O dia 1º dezembro é o Dia Mundial de Luta Contra a Aids, e dados divulgados na quinta-feira (30/11), pelo Ministério da Saúde mostram que quase 11 mil pessoas morreram com o vírus HIV ou Aids no Brasil em 2022. Em média, foram 30 mortes por dia. A maioria entre pessoas negras, sendo 47% pardos e 14,7% pretas. Brancos representaram 35,6% do total.
Médicos e especialistas de saúde têm alertado sobre o aumento de infecções sexualmente transmissíveis. O crescimento é notado em todas as faixas etárias, mas os jovens estão em maior risco devido a um agravante: o abandono do uso de preservativos.
Segundo interpretação de especialistas, essa nova geração não viu o impacto da Aids nos anos 1990 e, por isso, não têm o mesmo receio das gerações anteriores. Dados do Ministério da Saúde, apontam que a maior incidência da contaminação é entre homens e na faixa etária entre 25 e 39 anos.
Região Sudeste tem liderada com 203 mil casos; seguida de Nordeste, com 104 mil; Sul, com 93 mil; Norte, com 49 mil; e Centro-Oeste, com 38 mil.
Um dado recente da Secretaria de Saúde do Distrito Federal mostra que 51% dos casos de infecção por HIV, de 2017 a 2021, ocorreram em jovens de 15 a 29 anos. Pesquisa feita pelo Ministério da Saúde, em 2016, mostrava que 35% dos jovens entre 15 e 24 anos tiveram mais de dez parceiros sexuais na vida.