Como evitar a sobrecarga emocional?

Atualmente, vivemos em um mundo que exige cada vez mais de nós em todas as áreas da vida, e pensando em um fluxo de sistema, temos que ser ”perfeitos” em tudo o que fazemos porque cada vez mais, as pessoas se tornaram mais exigentes consigo mesmas e com os outros na velocidade da luz, e todos os erros são rapidamente evidenciados e as qualidades passam a não ser mais do que a ”sua obrigação”.

Fato é, que tanto na vida pessoal diante dos relacionamentos com as pessoas que convivemos ou dentro das empresas no mundo corporativo, mesmo que nosso esforço seja intenso, não conseguimos lidar com as ”expectativas” que os outros colocam sobre nós o tempo todo e na maior parte das vezes, as pessoas querem ”jogar” ou ”transferir” as responsabilidades delas para nós como em um ato de desespero ou pedido de ajuda, ou mesmo apenas para se livrarem da culpa ou impressão que elas mesmas colocam sobre as situações.

Para conseguir dar conta de tudo, acabamos sobrecarregando nosso sistema emocional, muito além do que é saudável ou possível de suportar, para passar a impressão de que somos fortes e inabaláveis, mesmo que por dentro, a sensação que temos é de que tudo está desmoronando a muito tempo, e a vontade interna é de ”gritar para todos” e no silêncio dos nossos pensamentos, nos calamos e apenas sorrimos para as pessoas, nos conformando de que nem todos vão conseguir nos ouvir ou entender, até porque atualmente, cada um se importa mais consigo mesmo, menos com os outros porque trocamos o ”amor pelas pessoas” pela ”expectativa do que somos ou do que as pessoas precisam ser para nós”.

E com o tempo, de uma simples noite de ”insônia”, logo vêm o estresse do dia a dia, ansiedade pelo acúmulo de preocupações, podendo se agravar em momentos depressivos ou até mesmo distúrbios fisiológicos e outras doenças agravantes da mente e corpo físico que nos impedem de acreditar que um dia as coisas realmente irão melhorar, e como um ato inconsciente, buscamos as respostas em novos negócios, em maiores faturamentos, em outro cargo ou ocupação empresarial, ou culpamos o indivíduo diferente da equipe, o chefe autoritário, o líder sem noção ou a empresa que tem um sistema que ”só nos suga”.

Independentemente se culpamos a nós mesmos, aos outros ou ao sistema, fato é que raramente paramos para prestarmos a atenção em nossas emoções e atitudes, como se nos esquivássemos todos os dias, desviando nossa mente para fugirmos de nós mesmos, até chegar em um momento do ”botão do basta”. E quando esse dia chegar, nós ”chutamos o balde” não porque somos corajosos, mas porque não há outra opção a fazer.

Quantas vezes você já se perguntou ”o que eu ainda estou fazendo aqui?” ou ”porque isso só acontece comigo”? Então, convido você a respirar fundo, bem fundo e lentamente e apenas refletir na seguinte questão:

”Quais sobrecargas você está segurando hoje em sua vida?”

Essa Questão está relacionada a pessoas que jogaram suas responsabilidades em cima de você e você por educação as aceitou como suas, ou a sua autocobrança imaginando que ”agora as coisas serão como eu imaginaria” e ao invés de aproveitar a cada momento que você tem diante de você e dar oportunidades que Deus te deu, você apenas fica aguardando as coisas em algum momento serem realmente como você quer que sejam, e nos esquecemos que, segundo estudos de psicologia positiva, ”90% das coisas, acontecem diferentes do que planejamos”. Ou seja, em outras palavras: ”Quando alguma coisa aconteceu exatamente como você planejou?” Então, se as coisas não são como você quer, faz sentido que você pode estar buscando uma ilusão que nunca será a realidade?

 

Então, agora sim é o ”X” da questão. Quando nós aprendermos a lidar ” com os imprevistos” entendendo que eles fazem parte do nosso dia a dia, vamos diminuir nossas frustrações e consequentemente, nossa carga emocional, seja ela qual for.

Porque, se eu sei que planejar o resultado final é o que vou trabalhar para cumprir e chegar lá, mesmo que durante o trajeto, as coisas sejam um pouco diferentes, tomem rumos, ferramentas ou as pessoas envolvidas acabem agindo de forma diferente, no final, o objetivo que eu buscava acontecerá? Então, será que não vale a pena apenas diminuir a autocobrança com você mesmo e apenas ”curtir o momento”, ou seja, aceitar ou receber as coisas que você não tem controle, como realmente elas são? E as coisas que estão nas suas mãos, fazer o seu melhor para que aconteçam?

Quando conseguirmos aplicar essa regra nas nossas vidas, a sobrecarga diminuirá relativamente, ainda mais quando aprendermos a ”colocar limites” para as cargas dos outros, aceitando apenas o que é nosso, e assim, teremos a chance e estaremos prontos para o terceiro ponto, que é ”redefinirmos nossas ações, emoções e limites próprios”, identificando o que realmente você quer fazer, por que você faz o que faz todos os dias e para quê? Pense em responder de forma mais simples e objetivo possível!

O mundo já tem cargas demais e não precisamos absorver todas elas para nós.

E mais do que isso, quais decisões você quer tomar agora diante dessa reflexão?

Não controlamos o que as pessoas ou o sistema nos oferece o tempo todo, mas controlamos nossas reações diante de cada estímulo no dia a dia, então, cabe a nós decidirmos como agir diante dos problemas que nos são impostos. os como agir diante dos problemas que nos são impostos.

Que possamos definir nossos próximos passos a cada dia, sabendo que ”colheremos nossas sementinhas crescidas um dia”.

Desejo muito sucesso para você nessa jornada, e que Deus te abençoe muito.

 

Sandra Bertotti – Master Executive & Business Coach, Consultoria, Mentoria Empresarial e Palestrante na Consultório Coaching

Sobre Fernando Bruder

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