Conquista reforça a relevância da pesquisa básica e o papel do Instituto de Biociências na formação de jovens cientistas comprometidos com a inovação
A mestranda Beatriz Rezende Santos, do Programa de Pós-Graduação em Ciências Biomoleculares e Farmacológicas do Instituto de Biociências da Unesp de Botucatu (IBB), foi contemplada com o II Prêmio FeSBE, na categoria apresentação oral, durante a XXXIX Reunião Anual da Federação de Sociedades de Biologia Experimental (FeSBE), realizada em julho de 2025.
O reconhecimento foi concedido a partir da apresentação de resultados parciais obtidos no projeto de mestrado de Beatriz, com ênfase na proteína espermática EPPIN e sua parceira de interação semenogelina-1 em espermatozóides humanos. O trabalho é desenvolvido no Laboratório do professor Erick J. R. Silva, docente do Departamento de Biofísica e Farmacologia do IBB, com apoio do Centro de Reprodução Humana da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB).
O processo de seleção envolveu o envio de um resumo, seguido da indicação para a fase final, que consistiu na gravação de um vídeo explicativo e na apresentação oral do projeto durante o congresso. A etapa final ocorreu no dia 11 de julho e incluiu arguição por uma banca avaliadora. Como parte da premiação, a mestranda recebeu um iPad, que será utilizado como recurso de apoio em suas atividades acadêmicas.
Segundo Beatriz, o prêmio representa muito mais do que um incentivo pessoal, mas também um reconhecimento à relevância do tema abordado. “O laboratório em que atuo é o único no Brasil que investiga alvos moleculares voltados à contracepção masculina. Trata-se de uma área ainda pouco explorada, e essa conquista reforça a importância de ampliar o debate sobre o tema e de investir em alternativas contraceptivas para o público masculino, visando equilibrar a responsabilidade contraceptiva entre homens e mulheres”, afirmou.
Egressa do curso de Ciências Biomédicas do IBB, Beatriz iniciou sua trajetória científica por meio da iniciação científica, também sob orientação do professor Erick J. R. Silva. Ingressou no mestrado em fevereiro de 2024, e, atualmente, é bolsista da CAPES. Sua participação no congresso contou com o apoio institucional da Pró-Reitoria de Pós-Graduação da Unesp (ProPG), viabilizado pelo Instituto.
A pesquisadora destacou ainda a contribuição da estrutura física e acadêmica para a construção de sua trajetória. “Durante a graduação, o suporte oferecido pelo IBB foi essencial para minha formação. A iniciação científica foi um divisor de águas, pois me direcionou para a carreira acadêmica. A estrutura dos laboratórios, a orientação qualificada e o apoio institucional foram determinantes para que eu pudesse me desenvolver e alcançar este reconhecimento”, ressaltou.
Beatriz também enfatizou o papel coletivo na conquista do prêmio. “Recebi muito apoio dos colegas de laboratório e da coorientadora, Noemia Mariani. Realizamos ensaios da apresentação e houve uma troca constante de contribuições. Foi, sem dúvida, um resultado construído em conjunto”, concluiu.