Denúncia

“Se está portando um fuzil, não significa que seja bandido”, declaração do vereador Mário Ielo (PDT)

Uma declaração feita pelo vereador Mário Ielo (PDT) durante a última sessão da Câmara Municipal de Botucatu gerou forte repercussão e indignação pública.

Em discurso na tribuna, a respeito a operação policial no Rio de Janeiro, o parlamentar afirmou que “se está portando um fuzil, nao significa que seja bandido”, frase que rapidamente viralizou nas redes sociais e provocou uma onda de críticas à sua postura.

A fala foi considerada um desrespeito às forças de segurança e uma tentativa de relativizar a criminalidade armada.

Diversos moradores expressaram revolta nos comentários, classificando o discurso como “absurdo” e “inadmissível para um representante do povo”.

Reações políticas e institucionais

Políticos de outros partidos se manifestaram contra a fala de Ielo.

A coordenação do Partido NOVO em Botucatu publicou uma nota de repúdio condenando o pronunciamento do parlamentar botucatuense.

Quem empunha um fuzil contra policiais está cometendo um crime grave e colocando vidas em risco; defender esse tipo de postura é inaceitável, afirma a nota.

Já o munícipe Eduardo Tavares, expressou:

O vereador Ielo desrespeita os homens e mulheres que arriscam a vida diariamente para proteger a população.

Ana Clara Farias, moradora da Vila dos Médicos, também repudiou a declaração

O Vereador Mário Ielo precisa assumir publicamente o seu erro e se retratar à sociedade botucatuense e às forças policiais de nossa cidade e aos seus eleitores. Isso é uma decepção.

Um guarda civil municipal que pediu pra nao ser identificado na reportagem também manifestou sua indignação:

O vereador Ielo coloca em xeque a legitimidade do trabalho policial e incentiva a violência contra a população e contra nós que trabalhamos para manter nossa cidade segura. Estive nas ações contra os assaltantes que invadiram a cidade no assalto à Caixa Econômica Federal, há cerca de 5 anos. É eum absurdo a gente ter vivido aqueles dias de terror, e agora ouvir isso de um representante eleito pelo povo e ex-prefeito de nossa cidade. Atuamos sob o amparo da lei e em defesa da sociedade.

Já Irineu Demóstenes, comerciante declarou:

O discurso do vereador Ielo desvaloriza as instituições de segurança da nossa própria cidade e do nosso estado, e incita o desrespeito aos nossos policiais. Falas como essa numa plenária da Câmara Municipal não contribui para o diálogo democrático nem para a imagem da cidade.

Maria do Carmo, mãe de uma vítima de um assalto na capital há 3 anos, disse:

Meu filho saiu de Botucatu em busca de oportunidade na capital e o perdi pra sempre num assalto. Esse vereador não sabe a dor que sinto por ter perdido meu filho.

Entidades ligadas à sociedade civil organizada e grupos de apoio às famílias de policiais também manifestaram repúdio, destacando a importância da responsabilidade nas falas de autoridades públicas municipais.

Desgaste político

A repercussão negativa foi imediata. Mário Ielo, que já foi candidato a outros cargos e tem longa trajetória na política local, inclusive como ex-prefeito de Botucatu, enfrenta agora um dos maiores desgastes de sua carreira com a opinião pública.

Até o momento, o parlamentar não apresentou retratação pública nem esclarecimento oficial sobre o contexto da fala.

Nos bastidores, comenta-se que a Câmara Municipal pode avaliar a possibilidade de uma nota institucional reforçando o compromisso da Casa com o respeito às leis e às forças de segurança.

A polêmica segue dominando as conversas políticas em Botucatu, com grande repercussão nas redes sociais e nos grupos de discussão locais.

A equipe de jornalismo da Rede Alpha coloca-se a disposição do vereador para que possa esclarecer a população sobre suas declarações.

