Política

TRE diz que 12 pessoas ligadas ao Crime Organizado foram eleitas em São Paulo

Órgãos de inteligência comunicaram ao Tribunal Regional Eleitoral de São Paulo (TRE-SP) que 12 indivíduos associados ao crime organizado foram eleitos nas últimas eleições municipais. Dentre eles, estão dez vereadores e dois prefeitos.

A Corte Eleitoral revelou que, ao todo, 70 candidatos com vínculos com atividades criminosas participaram do pleito. Os nomes dos eleitos e as cidades onde foram escolhidos permanecem em sigilo, uma vez que a informação é considerada confidencial.

O Ministério Público receberá os dados para investigar possíveis irregularidades. O coronel Pedro Luís de Souza Lopes, que comanda o Centro de Inteligência da Polícia Militar de São Paulo, destacou que a influência do Primeiro Comando da Capital (PCC) nas eleições foi subestimada. Ele mencionou indícios de que o tráfico de drogas estaria financiando campanhas eleitorais, revelando a complexidade da situação.

Fonte: JPNews

Governador Tarcísio agora vai vender áreas de fazenda histórica e de pesquisa

Em visita à cidade de Sumaré (SP), nesta quarta-feira (23), o governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas (Republicanos) defendeu a venda de parte da histórica Fazenda Santa Elisa, que abriga o Instituto Agronômico de Campinas (IAC), para “gerar valor para o Estado”.

Questionado sobre a possibilidade de parcelamento e venda do terreno, Tarcísio ressaltou que as áreas utilizadas em pesquisas devem ser mantidas, mas o que for considerado subutilizado pode ser revertido, por exemplo, para a construção de empreendimentos habitacionais.

“Não dá para ficar se apegando à área, patrimônio. Isso é uma lógica meio patrimonialista. Então, tem áreas importantes para a pesquisa? Vamos ver. Qual é a área que, de fato, é importante para a pesquisa? Vamos manter a área importante para a pesquisa e o resto, vamos vender”, afirmou.

A possibilidade de venda de uma gleba de 70 mil metros quadrados dentro da área do IAC, denominada de São José, mobilizou entidades e pesquisadores. O pedaço abriga a população mais antiga do mundo de plantas de cafeeiro arábica clonadas por cultura de tecidos.

Considerando que o instituto possui cerca de 700 hectares, a área cogitada para venda corresponde a 1% do total. A venda do terreno é permitida sem a necessidade de autorização da Assembleia Legislativa pela lei nº 16.388, de 2016.

“Por que o Estado vai manter um patrimônio gigantesco em termos de terra? Não faz sentido isso. A gente tem que ter racionalidade. Já passou a fase de você ter aquele Estado que tem muito patrimônio, que tem muita terra, que tem muito prédio, etc. Não faz sentido. Isso não tem lógica econômica, não tem sentido econômico”, complementou o governador.

Manifestações contrárias

A Associação dos Pesquisadores Científicos do Estado de São Paulo (APqC) ressaltou que a fazenda concentra o “maior banco de germoplasma de café do Brasil, um dos principais do mundo. A área experimental reúne cerca de cinco mil ‘acessos’, que são plantas de diferentes tipos de café, muitos considerados raros e em extinção”.

Germoplasma é um conjunto de amostras cujo objetivo é conservar material genético, tanto de plantas quanto de animais. Essas coleções podem incluir parte de um tecido vegetal, plantas inteiras ou o DNA de animais, por exemplo.

“Dentre as variedades obtidas a partir desse germoplasma, destacam-se todas as cultivares resistentes à ferrugem e, mais recentemente, ao bicho mineiro. Outros estudos apontam que há também variabilidade genética para tolerância à seca e ao calor, características fundamentais para enfrentamento dos efeitos causados pela emergência climática, que já estão acontecendo no Brasil”.

Ainda de acordo com a associação, 90% do café produzido no Brasil utiliza variedades desenvolvidas a partir desse banco de germoplasma. Além disso, o IAC está a caminho de se tornar a única instituição no mundo a desenvolver cultivar de café arábica sem cafeína nos grãos.

Esta fazenda experimental é um patrimônio incomensurável do Estado de São Paulo, que precisa ser defendida não apenas por cafeicultores, que dependem destas pesquisas para seguir produzindo cada vez melhor, mas por todos os cidadãos brasileiros que zelam pela ciência e, principalmente, pela sociedade paulista que evoluiu e se fortaleceu no país a partir da cultura do café”, defendeu, em nota, Helena Dutra Lutgens, presidente da APqC.

