Tarcísio promete PM e punição individual para quem participar da greve

São Paulo — O governador Tarcísio de Freitas (Republicanos) afirmou que o Estado irá identificar nominalmente quais servidores deixarão de trabalhar nesta terça-feira (28/11), data em que está programada uma greve unificada de funcionários do Metrô, da Companhia Paulista de Trens Metropolitanos (CPTM) e da Sabesp.

A ideia da administração estadual é “sancionar” aqueles que descumprirem a decisão judicial da tarde desta segunda-feira (27/11) que garante percentual mínimo operação de 80% e 85%, respectivamente, nas duas empresas.

“Os sindicatos se dão ao direito de desrespeitar as decisões do Judiciário. Ou seja: para eles, a decisão do Judiciário não vale nada, porque não têm o risco do descumprimento da decisão. O Judiciário multa, o sindicato não paga a multa, não tem dinheiro para pagar e fica por isso mesmo. E eles se abrigam na coletividade”, disse Tarcísio, nesta tarde, durante entrevista coletiva no Palácio dos Bandeirantes.

Então, o que a gente vai fazer dessa vez? Vamos designar os servidores que terão de cumprir a ordem judicial. Quem vai ter que cumprir aquele percentual? (Serão os servidores) A, B, C, D. Vamos fazer essa designação. Porque é importante a gente descobrir quem descumpriu a ordem judicial. Não o sindicato, não a coletividade. Qual é o servidor que se recusou a cumprir a ordem judicial”, afirmou.

Os sindicatos dos funcionários do Metrô e da CPTM marcaram a greve como forma de protesto contra o plano de privatizações do governo paulista. Trabalhadores da Sabesp e professores também devem cruzar os braços. Em outubro, em uma paralisação com o mesmo objetivo, o Tribunal Regional do Trabalho (TRT) havia estabelecido um percentual mínimo de operação que não foi cumprido.

A identificação desses servidores será feita a partir das lista de escala de trabalho das duas empresas. O governador prometeu que aqueles que fizerem a greve irão sofrer sanções, mas disse que o governo ainda “vai ver” qual será a punição.

PMs nas estações

O governador afirmou também que, nesta terça, deve colocar 4 mil policiais militares para atuar na segurança das estações e linhas de trens e metrô para evitar atos de sabotagem que possam interromper a circulação do transporte coletivo.

Segundo o governo, na greve passada, em 3 de outubro, um ato de sabotagem teria sido a causa da queda de energia que suspendeu a circulação de trens da Linha 9-Esmeralda, operada pela empresa privada ViaMobilidade.

“Realizada pelas equipes do 27º Distrito Policial (Campo Belo), a investigação ouviu diversas testemunhas, incluindo funcionários da empresa, que relataram terem encontrados vários objetos que foram arremessados tanto na rede aérea de energia do sistema quanto na linha férrea”, informa o governo, em nota.

Fonte: Metrópoles

Foto: Marcello Casal Jr

 

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