Acompanhem o trecho do vídeo:

Mato alto em terreno da própria Secretaria de Saúde de Botucatu expõe contradição e descaso com a zeladoria pública

O mato alto na entrada da Secretaria Municipal de Saúde de Botucatu, localizada na Rua Major Matheus, tem causado indignação entre moradores e servidores que passam diariamente pelo local. O que deveria ser um espaço de referência em cuidado e prevenção à saúde pública se transformou em exemplo de abandono e falta de manutenção por parte da própria Prefeitura.

A vegetação, que já ultrapassa muito mais de 10 centímetros de altura, toma conta das áreas de acesso e canteiros do prédio, comprometendo a circulação de pedestres e oferecendo riscos à segurança e à saúde — com possibilidade de abrigo para insetos e animais peçonhentos.

A situação se torna ainda mais contraditória diante do Decreto Municipal nº 14.434, assinado no início do ano pelo prefeito Fábio Leite, que prevê multa aos proprietários de terrenos que deixarem o mato crescer acima do limite permitido. O texto do decreto é claro ao determinar que o mato não deve ultrapassar 10 centímetros de altura e que o descumprimento resultará em autuação e cobrança dos custos de limpeza pela Prefeitura.

O decreto, publicado como parte do Plano de Enfrentamento à Dengue, visava justamente combater o acúmulo de lixo e mato alto em terrenos baldios e públicos, para evitar criadouros do mosquito Aedes aegypti. No entanto, o próprio poder público parece ignorar as regras que impôs aos cidadãos.

Moradores da região relatam que há semanas o mato cresce sem qualquer sinal de manutenção. “É um absurdo ver um local da Secretaria de Saúde, que deveria dar exemplo de cuidado, tomado pelo mato. Se fosse um terreno particular, o dono já teria sido multado”, comentou uma moradora que trabalha nas proximidades.

A denúncia revela uma contradição incômoda: enquanto o município pune os cidadãos por deixarem seus terrenos sujos, a Secretaria responsável por cuidar da saúde da população convive com o descuido em seu próprio espaço.

A população cobra providências imediatas da Prefeitura e da Secretaria de Zeladoria, para que o terreno seja limpo e o exemplo venha, de fato, de quem tem o dever de zelar pela cidade.

Ventos de 95 km/h derrubam estrutura de festa universitária no interior de SP; um homem morreu

Um homem morreu na madrugada deste domingo, 2, ao ser atingido por um galho durante uma festa universitária no Aeropark Clube de Voo Desportivo, na Rodovia Raposo Tavares, em Regente Feijó, no interior paulista. Rajadas de vento de aproximadamente 95 km/h foram registradas naquela região, de acordo com o Centro de Gerenciamento de Emergências da Defesa Civil de São Paulo.

Segundo a Defesa Civil, a vítima tinha 47 anos e sofreu traumatismo craniano. “Ele foi socorrido, mas infelizmente não resistiu aos ferimentos e faleceu”, diz em comunicado. Outras cerca de 40 pessoas ficaram feridas, das quais três estão internadas.

O vendaval chegou a derrubar a estrutura metálica da festa, que era uma celebração de “meio de curso” chamada “Medland”. O evento foi promovido pela comissão de formatura de estudantes da Faculdade de Medicina da Universidade do Oeste Paulista (Unoeste).

Ao menos um homem morreu e 40 pessoas ficaram feridas após vendaval atingir local de festa no interior de São Paulo Foto: Polícia Militar de São Paulo

Nas redes sociais, a comissão divulgou uma nota em que manifesta “profundo pesar e consternação pelo trágico ocorrido” e que presta apoio. O grupo destacou que a organização seria de responsabilidade da empresa Euphoria, mas não se manifestou até o momento.

A comissão de estudantes destacou que é formada “por estudantes que compartilham do mesmo sonho e estavam igualmente presentes na celebração, está profundamente abalada com o ocorrido”. “Nossa prioridade é prestar todo o apoio e solidariedade às famílias e amigos das vítimas, bem como aos colegas que vivenciaram esse momento tão difícil, que abalou profundamente toda a nossa comunidade acadêmica”, completa.

