pela “marquetagem” de plantão, também conhecida por Mídia Esportiva, quase sempre parceira dos cartolas mequetrefes.
Já o segundo tempo, transcorre no dia seguinte ao jogo, nas famosas mesas redondas. A caça ao ibope é monstra e a disputa pela audiência é canina e quando essa audiência veste o rubro negro do Mengão ou o alvi-negro do Timão?
Aí sim, os craques de carrapetas nas mãos se esmeram nos adjetivos. Jogar para a torcida tem o seu preço. Custa alguma coisa, mas o lucro é certo.
Porque será que cotas de transmissões de jogos pela TV, quando envolvem o Flamengo e/ou Corinthians, o valor é maior?
Agradar flamenguistas e corintianos são normas de marketing da mídia, ou seja, faz parte do negócio.
Segundo as estatísticas, temos 45 milhões de flamenguistas e cerca de 30 milhões de corintianos e nesse universo de 75 milhões, antes de ser de torcedores são de consumidores.
O que fazer se o futebol foi mercantilizado?
Então jogar para a torcida é preciso.
Celso Coelho

Flamengo, a Bola da Vez

E por falar em bola, ela já está em solo marroquino, uma bola da vez em vermelho e preto. O Flamengo é a bola da vez, e chegou no mundial!

Na bagagem a missão de levar de volta ao topo do pódio, o futebol brasileiro, que há 11 anos no mundial de clubes e a 21 anos no mundial de seleções, não sabe mais o que é ser protagonista. Há tempos somos meros coadjuvantes.

O Flamengo chegou, hospedou, treinou e já sabe até quem será o primeiro adversário, na disputa do tão sonhado título.  Amanhã na semi-final enfrenta o Al Hilal de Michael, “o ex-pequisinho” de Goiás, e hoje das arábias.

O Al Hilal será o primeiro obstáculo, ao vencê-lo, o Flamengo terá no tudo ou nada o Real Madrid de Vinicius Jr., mas como tem ex os nossos adversários, só espero que a lei não se faça.

Agora imaginem vocês o peso que está nas costas do clube mais querido do país, pois além de quebrar um tabu do futebol brasileiro, o Flamengo carrega também o sonho de uma nação que ainda amarga as frustações da derrota no mundial de 2019.

Será essa missão, muita areia para o caminhãozinho rubro-negro que com um novo e genérico português na direção começou a temporada batendo biela? O empate no carioca com o Madureira e a perda da Super Copa do Brasil para o Palmeiras evidenciam essa desconfiança.

Mas, contudo, podemos dizer que o Flamengo ainda tem uma carta na Manga. O seu padroeiro São Judas Tadeu, o santo das causas perdidas. Quem sabe ele não dá uma voltinha lá por Marrocos e faça valer e acontecer.

Aguardemos os acontecimentos! Pois na verdade, para cumprir essa missão basta ao Flamengo ser simplesmente o Flamengo. Nada mais do que isso, para não se tornar o maior adversário de si mesmo. Saudações Rubro-negras!

Um Alvi-verde Imponente

Pois é pessoal a temporada mal começou e eis que surge o alviverde imponente. E bota imponente nisso, não deixou por menos, dois títulos disputados e dois canecos conquistados.

Um na base com o time de garotos, que deram um show de aproveitamento 100% na Copa São Paulo, e conquistaram o bi da disputa. E o outro com os profissionais do Abel, que deram um show de bola no Flamengo e conquistaram o título inédito da Super Copa do Brasil.

Olha se tem algum time no Brasil com intensão de reduzir o trabalho dos marceneiros da Academia, que comecem a vencer o Palmeiras, pois pelo andar da carruagem haja armário pra tanta taça.

O pior de tudo isso é sentir que essa gana palmeirense para conquistar títulos, me faz lembrar de uma famosa frase do velho lobo Zagalo: “Vocês vão ter que me engolir”. O Palmeiras sem sombra de dúvidas será na temporada 2023, o time a ser batido.

Não pensem vocês, ser fácil para um velho flamenguista reconhecer no momento a superioridade palmeirense. Diz o ditado que contra fatos não há argumentos. Se pelos fatos falta argumento, há o reconhecimento. Logo, quando surge o alviverde imponente, só resta ao flamenguista bater palmas e dizer: Parabéns Palmeiras!

Celso Coelho

Tchau Tite!

