Já está disponível a segunda versão do aplicativo móvel “RaivaMata”, desenvolvido na Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Unesp, câmpus de Botucatu, sob a coordenação do professor José Rafael Modolo, do Departamento de Produção Animal e Medicina Veterinária Preventiva.
O aplicativo foi disponibilizado no site da FMVZ/Unesp no dia 28 de setembro, o Dia Mundial contra a Raiva. A data foi instituída pela OPAS (Organização Pan-americana de Saúde) da OMS (Organização Mundial de Saúde) com o objetivo de promover o combate à doença, conscientizar sobre sua prevenção e comemorar as conquistas nessa área.
O aplicativo RaivaMata é de utilização rápida, didática e de fácil entendimento. Traz informações clínicas e epidemiológicas e profiláticas precisas e direcionadas sobre a raiva de cães e gatos para procedimentos e condutas contra a raiva nesses animais e nas pessoas com pós-exposição ao vírus rábico.
O aplicativo funciona como um site, podendo ser acessado de qualquer plataforma: iOS, Android, Windows, Mac, Linux. É possível instalá-lo no celular ou no computador, usando apenas o navegador.
A nova versão do aplicativo utiliza tecnologia mais moderna, atualizada e com novas funcionalidades que não estavam disponíveis na versão anterior. Dentre as melhorias estão: nova arquitetura que permite o acesso de qualquer plataforma, deixando de depender exclusivamente do iOS ou Android; opções de temas claro e escuro para tornar a leitura mais confortável e controle de tamanho da fonte para melhor leitura.
Além disso, a página de diagnóstico laboratorial, agora possui textos indexados com títulos e barras de separação, substituindo os botões utilizados anteriormente. A página de envio de material, por sua vez, agora inclui um vídeo incorporado diretamente na página eliminando a necessidade de links externos.
A raiva é uma doença de ocorrência e preocupação mundial, inclusive no Brasil, por ser potencialmente fatal em quase 100% das vítimas humanas e gerar consideráveis gastos aos órgãos públicos nos tratamentos pós-exposição ao vírus pelas vítimas, sendo o cão com raiva o principal transmissor dessa zoonose no mundo. “É imprescindível que os profissionais da saúde tenham conhecimentos atualizados como apoio no processo de tomada de decisões sobre a raiva, onde a educação sanitária permanente tem considerável importância, contribuindo para aumentar a chance de sucesso no combate a essa doença”, comenta o professor Modolo.
A nova versão do aplicativo foi desenvolvida por Fernando Egger Assine Ribeiro, da Diretoria Técnica de Informática da FMVZ/Unesp e está contando com a orientação e intermediação da Agência Unesp de Inovação (AUIN) para o registro junto ao Instituto Nacional de Propriedade Intelectual (INPI), do Ministério da Economia.
O aplicativo pode ser baixado gratuitamente no site da FMVZ, clicando sobre a caixa Livros e Aplicativos ou pelo link: https://www2.fmvz.unesp.br/raivamata
A Raiva hoje
No estado de São Paulo, a última morte por raiva humana ocorreu em 2001, e foi transmitida pelo gato da tutora que não tinha sido vacinado. Em 2023, depois de 40 anos, foi diagnosticado um caso de raiva canina.
A vacinação nos cães e gatos contra a raiva, além de prevenção nesses animais, é o procedimento mais eficaz de proteção das pessoas da saúde pública contra essa doença. As campanhas de vacinação anuais no estado de São Paulo contra a raiva de cães e gatos realizadas até 2019, resultaram em uma diminuição significativa nos casos de raiva nesses animais e, consequentemente, nos humanos.
Mas a raiva segue causando preocupação em todos os países e governos do mundo, inclusive em entidades nacionais e internacionais de saúde pública. Ela está presente em todos os continentes, com exceção da Oceania e da Antártida.
Sua ocorrência é constante e significativa na maioria dos países africanos e asiáticos. Anualmente, morrem cerca de 60 mil pessoas de raiva no mundo, o que representa uma pessoa, em média, a cada 10 ou 15 minutos. Metade dessas vítimas são menores de 15 anos.
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