Já a Unoeste ressaltou, em nota, a “sua profunda solidariedade aos alunos do curso de Medicina, familiares e demais pessoas envolvidas”. “Embora se trate de evento organizado de forma independente, a universidade, coordenação do curso e professores estão diretamente em contato com os envolvidos atuando de forma a acolher e se solidarizar com nossos alunos e familiares”, completou.

Nas redes sociais, artistas e DJs que participaram da festa prestaram solidariedade. “Apesar do enorme susto, toda a nossa equipe está bem”, destacou o DJ Luis Missiato. “Neste momento, nossos pensamentos e orações estão voltados a todos os afetados”, publicou o cantor Andre Felix.

O Corpo de Bombeiros e a Defesa Civil das cidades de Presidente Prudente e Regente Feijó atuaram no socorro. Os feridos foram encaminhados para o Hospital Regional e para a Santa Casa de Presidente Prudente.

O Estado de São Paulo está em alerta para fortes chuvas de sexta-feira, 31, até este domingo, 2, devido à passagem de uma frente fria e umidade vinda da Amazônia. “Há previsão de temporais, rajadas de vento e descargas elétricas, com risco de alagamentos, deslizamentos e quedas de árvores“, diz aviso da Defesa Civil.

Fonte: Estadão

Após reportagem da REDE ALPHA, direção do Prêmio Band Cidades Excelentes e Instituto Áquila divulgam Nota sobre critérios da premiação

Botucatu viveu, em outubro de 2025, um episódio que causou estranhamento entre servidores, técnicos e cidadãos atentos à gestão pública. No dia 13, o Tribunal de Contas do Estado de São Paulo (TCE-SP) divulgou o Índice de Efetividade da Gestão Municipal (IEG-M) referente ao exercício de 2024, atribuindo ao município a nota C+, classificada como “baixa efetividade” — o pior desempenho da cidade na última década.

Apenas 24 horas depois, no dia 14, Botucatu subia ao palco para receber o Prêmio Band Cidades Excelentes, promovido pelo Grupo Bandeirantes e pelo Instituto Áquila, sendo anunciada como destaque estadual entre municípios acima de 100 mil habitantes. O reconhecimento veio com uma nota de 76,66 pontos, considerada “excelente” pela metodologia do prêmio — que, segundo seus próprios organizadores, avalia praticamente os mesmos eixos analisados pelo TCE: educação, saúde, governança, planejamento e sustentabilidade.

Contradição nos números e queda de desempenho

A série histórica do IEG-M mostra que Botucatu manteve avaliações regulares entre 2018 e 2024, mas apresentou queda expressiva em 2025. O índice de Planejamento (I-Plan), por exemplo, despencou de B para C, enquanto Educação (I-Educ) manteve a nota C+ pelo segundo ano consecutivo. Já Saúde (I-Saúde) e Gestão Ambiental (I-Amb) seguem estagnadas, sem avanços significativos.

Os resultados, divulgados pelo órgão de controle, contrastam fortemente com o desempenho considerado “excelente” no ranking do Índice de Gestão Municipal Áquila (IGMA) — base do prêmio da Band.

Dúvidas sobre transparência e conflito de interesse

O Instituto Áquila, responsável técnico pela metodologia do prêmio, é uma consultoria privada que atua também no setor público, oferecendo cursos e programas de gestão a prefeituras e governos. Essa atuação levou a Rede Alpha de Comunicação a questionar possíveis conflitos de interesse, já que o mesmo instituto que presta serviços de consultoria a administrações públicas também as avalia em uma premiação nacional.

Entre os questionamentos feitos à organização estão:

  • Quem audita o Instituto Áquila?

  • Quais dados são utilizados no cálculo do IGMA e se eles são de fato públicos e auditáveis?

  • Há municípios premiados que também são clientes do instituto?

Resposta oficial do Prêmio Band Cidades Excelentes

Em nota enviada à Rede Alpha, a direção do prêmio afirmou que:

“Todos os dados utilizados para o ranqueamento do IGMA são públicos, disponibilizados pelos Municípios em seus Portais de Transparência ou sites oficiais, sujeitos à fiscalização dos Tribunais de Contas dos Estados.”

