A idéia é refletir, comparar, analisar e criticar os modelos pré-existentes deixados através de discursos e exemplos apresentados em algum momento por parte dos cristãos, mas que em nada tem a ver com Jesus de Nazaré, o Cristo.
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O “jesus good vibes” esse é conhecido como aquele calado e sensato. O famoso ponderado que sempre evita entrar em temas e condições de conflito.
É um cristo sem polêmicas. Não vai de encontro, nem espera ser encontrado, não age, nem reage, mas é apático e indiferente, é inativo.
Diante do caos em nosso país um amigo disse que seu pastor falou: “como cristãos não devemos nos pronunciar, mas orar.”
O tal jesus “good vibes” fecha os olhos para a tragédia do mundo e para as injustiças. O que não ergue a voz pelo aflito, mas berra por seus direitos de não se envolver.
Um “cristo good vibes” prefere tomar coca para não escandalizar, ao invés de tomar uma cerveja.
Prefere orar, ao inves de tomar as dores.
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Veja como é importante entender a Bíblia e suas ambivalências. O mesmo cristo que oferece a outra face, é aquele que disse vir trazer divisão e espada (Mt 10:34). É aquele que vai mudo ao matadouro, mas chama Herodes de “Raposa” (Lc 13:32). É o que cura a orelha dilacerada do soldado Malco, mas o que pega o chicote para expulsar os corruptos do templo.
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Este “cristo good vibes” produz seguidores. Um tipo de gente que não quer ser incomodada, não quer se indispor, não quer desgastes, nem atritos.
Produz gente em transe, deslocados para outro plano que não é o terreno.
Um tipo de gente excessivamente mística que não põe os pés na terra e não sofre as dores dos seus. Um tipo de gente bacana, e só.
Renato Ruiz Lopes