O primeiro fim de semana do pré-Carnaval na cidade de São Paulo foi positivo do ponto de vista de segurança, na avaliação da Polícia Civil, anunciou a Secretaria de Segurança Pública nesta segunda-feira (5). Cerca de 23 pessoas foram presas. Elas estavam infiltradas entre os foliões para a prática de crimes. Um menor infrator foi apreendido pelos agentes. Segundo a SSP, foram recuperados 83 aparelhos celulares e localizados 146 cartões bancários.
Os números refletem o aumento da segurança que foi empregado pelas Polícia Civil e Militar já no primeiro fim de semana da festa. Cerca de 20 mil agentes foram empenhados em todo Estado para garantir a segurança dos foliões.
“Nosso planejamento para que as festividades de Carnaval aconteçam com segurança começa muito antes dos dias de folia, com operações que visam retirar de circulação criminosos procurados pela Justiça. Deu certo no ano passado, quando reduzimos os índices de roubo e furto e neste ano, nossa expectativa é que, mais uma vez, esse resultado reflita nas ruas”, disse o secretário da Segurança Pública, Guilherme Derrite.
“O primeiro fim de semana de blocos na capital já demonstrou números expressivos, com prisões e índices baixos de roubos e furtos, graças ao trabalho integrado entre as polícias, que vai continuar”, acrescentou o secretário.
A Polícia Civil mobilizou o efetivo da maioria das unidades de operações para agir durante os dias de Carnaval em São Paulo. Os agentes de diversos departamentos foram a campo já no fim de semana, na pré-festa, para monitorar a possível atuação de quadrilhas em meio a milhares de foliões.
Polícia Civil adota formato inédito para monitorar suspeitos
Neste ano, o formato empregado pela Polícia Civil no Carnaval de São Paulo é inédito. “Foi feito um trabalho de inteligência com o levantamento dos locais com maior incidência de crimes para posicionar nossos policiais estrategicamente”, disse a delegada Fernanda Herbella, que coordena as ações.
Com o auxílio de delegacias especializadas, foram identificadas as principais quadrilhas que atuam em grandes eventos, inclusive, com membros de outros estados brasileiros que se deslocam para a capital paulista para cometer os crimes durante os dias de Carnaval, inclusive, mulheres. Para isso, policiais femininas também foram escaladas para o evento.
“As quadrilhas são organizadas, inclusive, com a divisão de tarefas para dificultar a identificação dos suspeitos. No entanto, agimos com antecedência e conseguimos detectar a movimentação desses grupos”, completou a delegada.
Os agentes foram subdivididos em grupos e se espalharam pelos blocos carnavalescos no primeiro fim de semana de festa. Há também a atuação de policiais infiltrados nos blocos para monitorar os suspeitos.
Durante os dias de carnaval, as prisões realizadas nos blocos ou nas imediações e que possuírem ligação direta com a festa serão apresentadas nas Centrais Especializadas de Repressão a Crimes e Ocorrências Diversas e na Delegacia de Atendimento ao Turista, onde as equipes foram reforçadas para o registro de flagrantes.
As unidades do Departamento de Polícia de Proteção à Pessoa e do Departamento Estadual de Investigações Criminais tiveram o serviço estendido para apoiar os policiais que permanecerem em campo. Além disso, o Garra (Grupo Armado de Repressão a Roubos e Assaltos) foi escalado para atuar nas regiões onde há concentração de foliões, podendo ser acionado pelas equipes para prestar apoio em locais com ocorrências de grande relevância.
Na Sala de Comando e Controle da Polícia Militar, um delegado permanecerá de plantão acompanhando as ocorrências que chegam via 190 em tempo real. Dessa forma, é possível fornecer informações para as equipes para redirecionar o efetivo para os locais com registro de ocorrências.
Fonte: UOL