Segue a nota na íntegra:

A organização também destacou que a metodologia está detalhada no livro “Cidades Excelentes” (Editora Escola de Gestão Áquila, 3ª edição), e que o ranking completo está disponível no site https://igma.aquila.com.br.

O comunicado acrescenta ainda que o Prêmio é auditado por empresas especializadas e que o Instituto Áquila “não possui qualquer relação contratual com o Município de Botucatu/SP”, reforçando que suas atividades seguem as diretrizes da Lei nº 14.133/2021 (Lei de Licitações e Contratos Administrativos).


Diálogo entre a Rede Alpha e o Instituto Áquila

Em conversa com o assessor de imprensa do prêmio, Marco Antonio Sabino, o jornalista Fernando Bruder buscou esclarecimentos adicionais. Sabino afirmou que “não há interpretação dos números”, e que “as informações são coletadas automaticamente por ferramentas de Inteligência Artificial a partir dos portais municipais”.

Questionado sobre a checagem da veracidade dos dados e a possibilidade de distorções, Sabino respondeu:

“Os números são públicos e estão sujeitos à fiscalização do Tribunal de Contas e do Ministério Público. Outras cidades além de Botucatu já foram premiadas mais de uma vez.”

Apesar disso, as diferenças entre os indicadores oficiais do TCE e o resultado do IGMA continuam levantando dúvidas sobre a efetividade dos critérios utilizados.

Especialistas alertam para risco de “marketing institucional”

Analistas de gestão pública consultados pela Rede Alpha afirmam que premiações privadas, quando sem auditoria pública e metodologia plenamente aberta, podem servir como ferramenta de marketing institucional, mascarando deficiências apontadas por órgãos oficiais.

A proximidade entre a divulgação do índice do TCE-SP e a cerimônia do prêmio reforçou a percepção de contradição e uso político da imagem de “cidade modelo”, sem correlação direta com os resultados técnicos da administração municipal.

Transparência e compromisso com o público

A Rede Alpha de Comunicação reafirma seu compromisso com a transparência da informação e a fiscalização do uso de indicadores públicos, oferecendo à população de Botucatu dados e posicionamentos de todas as partes envolvidas.

Nosso papel é garantir que o cidadão tenha acesso a informações claras, verificáveis e equilibradas, especialmente quando envolvem prêmios, recursos públicos e a reputação da cidade.

Transparência é o primeiro passo para a excelência — não apenas em prêmios, mas na vida pública.


Rede Alpha de Comunicação – Botucatu/SP
Com reportagem de Fernando Bruder e edição de redação

De quem é a responsabilidade pela manutenção de prédios antigos e abandonados em Botucatu?

Em várias áreas da cidade de Botucatu, imóveis antigos e abandonados se transformaram em motivo de preocupação para quem passa por perto.

Estruturas comprometidas, infiltrações, muros caindo e telhados prestes a desabar compõem uma paisagem que preocupa moradores e comerciantes.

A pergunta é inevitável: quem deve arcar com a responsabilidade pela manutenção desses imóveis — os donos ou a Prefeitura?

Segundo a legislação brasileira, a responsabilidade é sempre do proprietário, mesmo quando o imóvel não é tombado nem reconhecido como patrimônio histórico.

O Código Civil (Lei nº 10.406/2002) determina que todo proprietário deve zelar pela conservação e segurança de sua propriedade, evitando que ela cause danos a terceiros.

Caso ocorra um acidente ou desabamento, ele pode ser responsabilizado civil e criminalmente, conforme os artigos 1.277 do Código Civil e 132 do Código Penal.

O dever da Prefeitura é de fiscalização

O poder público tem papel fundamental. A Prefeitura deve fiscalizar e intervir preventivamente quando há risco à vida ou à integridade de pessoas.

Essa obrigação decorre do poder de polícia administrativa, que permite ao município notificar proprietários, interditar imóveis perigosos e até executar reparos emergenciais — sempre com a posterior cobrança dos custos ao dono do bem.