Além da APqC, a Associação dos Docentes da Universidade Estadual de Campinas (ADunicamp) também divulgou uma nota manifestando “indignação e repúdio diante da decisão do governo Tarcísio de vender a Fazenda Santa Elisa”.

A associação classificou a possível venda como um “prejuízo incalculável, ao impossibilitar a continuidade de trabalhos científicos que vêm sendo desenvolvidos há décadas. Porque sim, a manutenção e a ampliação desse enorme germoplasma requer pesquisas de médio e longo prazo”.

O que diz a Agricultura?

Em nota enviada ao g1 na segunda-feira (21), a secretaria estadual de Agricultura e Abastecimento confirmou que realiza estudos para avaliar a viabilidade de venda de áreas pertencentes à pasta, mas garantiu que as áreas com pesquisas em andamento não serão alteradas.

Leia, abaixo, o texto na íntegra:

“A Secretaria de Agricultura e Abastecimento realiza estudos para avaliar a viabilidade de venda de áreas pertencentes à pasta. Somente após a conclusão deste levantamento é que será definida qual ação será tomada. Toda e qualquer decisão tem como premissa garantir que as áreas de pesquisa em andamento sejam preservadas, modernizadas e valorizadas e serão tomadas em conjunto com a diretoria dos institutos estaduais.

A Secretaria reforça que áreas que contém pesquisa em andamento e bancos de germoplasma de culturas perenes, como o café, não serão alteradas. Atualmente, o Instituto realiza a duplicação do material genético das espécies vegetais de seus bancos de germoplasma, inclusive o café, em sua Estação Experimental de Mococa, como uma estratégia de segurança para a preservação de material genético”.

Fonte: G1

Foto: Fernando Evans

Sessão Ordinária da terça-feira (29) têm três projetos em pauta e uso da Tribuna Livre

Na próxima terça-feira (29/10), a Câmara de Botucatu realiza sua trigésima sétima Sessão Ordinária da atual Legislatura. Na ocasião, os onze vereadores botucatuenses devem se reunir para discutir sobre “Campanha de Orientação aos Idosos, contra fraudes e golpes digitais”, e denominação de dois logradouros. A sessão contará ainda com um momento de Tribuna Livre. Em Sessão Extraordinária, projetos da Prefeitura alteram as leis orçamentárias do município para abertura de crédito adicional suplementar. Confira a ORDEM DO DIA na íntegra:

SESSÃO ORDINÁRIA
1) Projeto de Lei Nº 108/2024 – de iniciativa do vereador Silvio, que institui a “Campanha de Orientação aos Idosos, contra fraudes e golpes digitais”.
discussão e votação únicas
quórum: maioria simples

2) Projeto de Lei Nº 117/2024 – de iniciativa da vereadora Cláudia Gabriel, que denomina de “Cláudio Peres Neto” o Centro de Educação Infantil localizado na Vila Assumpção.
discussão e votação
quórum: 2/3

3) Projeto de Lei Nº 123/2024 – de iniciativa da vereadora Alessandra Lucchesi, que denomina de “Nelson Alves Pinto”, a Rua 07 do Residencial Carnieto II.
discussão e votação
quórum: 2/3

TRIBUNA LIVRE:
A noite da terça-feira contará com um momento de Tribuna Livre, conforme estabelecido pelo Regimento Interno da Câmara (artigo 251).
Assunto: “É hora de priorizar a saúde mental no local de trabalho – Comemoração do Dia Mundial da Saúde Mental”, a ser explanado por representante do Fórum Permanente Intersetorial de Saúde Mental (FPISM).

SESSÃO EXTRAORDINÁRIA
1) Projeto de Lei Complementar nº 23/2024 – de iniciativa do Prefeito, que dispõe sobre alteração da Lei Complementar nº 1.288/21 (PPA – 2022/2025), alteração da Lei Complementar nº 1.345/23 (LDO/2024), para atender necessidade de demanda da Secretaria de Educação
discussão e votação únicas
quórum: maioria absoluta

2) Projeto de Lei Nº 120/2024 – de iniciativa do Prefeito, que dispõe sobre alteração da Lei nº 6.558/2023 (LOA/2024) e abertura de crédito adicional suplementar até o limite de R$ 1.477.140,71, na Secretaria de Educação para atender demandas da Merenda Escolar.
discussão e votação únicas
quórum: maioria simples
Com mensagem

A sessão começa às 19 horas, é aberta ao público e tem transmissão ao vivo pelo site, Facebook, YouTube e TV Câmara Botucatu (canais 31.3 da rede aberta e 2 da Claro NET TV)! Acompanhe!

