A 2ª Feira Literária de Botucatu (FLIB) foi realizada de 9 a 12 de setembro de 2025, na Unesp Botucatu, campus de Rubião Júnior, e confirmou-se como um dos maiores encontros literários da região. Com o tema “Literatura, democracia e sustentabilidade”, o evento promoveu diálogos entre escritores renomados, professores, artistas e a comunidade, fortalecendo a relação entre literatura, arte e sociedade.
Além dos convidados nacionais, a FLIB também contou com a participação de autores de Botucatu e região, que compartilharam suas histórias, ideias e sentimentos, enriquecendo ainda mais a diversidade do encontro.
Abertura com literatura e música
A programação começou no dia 9/09, com a abertura oficial e a roda de conversa “Relacionamentos afetivos na era dos aplicativos e redes sociais”, que reuniu a escritora Natalia Timerman e a mediadora Maria Cristina Pereira Lima (Kika). Na sequência, houve sessão de autógrafos e a apresentação musical do grupo Moreiras da Silva, com o espetáculo “Deu Samba”, que encerrou a primeira noite em clima festivo.
Literatura, inclusão e diversidade
O segundo dia, 10/09, foi marcado por oficinas e apresentações artísticas que valorizaram a diversidade cultural. O público participou da oficina “Como fazer um mangá: um guia criativo para iniciantes”, ministrada pelo Grupo de Artes Sequenciais (GAS/Unesp Bauru). Na Tenda Literária, o Grupo Abayomi da Apae de Botucatu emocionou o público com a apresentação “Canção com todos”, seguida da contação de histórias da Cia de Teatro Chafariz, que trouxe “O Bicho Manjaléu” e “Rapunzel”.
Os alunos da Secretaria Municipal de Educação de Botucatu, Unidade Regional de Ensino de Botucatu e da CEI – Centro de Educação Infantil e Núcleo da Unesp – Botucatu estiveram presentes e se divertiram muito com as contações de histórias e com o espaço interativo.
Também integraram a programação a dança do Boi Bumbá, com a EMEFI Prof.ª Terezinha Paes Secco, e as rodas de conversa com as autoras Mary Berg (“Amor e Coragem”) e Geni Núñez (“Reflorestando o Imaginário”). A música também esteve presente com a Big Band do Projeto Musicalizando do Núcleo Joanna de Ângelis e o show da banda Para Sempre.
Reflexões e linguagens
Na quinta-feira, 11/09, a programação destacou a força da palavra em suas múltiplas formas. O dia incluiu a contação de histórias da Cia de Teatro Chafariz, com o espetáculo “A Linda História de Amor da Jovem Bela Flor e a Horrenda Criatura” (releitura popular de “A Bela e a Fera”), a leitura da peça “Querida Elda”, pela EMEF Prof.ª Elda Moscogliato, e o recital de poesias de Osvaldir Reis.
Neste dia, a “Oficina de escrita não criativa” com Baga Defente contou com a participação maciça dos professores da Unidade Regional de Ensino de Botucatu.
Entre os destaques da programação, o bate-papo “Histórias de línguas e linguagens”, com Jean Cristtus Portela e Carlos Magno Fortaleza, e a roda de conversa com a autora Micheliny Verunschk, mediada por Fortaleza, sobre sua obra “Depois do Trovão”. A noite terminou em grande estilo com o concerto da Orquestra de Viola e Violão da Unesp (OVVIBB), em homenagem à Inezita Barroso.
Encerramento com grandes nomes
O último dia, 12/09, trouxe uma agenda intensa. O escritor Luiz Roberto de Oliveira abriu com a roda “Seis décadas de escritos e cantos”, mediado pelo jornalista Haroldo Amaral. Mais uma vez, a “Oficina de escrita não criativa” com Baga Defente fez parte da programação da sexta-feira, seguido pelo bate-papo sobre o livro “A glória dos corpos menores”, de Patrícia Lima, mediado por Érika de Moraes.
No mesmo período, foram apresentados os novos membros honorários da Academia Botucatuense de Letras (ABL) e o espetáculo “Em defesa de Capitu”, que revisitou Machado de Assis em cena.
À noite, o Studio de Dança Cynthia Denadai apresentou o espetáculo “Brasilidades em Movimento”, seguido da roda de conversa “Tudo que existe é palavra”, com Socorro Acioli, e da mesa “Voltagem da Escrita”, que reuniu as autoras Andréa del Fuego e Noemi Jaffe. Sessões de autógrafos aproximaram escritores e leitores, e o encerramento ficou por conta da Banda Koiffa, em um show vibrante.
Para a bibliotecária e integrante da Comissão Organizadora da FLIB, Darcila Bozoni, a 2ª edição da FLIB foi um sucesso, um verdadeiro encontro de histórias, literaturas e afetos. “Gratidão imensa à equipe incansável da Biblioteca do Campus da Unesp-Rubião Júnior; aos escritores que nos presentearam com sua voz e sensibilidade; aos parceiros, autoridades, comunidade da Unesp, leitores e apoiadores que acreditaram na ideia e encheram o Campus de vida e ajudaram a tornar este sonho possível”, agradece.
Darcila ainda acrescenta: “Vocês deram sentido a cada esforço e mostraram que os livros continuam sendo pontes entre pessoas, mundos e esperanças. Que a chama da FLIB permaneça acesa em cada coração, inspirando novos capítulos de amor”.
Sustentabilidade em foco
Em sintonia com o tema central, a FLIB realizou pela primeira vez, em parceria com a Químea Inteligência Ambiental, um levantamento da emissão de carbono do evento, por meio de questionários aplicados ao público. A compensação será feita com o plantio de árvores nativas no Jardim Botânico de Botucatu, em 28 de setembro, resultando na emissão de um Certificado de Carbono Neutro.
Um marco para Botucatu
Ao longo de quatro dias, a 2ª Feira Literária de Botucatu consolidou-se como um espaço de encontro, reflexão e celebração da palavra. Reunindo autores consagrados, jovens leitores, artistas locais e a comunidade acadêmica, o evento reafirmou o compromisso de Botucatu com a literatura, a cultura e a sustentabilidade.
A Feira teve aporte financeiro da Reitoria da Universidade Estadual Paulista – Unesp e da Fundação para o Desenvolvimento Médico Hospitalar (FAMESP) e contou com vários apoiadores.
“Foram 4 dias de programação diversificada com palestras, oficinas, música, dança e contação de histórias, onde os autores puderam se reunir para discutir e celebrar o livro e a leitura. Foi um sucesso! Viva a FLIB!”, finaliza a bibliotecária e integrante da Comissão Organizadora da FLIB, Luciana Pizzani.
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