Em Botucatu, as regras locais reforçam essa obrigação. O Código de Obras e Edificações (Lei Complementar nº 1.216/2019) e o Código de Posturas Municipais (Lei Complementar nº 1.223/2019) determinam que:

  1. É dever do proprietário manter o imóvel em condições de segurança e higiene;
  2. O município pode aplicar multas, interditar e notificar em casos de risco;
  3. Caso o dono não execute as melhorias, a Prefeitura pode realizar obras emergenciais e cobrar os valores depois.

Desapropriar não é solução

A deterioração de imóveis antigos não justifica uma desapropriação.

Pela Constituição Federal (art. 5º, XXIV) e o Decreto-Lei nº 3.365/1941, só é possível desapropriar por utilidade pública ou interesse social, com justificativa amplamente apresentada e com indenização prévia e justa.

Isso significa que, se a Prefeitura decidir desapropriar imóveis degradados, sem real interesse público, o município assume o custo — muitas vezes elevado — gerando ônus ao erário municipal.

O caminho correto é a fiscalização contínua, notificação dos responsáveis e, em casos de emergência, execução subsidiária das obras com posterior ressarcimento cobrado do proprietário.

Leis que regulamentam o tema

1. Federal:

  • – Código Civil (Lei nº 10.406/2002) – responsabilidade do proprietário (arts. 1.275 e 1.277);
  • – Código Penal (art. 132) – perigo à vida causado por negligência;
  • – Decreto-Lei nº 3.365/1941 – regras de desapropriação;
  • – Constituição Federal (art. 5º, XXII e XXIV) – direito de propriedade e indenização.

2. Estado de São Paulo:

  • – Lei nº 10.177/1998 – regula o processo administrativo estadual, aplicável a fiscalizações;
  • – Decreto nº 52.929/2008 – normas da Defesa Civil sobre imóveis em risco estrutural.

3. Botucatu:

  • – Lei Complementar nº 1.216/2019 – Código de Obras e Edificações;
  • – Lei Complementar nº 1.223/2019 – Código de Posturas Municipais;
  • * Lei Orgânica do Município – dever de proteger a segurança urbana e o bem coletivo.

Segurança e prevenção

Na prática, prédios antigos sem tombamento continuam sendo de responsabilidade dos donos, mas o poder público deve agir quando há risco à população, mas sem ter que desapropriar e ter que comprar o imóvel.

A omissão de ambos — proprietário e Prefeitura — pode resultar em acidentes graves e prejuízos públicos, além de custos desnecessários com desapropriações indevidas.

A legislação é clara: manter o imóvel seguro é dever do proprietário, mas proteger a coletividade é um dever da prefeitura.

Cabe à Prefeitura de Botucatu agir com rigor na fiscalização, evitando que o descaso e a falta de manutenção se transformem em tragédias anunciadas.

Portanto, a Prefeitura tem o dever de fiscalizar e agir em situações de risco, mas não pode utilizar a desapropriação como solução para abandono, sob pena de gerar gasto indevido de recursos públicos.

Em Botucatu, o Código de Obras e o Código de Posturas oferecem base legal para autuar e notificar donos de imóveis degradados, cabendo ao município agir com firmeza para evitar tragédias e preservar a segurança urbana, sem onerar injustamente a população que paga seus impostos corretamente.

Perguntas que permanecem sem resposta

  1. Por que a Prefeitura de Botucatu não realiza fiscalização periódica em todos os prédios antigos da cidade, especialmente aqueles em evidente estado de abandono?
  2. Por que a Prefeitura de Botucatu não promove o tombamento dos imóveis de reconhecido valor histórico e cultural do município, como forma de garantir sua preservação?
  3. Por que a Prefeitura tem permitido a demolição de prédios antigos de valor histórico, abrindo espaço para empreendimentos comerciais modernos em áreas que deveriam ser preservadas?
  4. Por que prédios emblemáticos como o Museu do Café, o Casarão do Conde de Serra Negra, a Antiga Biblioteca Municipal da Rua João Passos, a Antiga Rodoviária da Floriano Peixoto e a Estação Ferroviária continuam sem manutenção e se deteriorando ano após ano, diante da omissão do poder público?