Foto: Reprodução/Câmara Municipal

Vereadora deixa Câmara pela 2a vez para assumir secretaria com 2 meses do termino mandato

Em Botucatu, o que era exceção está virando rotina na Câmara Municipal e as manobras políticas e eleitoreiras continuam acontecendo.

A vereadora Cláudia Gabriel continua trocando de cadeira dentro do mesmo mandato. Ela foi eleita em 2020, com 1226 votos, para vereadora, permaneceu na Câmara Municipal do dia 01/01/21 até 19/07/22, indo para a Secretaria de Educação. Depois, retornou no dia 01/04/24 à Câmara Municipal para fazer a descompatibilização, e se candidatar para as eleições de 2024. Mas, não foi eleita com 833 votos.

No entanto, faltando 2 meses para o fim do mandato, decidiu retornar novamente à Secretaria de Educação, a partir do dia 01/11/24.

Nestes 2 anos e 3 meses de vereança descontinuadas, realizou apenas 11 Projetos de Lei, sendo que destes:

4 foram para nomes de ruas;

1 para troca de nome de um centro de educação infantil,

1 para instituir o Dia da Tainha,

2 com a mesma indicação para o projeto denominado “Tem saída” que visa a geração de renda para mulheres vítimas de violência doméstica,

1 para a realização da semana Maria da Penha nas escolas,

1 para Criação de um selo para empresas “Amiga da mulher”;

e 1 que institui distribuição de absorventes para mulheres de baixa renda e alunas do ensino municipal .

De 302 requerimentos, 173 eram votos de pesar por falecimentos e promoveu 48 moções; 5 decretos legislativos e todos de homenagens a personalidades e instituições e 1 projeto de emenda à lei orgânica, em conjunto com todos os vereadores, para aprovação da Emenda Impositiva que regulamenta um valor, da prefeitura, dividido entre os vereadores para que eles destinem a projetos e instituições.

Em face desta situação, a Câmara Municipal convocou a suplente Mara Destro. Ela é acadêmica do último ano de Pedagogia e terá apenas 2 meses para cumprir o mandato de vereadora. Mara esclareceu, à população, em entrevista concedida ao Jornal Alpha Notícias, na Rádio Alpha FM que foi surpreendida pela decisão, ao receber uma mensagem de WhatsApp enviada pelo chefe do cartório eleitoral Igor Ignácio.

Mara é a sétima suplente do Partido União Brasil (antigo DEM). Ela informou que os suplentes anteriores a ela, não puderam assumir o cargo, pois trocaram de partido; e dessa forma, o cargo pertence à legenda do União Brasil. Ela não foi candidata às eleições de 2024, mas permaneceu no partido, o que lhe favoreceu a assumir o cargo, no momento.

Os outros suplentes anteriores eram:

1. Pedroso: 1180 votos (atual: MDB)
2. Zé Piranha:1061 votos (atual: MDB)
3. João do Poemão: 544 votos
4. Nenê Bueno: 537 votos (Atual: PSD)
5. Pastor Gerson: 486 votos (Atual: PSDB)
6. Isabel Conte: 469 votos (Atual: PSD)
7. Mara Destro: 462 votos.

Sessão ordinária da segunda-feira (21) têm dois projetos em pauta e uso da Tribuna Livre

Na próxima segunda-feira (21/10), a Câmara de Botucatu realiza sua trigésima sexta sessão ordinária da atual legislatura. Na ocasião, os onze vereadores botucatuenses devem se reunir para discutirem sobre uso intenso de celulares e denominação de logradouro público. A sessão contará ainda com um momento de Tribuna Livre. Confira a ORDEM DO DIA na íntegra:

1) Projeto de Lei Nº 109/2024 – de iniciativa do vereador Silvio, que institui a “Semana de Conscientização e Prevenção sobre os males causados pelo uso intenso de celulares, tablets e computadores, a bebês e crianças”.

discussão e votação únicas
quórum: maioria simples

2) Projeto de Lei Nº 113/2024 – de iniciativa do vereador Curumim, que denomina de “João Vieira” a Rua 01 do Loteamento Jardim Santo Inácio.

discussão e votação únicas
quórum: 2/3

TRIBUNA LIVRE:

A noite da segunda-feira contará com um momento de Tribuna Livre, conforme estabelecido pelo Regimento Interno da Câmara (artigo 251).

