Compaixão. Altruísmo. Companheirismo. Qual desses você tem praticado? Tudo é muito rápido. Correria, dia-a-dia, rotina é a vida que passa e pouco denotamos como.
Tempo no trânsito, na fila, na espera ou na expectativa. São tantos minutos que se tornam horas, mal percebemos porque vivendo afobados pela idade moderna e, agora a calmaria tornou-se nosso castigo.
Não estamos com tempo, estamos com a sobra dele. Parados e extasiados esperamos os dias passarem sem saber quantos dias faltam, esperamos e esperamos. Rezamos, torcemos e até os mais descrentes acreditam em algo, seja divindades ou ciência. Compartilhamos o desejo mútuo de um mundo livre de uma doença global.
Dias mais curtos ou cumpridos, as vezes mal sabemos quando é domingo. Sem generalizar, pois, boa parte das pessoas estão na rua na luta, buscando a cura ou os alimentos para sua família, divididos, porém unidos. É crise econômica, social e governamental, vamos além do esperado e passamos altos e baixos como uma grande montanha russa.
O que fazemos com esse tempo de sobra? Até os que menos praticam a reflexão, estão o fazendo. Refletir não é a cura, mas é o caminho, é preciso entender, aprender, questionar e argumentar, isso nunca esteve tão claro.
Estamos mediante verdade nunca ditas, e se ditas nunca elevada moralmente, precisamos de educação, da história e da reflexão. Precisamos olhar para o próximo para podemos prover a nós mesmos. Precisamos nos cuidar para cuidar da família. Precisamos da arte, livros, música e conversas fáceis para manter a sanidade.
Separados estamos unidos, e mesmo o quão contraditório seja, pela primeira vez entendemos isso. A OMS luta pela vida e nós somos os combatentes, somos a linha que irá definir ou não o presente e futuro, responsabilidade não é mesmo? Aparatos e instruções nos são dados, porém o comprometimento está em cada um.
Os agentes de saúde, linha de frente, colocando em risco sua vida e de sua família, por mim, por você e por todos sem precisar nos conhecer. Estão lá e clamam pelo mínimo de reconhecimento, e não uma glorificação, apenas que fique em casa. Sejamos humanos, sejamos pelo próxima agora e gerações futuras.
Se estivéssemos em um quadrinho de heróis a manopla que garante a existência estaria nas mãos de cada um, somos os responsáveis reais pelo fim do mal que nos assola, respondemos por nós e por todos. Refletir sobre a existência nunca foi pensar no individual, precisamos de uma sociedade que caminhe junto, que reflita sobre suas escolhas e atitudes.
Passamos da idade de responsabilizar outras pessoas pelos nossos atos, nunca fomos tão importantes para fazer a diferença. Então, reflita para que juntos possamos construir um mundo melhor!