A população assiste atônita essas situações que a cada ano se acumulam no município sem intervenção do poder público.

A Rede Alpha continuará acompanhando os desdobramentos dessa situação e atualizando a população.

📞 Denúncias e informações
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Agressão com teor transfóbico aconteceu em frente a uma adega após discussão no Jardim Monte Mor

Na noite de quarta-feira, 18 de outubro, a jovem Vitória Bianchessi Alves Trombado relatou ter sido agredida em frente à uma adega localizada próxima ao Bairro Monte Mor. Segundo o relato, Vitória estava acompanhada de uma amiga e de outros conhecidos, quando foi surpreendida por um soco no rosto, caindo para trás.

“Eu senti algo nas costas, virei para ver o que era e levei um soco no rosto. Caí, e os meninos me seguraram. Eu não conhecia o agressor, nunca tinha conversado com ele”, contou Vitória.

De acordo com ela, o homem envolvido na agressão era conhecido de sua amiga, uma mulher trans. Momentos antes, o grupo estava reunido no restaurante do Forasteiro, em uma roda de amigos em comum.

Vitória relata que o conflito teve início quando o agressor teria feito comentários preconceituosos e desrespeitosos em relação à identidade de gênero de sua amiga.

Em resposta, a mulher revelou um episódio do passado envolvendo o homem, quando ele teria enviado vídeos íntimos a ela.

Após a troca de palavras, o agressor aparentou não se importar e riu da situação, segundo as testemunhas. No entanto, ao descerem para a adega, o ataque aconteceu de forma inesperada e pelas costas, conforme a vítima.

Vitória afirma não ter envolvimento direto na discussão e diz ter sido agredida injustamente. O caso deverá ser encaminhado às autoridades para apuração.

“Eu sou inocente, não tinha nada a ver com a história. Fui atacada sem motivo”, completou.

O Portal Alpha Notícias acompanha o caso

Prefeitura de Botucatu derruba imóveis históricos para construir estacionamentos no Centro

Dois imóveis históricos da região central de Botucatu começaram a ser demolidos para dar lugar a novos estacionamentos que servirão ao Mercado Municipal. A decisão da Prefeitura tem causado indignação entre moradores e defensores do patrimônio histórico da cidade, que questionam o custo, a urgência e a real necessidade da obra.

Há cerca de cinco meses, o próprio Poder Público retirou os serviços administrativos que funcionavam dentro do Mercadão, passando a operar em um imóvel alugado pertencente ao grupo empresarial da Transportadora Phênix.

Desde então, o movimento no mercado despencou, restando apenas alguns comerciantes e lanchonetes em funcionamento.

O estacionamento existente no local, segundo os permissionários, sempre foi suficiente para atender o reduzido fluxo de clientes.

Mesmo assim, o prefeito Fábio Leite autorizou a desapropriação de dois imóveis vizinhos, avaliados em R$ 337 mil e R$ 558 mil, conforme consta no Decreto Municipal nº 13.582, de 30 de junho de 2025. Um dos imóveis pertencia à família Cury e o outro à família Giovanoni Di Folco.

Antes disso, a Prefeitura havia publicado o Decreto nº 13.566, de 10 de junho de 2025, que previa a desapropriação de apenas um dos imóveis, pertencente à família Cury.

No entanto, esse decreto foi revogado apenas vinte dias depois, sendo substituído pelo Decreto nº 13.582, que ampliou o processo para incluir o segundo imóvel.

O que chama ainda mais atenção é o fato de que os dois imóveis não são contíguos — eles estão em lados opostos da rua—, mas mesmo assim foram declarados de utilidade pública e terão a mesma destinação: a construção de estacionamentos para o Mercado Municipal. A área, segundo comerciantes locais, não possui outros estabelecimentos comerciais relevantes que justifiquem a necessidade de novos estacionamentos.