Assunto: 20 anos da instalação do juizado especial federal de Botucatu, a ser explanado por representante do 31ª Subseção Judiciária Federal de Botucatu.

A sessão começa às 19 horas, é aberta ao público e tem transmissão ao vivo pelo site, Facebook, YouTube e TV Câmara Botucatu (canais 31.3 da rede aberta e 2 da Claro NET TV)! Acompanhe!

Mara Destro é a nova vereadora de Botucatu e irá permanecer por apenas 2 meses

Mediante o comunicado de que a atual vereadora Cláudia Gabriel (PSD) voltará a assumir a Secretaria Municipal de Educação a partir de novembro, na manhã desta sexta-feira (18), o Presidente Cula (MDB) recebeu em seu gabinete a visita da vereadora suplente Mara Destro (União), que deve assumir o cargo legislativo deixado por Cláudia a partir do mês que vem até o final do presente mandato, em 31/12.

Na ocasião, a parlamentar pode se aprofundar sobre o funcionamento de uma casa de leis, bem como conhecer as dependências e as divisões administrativas da Câmara.

Governo descarta a volta do horário de verão neste ano

O governo federal anunciou nesta quarta-feira (16) que o horário de verão não será retomado neste ano. Nos próximos meses, o governo deve avaliar se a medida será adotada em 2025.

A prática, que adianta os relógios em uma hora, era adotada anualmente em partes do Brasil para diminuir o consumo de energia pelo melhor aproveitamento da luz natural.

O governo de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) começou a avaliar a volta da prática, extinta em 2019, durante o mandato de Jair Bolsonaro (PL), sob o argumento de que gerava uma economia de energia pouco significativa.

O ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, disse nesta quarta-feira que após uma última reunião com o Operador Nacional do Setor Elétrico (ONS) foi concluído que não havia necessidade para decretar a medida para este verão.

“Nós temos a segurança energética assegurada, há o início de um processo de restabelecimento ainda muito modesto da nossa condição hídrica. Temos condições de chegar depois do verão em condição de avaliar, sim, a volta dessa política em 2025”, afirmou nesta quarta.

Em declarações de meses atrás, Silveira defendia a volta horário de verão, sob argumento de que a medida cumpre dois objetivos importantes na gestão do sistema elétrico: garantir a segurança energética e a modicidade tarifária – isto é, que a conta de luz tenha preço justo.

Nesta quarta, o ministro frisou que o horário de verão sempre deve ser considerado, “ele não pode ser fruto de uma avaliação apenas dogmática ou de cunho político”.

“É uma política que tem reflexos tanto positivos quanto negativos no setor elétrico e na economia, portanto, deve sempre estar na mesa para uma avaliação precisa do governo federal”, declarou.

História do horário de verão no Brasil

O horário de verão foi instituído pela primeira vez no Brasil em 1931, durante o governo de Getúlio Vargas.

“A prática dessa medida, já universal, traz grandes benefícios ao público, em consequência da natural economia de luz artificial”, dizia o texto do decreto assinado por Vargas, datado de 1º de outubro daquele ano.

A medida foi repetida em períodos seguintes, sem regularidade. A partir de 1985 — ano marcado por uma seca histórica, que resultou em blecautes e racionamento de água —, o horário diferenciado passou a ser adotado anualmente, com duração e abrangência territorial definidas por decretos presidenciais.

Em 2008, um decreto tornou o horário de verão permanente, vigorando do terceiro domingo de outubro até o terceiro domingo de fevereiro do ano seguinte.

Até que, em abril de 2019, o então presidente Jair Bolsonaro também por decreto extinguiu a prática.

O horário de verão costumava ser implementado entre o período de outubro a fevereiro. Já neste ano, caso fosse adotado, seria implementado somente a partir de novembro.

Fonte: G1

Foto: Reprodução

Governador de São Paulo Tarcísio de Freitas defende fim de concessão da Enel

O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, defendeu nesta terça-feira (15) o fim da concessão da Enel, empresa responsável pela distribuição de energia em São Paulo. Em entrevista a jornalistas após participar da solenidade em comemoração aos 54 anos das Rondas Ostensivas Tobias de Aguiar (Rota), na capital paulista, o governador afirmou que a empresa “tem que sair do Brasil”.

