Hoje, 20 de julho de 2023, iniciamos a contagem regressiva de 100 dias para o aniversário de 60 anos do Instituto de Biociências (IBB) da Unesp de Botucatu. Unindo ciência a esta comemoração, o IBB lança neste dia a série de cards “A pesquisa que eu faço”, para mostrar à sociedade o que alunos de pós-graduação vêm desenvolvendo na universidade. Estes transpõem títulos de projetos de pesquisa de mestrado e doutorado para uma linguagem mais simplificada, para que qualquer pessoa possa entender. Assim, termos acadêmicos e, muitas vezes, “incompreensíveis” para a população em geral, se tornam simples e acessíveis.
Os cards também incluem fotos dos estudantes e imagens lúdicas que representam seus objetos de pesquisa. Elaborados pelos próprios mestrandos e doutorandos, em colaboração com a Agência de Divulgação Científica e Comunicação (AgDC), os cards fizeram parte das atividades da disciplina “Divulgação Científica” do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biológicas (Genética), em que os estudantes foram desafiados a desenvolver uma proposta de comunicação de suas pesquisas.
Um dos cards lançados foi elaborado por Beatriz Cristina Dias de Oliveira. A importância e o impacto que essa proposta tem para sua formação ficam nítidos na fala desta estudante de Doutorado – “Nosso papel como cientistas é levar o conhecimento para além dos muros da Universidade, porém transpor a linguagem formal da ciência para uma linguagem que seja compreendida por pessoas leigas não é uma tarefa fácil e, muitas vezes, ficamos perdidos ou até mesmo travados em como fazer isso. E a disciplina de Divulgação Científica ajudou muito nesse quesito, mostrando diversas formas e ferramentas para nos auxiliar a popularizar a ciência. Além disso, a proposta facilitou com que pessoas de diferentes áreas, idades e contextos conseguissem entender com o que venho trabalhando nos últimos quatro anos e isso foi muito gratificante”.
Iniciativas deste tipo permitem mostrar para a sociedade o que vêm sendo realizado em termos de pesquisa dentro da universidade, parte fundamental da política de comunicação das instituições de ensino superior pois a produção de conhecimento está ligada a investimentos de órgãos públicos de fomento à pesquisa e, portanto, seus resultados vêm direta ou indiretamente, da sociedade e estes devem retornar a ela. A divulgação científica precisa ser entendida, assim, como uma forma de prestar contas à sociedade dos investimentos realizados. Além disso, a socialização das pesquisas realizadas na universidade também permite despertar o interesse da opinião pública para a ciência.
“Na era das fake news, os cientistas, mais do que nunca, precisam saber se comunicar com o público. Ainda que não desejem se tornar divulgadores científicos profissionais, só de terem a capacidade de conversar com as pessoas da comunidade se fazendo entender, já é um grande passo”. Seguindo estas palavras, ditas por Stephany Cacete, também estudante de Doutorado que participou da disciplina que permitiu a elaboração dos cards, que nesse aniversário o IBB possa ganhar de presente cada vez mais iniciativas de combate à desinformação para ampliar o apoio à ciência e ao desenvolvimento da tecnologia e inovação.
Os demais cards da série “A pesquisa que eu faço” serão postados semanalmente nas redes sociais. Fique de olho e compartilhe também estes materiais para que mais e mais pessoas saibam o quanto a ciência está presente em seu entorno. E comemore assim, com divulgação científica, o aniversário do IBB.