O decreto ainda traz dois trechos que reforçam a intenção de urgência da Prefeitura:

“A presente declaração de utilidade pública é de caráter urgente para os devidos fins.” (Art. 3º)

“As despesas decorrentes com a execução deste Decreto correrão por conta de dotação própria consignada no orçamento.” (Art. 4º)

A “urgência” destacada no documento tem sido duramente criticada por moradores de outras regiões da cidade, especialmente dos bairros Vida Nova Botucatu e Bem-Te-Vi, que há mais de dois anos aguardam a construção de postos de saúde prometidos ainda na gestão do ex-prefeito Mário Pardini.

Com a demora, os moradores desses bairros são obrigados a buscar atendimento no posto de saúde de Rubião Júnior, que já opera no limite, sobrecarregando servidores e comprometendo o atendimento à população local.

O atual prefeito, Fábio Leite, chegou a reafirmar o compromisso de construir os dois postos de saúde durante o anúncio dos 100 primeiros dias de governo, em abril deste ano. No entanto, passados mais de 200 dias, nenhuma obra foi iniciada.

Enquanto os moradores da periferia esperam por serviços básicos de saúde, o governo municipal investe quase R$ 900 mil na compra e demolição de imóveis históricos, para construir estacionamentos em uma área que sequer tem recebido revitalização e onde o movimento de pessoas caiu drasticamente.

A decisão levanta questionamentos sobre as prioridades da atual gestão, que tem privilegiado intervenções no centro da cidade em detrimento das demandas urgentes da população mais vulnerável.

A população questiona as prioridades da administração municipal, preservação de prédios históricos e a falta de recursos para obras prioritárias a moradores sem acesso adequado à saúde na periferia da cidade.

📞 Denúncias e informações podem ser enviadas à Rede Alpha de Comunicação pelos números (14) 99695-5853 ou (14) 99661-6411.

Botucatu gasta mais de R$ 87 mil em Stand para 3 dias em São Paulo com 2 contratações sem licitação

A Prefeitura de Botucatu, por meio das Secretarias de Desenvolvimento Econômico e de Turismo, realizou duas contratações diretas, sem licitação, que somam R$ 87.020,00 para participar da Feira do Empreendedor 2025, promovida pelo Sebrae. O evento ocorrerá de 15 a 18 de outubro de 2025, das 10h às 20h, no São Paulo Expo, um dos mais modernos centros de eventos do país.

O primeiro contrato, nº 172/2025, foi firmado diretamente com o Sebrae-SP, via inexigibilidade de licitação, no valor de R$ 32.580,00, referente à locação de dois estandes de 12 m² cada, localizados na Rua D, espaços CD 560 e CD 561, identificados como “Prefeitura de Botucatu”.

O segundo contrato, no valor de R$ 54.440,00, foi celebrado com a empresa C41 Produções por dispensa de licitação, para a montagem e cenografia do estande.

Somadas, as duas contratações totalizam R$ 87.020,00 de dinheiro público investido em uma estrutura temporária de apenas três dias.

Feira do Empreendedor: evento nacional de negócios

Desde 2012, a Feira do Empreendedor do Sebrae é uma das maiores vitrines de negócios do país, reunindo milhares de visitantes e empreendedores de diferentes setores.

A edição de 2025 contará com sete eixos temáticos — Cidade Empreendedora, Comece seu negócio, Comportamento Empreendedor, ESG e impacto social e ambiental, Gerencie o seu dinheiro, Inovação e tecnologia e Marketing e vendas — e oferecerá palestras, painéis, consultorias, rodadas de negócios e oportunidades de networking.

O eixo Cidade Empreendedora é voltado à promoção do desenvolvimento sustentável nas cidades, mostrando como as prefeituras podem fomentar o empreendedorismo local e fortalecer circuitos turísticos regionais.

No entanto, Botucatu não divulgou publicamente o conteúdo de sua participação, quais empresas locais serão beneficiadas ou como se deu a seleção dos expositores que usarão o espaço custeado com dinheiro público.