Enfim, Tite não é mais aquele, aliás ele nunca foi o técnico que o Brasil precisava. Acabávamos de protagonizar o maior vexame da história com a nossa seleção. 7×1 uma histórica goleada em plena Copa do Mundo imposta por uma seleção alemã, que por ironia do destino vestia vermelho e preto. Uma Alemanha rubro-negra.

 

Vergonha total, de um time comando pela dupla Parreira e Felipão, que pregavam aos quatro cantos, a conquista antecipada do título da Copa do Mundo; e olha que não era uma copa qualquer, era dentro do Brasil e custou milhões de reais aos cofres públicos.

 

Infelizmente para o brasileiro, foi uma copa de pouco futebol, muita foba, muito oba-oba e muita corrupção, ao ponto de Ronaldo o fenômeno dizer na época que não se faz copa do mundo com hospitais; mas ele só esqueceu de dizer que com pouco futebol não se ganha uma copa.

 

O pouco futebol levou ao vexame e o vexame obrigou a CBF renovar a comissão técnica. Sai a família Scolari e entra a família Tite. Que pena! A lição do 7×1 não foi aprendida, a única coisa que Tite renovou foi a sua conta bancária, o futebol da seleção continuou capenga; pergunte a Croácia.

 

Oito anos depois cá estamos novamente com a necessidade de substituir o técnico da seleção. O Tite se foi. Tchau Tite! Quem será o novo técnico? Um brasileiro ou um estrangeiro? Eis a questão.

 

Não, não basta simplesmente trocar de técnico, a verdadeira questão é: O que queremos? Continuar na mesmice ou queremos voltar ao protagonismo do futebol mundial? Afinal desde 2002 não subimos mais no pódio da copa do mundo.

 

Voltar ao protagonismo requer uma renovação de verdade e para que isso aconteça, o técnico não pode ser um brasileiro. Deve ser um estrangeiro de preferência nascido na Espanha e que atenda pelo nome de Guardiola.

Esse é o cara. O resto é jeitinho brasileiro.

Celso Coelho

Em festa paulista cariocas foram barrados

Por mais que as eliminações de Corinthians na segunda fase e São Paulo na terceira, sejam sentidas para a sequencia da Copinha. Afinal o Corinthians um dos fundadores e primeiro campeão da competição, que soma com oSão Paulo, um dos anfitriões, um total de 15 conquistas.
A debada dos Cariocas: Flamengo, Vasco e Fluminense na segunda fase e Botafogo na terceira. É o ponto mais negativo.
Mais vida que segue e a Copinha segue hoje abrindo a quarta fase também conhecida por oitavas de final realizando os quatro primeiros jogos entre os 16 melhores dos 128 que iniciaram a competicão.
São eles: Agua Santa, América-MG, Athlético-PR, Bragantino, Cruzeiro, Floresta, Fortaleza, Goiás, Ibrachina, Internacional, Ituano, Mirassol, Novorizontino, Palmeiras, Santos e Sport.
As partidas de hoje são:
Mirassol x Palmeiras
Floresta x Athlético-PR
Cruzeiro x Sport
Goias x Novorizontino.
Amanhã fechando as oitavas:
América-MG x Bragantino
Ituano x Internacional
Santos x Agua Santa
Ibrachina x Fortaleza.
Lembrando que os vencedores em numero de oito equipes vão disputar as quartas de final.
O vencedor de Mirassol x Palmeiras
enfrenta o vencedor de Floresta x Athlètico
O vencedor de Cruzeiro x Sport enfrenta o vencedor de Goias x Novorizontino.
O vencedor de América x Bragantino enfrenta o vencedor de Ituano x Internacional.
O vencedor de Santos x Agua Santa enfrenta o vencedor de Ibrachina x Fortaleza.
Futebol não tem lógica. Mas analisando o que aconteceu até agora:
Cruzeiro com 5 jogos 5 vitorias, 19 gols marcados, 3 sofridos, 16 gols de saldo e um aproveitamento de 100%.
Palmeiras com 5 jogos, 5 vitorias, 17 gols marcados, 2 sofridos, 15 gols de saldo e um aproveitamento de 100%.
Por essas campanhas são os francos favoritos.
Só não chegarão juntos na final. Pois pelo andar da carruagem eles irão se cruzar na semifinal.
Celso Coelho