“Nos últimos tempos, tem-se discutido a possibilidade de prorrogação desse contrato, quando deveríamos estar estruturando já uma nova licitação, uma nova concessão, porque, sabidamente, essa empresa não tem condições de prestar o serviço. Onde ela esteve no Brasil, ela fracassou”, disse o governador. “Está claro que ela é incompetente e não se preparou para gerir a distribuição de energia na cidade de São Paulo. Está claro que ela tem que sair daqui. Ela tem que sair do Brasil”, complementou.

Para ele, é preciso abrir um processo de caducidade, que significa a extinção ou a suspensão do contrato. “A empresa, com um processo de caducidade na cabeça, começa a trabalhar. Se ela não trabalhar, vamos ter a extinção do contrato e nós vamos fazer uma nova licitação e vamos colocar uma nova empresa.” Segundo o governador, não adianta somente aplicar multas à Enel porque ela continua deixando de pagá-las.

“Ela não paga multas aplicadas pelo Procon ou pelo regulador [Agência Nacional de Energia Elétrica, a Aneel]. Então precisa de ações mais firmes. E a regulação tem esses instrumentos. Poderia ter sido decretada intervenção na concessão, o que não foi feito até hoje. Poderia ter sido pedida a abertura de um processo de caducidade, o que não foi feito até hoje. Foi elaborado um plano de contingência com a concessionária, mas ela não cumpriu. Ela tinha que ter 2,5 mil pessoas [trabalhadores da empresa] na rua imediatamente após a chuva, mas ela não teve. Ela passou o final de semana todo com pouco mais de mil pessoas mobilizadas, sem cumprir o que estava determinado. Ela tinha o compromisso de contratar pessoas e não contratou”, reclamou o governador.

Segundo a Enel, em boletim divulgado às 17h30 de hoje, mais de 158 mil clientes da Grande São Paulo continuam sem energia elétrica após o temporal registrado na noite da última sexta-feira (11). A empresa informou, no entanto, que “segue trabalhando para restabelecer a energia”.

Prejuízos

Um levantamento feito pela Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) aponta que, desde a última sexta-feira até esta terça-feira, as perdas de faturamento bruto por causa da falta de energia em São Paulo já somam pelo menos R$ 1,82 bilhão.

De acordo com a Fecomercio, o setor mais prejudicado é o de serviços, com uma perda de receitas estimada em R$ 1,23 bilhão. Em média, calcula a entidade, R$ 246 milhões foram perdidos a cada dia sem luz.

Já o comércio paulistano acumula perdas em torno de R$ 589 milhões. O maior prejuízo ocorreu no sábado (12), Dia das Crianças, com prejuízo estimado em R$ 211 milhões por vendas que não puderam ser realizadas por causa do apagão.

Justiça

Por causa do apagão, a prefeitura paulistana decidiu ingressar na Justiça para solicitar que a Enel restabeleça imediatamente a energia elétrica em vários pontos da cidade. Caso não cumpra a determinação, a pena pode ser de multa de R$ 200 mil por dia. A petição foi enviada na segunda-feira (14) para a 2ª Vara de Fazenda Pública de São Paulo.

A Aneel, por sua vez, afirmou hoje que tem o compromisso de colaborar com as investigações sobre a demora no restabelecimento do fornecimento de energia elétrica. “Em decorrência da reincidência das falhas na prestação de serviços, a diretoria-colegiada da Aneel determinou a imediata intimação da empresa e instauração de apuração de falhas e transgressões para que, em processos administrativos específicos, assegurado o contraditório e a ampla defesa, a diretoria-colegiada da Aneel avalie a instrução de uma eventual recomendação de caducidade da concessão a ser encaminhada e apreciada pelo Ministério de Minas e Energia”, disse o diretor-geral da agência reguladora, Sandoval Feitosa.

A Controladoria-Geral da União (CGU) informou ontem que vai fazer uma auditoria para apurar responsabilidades pelo apagão.

Além disso, o ministro do Tribunal de Contas da União (TCU) Augusto Nardes, que já estava relatando processos sobre apagões anteriores envolvendo a Enel, está em São Paulo. Pela manhã, ele esteve reunido com representantes da Aneel e da Enel. E, na parte da tarde, ele se reuniu com o prefeito Ricardo Nunes e o governador de São Paulo, além de prefeitos de demais cidades que foram afetadas por apagões, para discutir sobre a Enel.

Fonte: Agência Brasil/Revista Oeste

Foto: Reprodução