Ausência de transparência e possíveis irregularidades

Nem no contrato com o Sebrae nem no processo de dispensa de licitação da montagem do estande há informações sobre a escolha dos empresários participantes, tampouco plano de comunicação, metas de resultado ou estudo de retorno econômico.

Essa ausência de informações fere os princípios da publicidade e eficiência administrativa previstos no artigo 37 da Constituição Federal.

Além disso, o contrato com o Sebrae estabelece que todas as despesas de montagem, limpeza e desmontagem são de responsabilidade da Prefeitura, reforçando o caráter oneroso e duplicado do gasto público, já que a cenografia foi contratada separadamente pela gestão municipal.

Erros e inconsistências documentais

A análise dos documentos revela diversas falhas e contradições:

  1. O termo de referência do contrato de montagem cita trechos de outros editais, como “conclusão de cursos”, demonstrando falta de revisão técnica;
  2. O contrato com o Sebrae prevê vigência limitada à feira, mas o contrato de cenografia foi firmado com vigência de um ano, sem justificativa;
  3. O preço total da estrutura (R$ 87 mil) excede o custo médio de estandes de mesmo porte em feiras nacionais, que variam entre R$ 1.200 e R$ 1.500 por metro quadrado, conforme orçamentos de eventos corporativos semelhantes;

A pesquisa de preços para a dispensa de licitação foi restrita e sem transparência pública, contrariando o artigo 23 da Lei 14.133/2021.

Recursos pagos pelo Gabinete do Prefeito

Outro ponto crítico é a origem da verba. Embora o contrato envolva as secretarias de Turismo e Desenvolvimento Econômico, os pagamentos foram empenhados na dotação orçamentária do Gabinete do Prefeito, sob o título “Manutenção da Estrutura Administrativa”.
Essa prática pode configurar desvio de finalidade orçamentária, já que a despesa não guarda relação direta com as atribuições do gabinete.

Gastos podem ser ainda maiores

Os valores revelados até agora não representam o custo total da participação de Botucatu na Feira do Empreendedor.

A Prefeitura ainda não divulgou os gastos com a delegação municipal que irá trabalhar no estande — incluindo transporte, alimentação, hospedagem, diárias, horas extras de servidores e deslocamentos oficiais — nem os custos dos empresários convidados que utilizarão o espaço público.

Ou seja, o investimento de R$ 87 mil pode crescer significativamente, sem que haja, até o momento, nenhum relatório de previsão orçamentária ou de controle de despesas complementares.

Baixo retorno e alto custo

Especialistas em gestão pública apontam que, embora a Feira do Empreendedor seja um evento de relevância nacional, o modelo de participação adotado por Botucatu — sem planejamento, metas ou transparência — transforma uma ação de fomento em um ato de autopromoção política e marketing institucional.

Com o gasto superior a R$ 87 mil em apenas três dias, sem previsão de resultados concretos, o investimento da Prefeitura de Botucatu levanta suspeitas de má gestão e uso ineficiente de recursos públicos.

Prefeitura e Sebrae não responderam

A Rede Alpha de Comunicação questionou oficialmente a Prefeitura de Botucatu, enviando solicitação de mais informações sobre esse evento ao Prefeito, Fábio Leite; ao Secretário do Gabinete, Curumim; à Secretaria de Comunicação, Cinthia Al-Lage; à Secretaria do Turismo, Roberta Sogayar e ao Secretário de Desenvolvimento Econômico, Luís Bravin. Como também, foi enviada ao Sebrae SP e ao Sebrae Botucatu para esclarecimentos sobre:

  • – Quais empresas locais participarão do estande?
  • – Como foi feita a seleção dos expositores para o stand de Botucatu?
  • – Quais os resultados esperados com todo esse investimento?
  • – E quais serão os gastos totais com a equipe e com os empresários da delegação de Botucatu?

Até o fechamento desta edição, nenhuma das autoridades e instituições responderam aos questionamentos.

Foto: Redes Sociais