Polícia apura espancamento de um comerciante por agentes públicos em São Manuel

São Manuel – A Polícia Civil instaurou inquérito para apurar o espancamento de um comerciante de São Manuel (69 quilômetros de Bauru), ocorrido na manhã da última sexta-feira (23). Os suspeitos do crime, que foi registrado apenas nesta segunda (26), como tentativa de homicídio, são um policial militar e dois filhos dele, que são guardas civis municipais. Em nota, tanto a Polícia Militar (PM) quanto a Prefeitura de São Manuel informaram que também estão investigando o caso na esfera administrativa.

De acordo com o registro policial, o comerciante, de 48 anos, deu entrada na Unidade de Terapia Intensiva (UTI) de um hospital particular em Botucatu, logo após as agressões, com politraumatismos, incluindo uma fratura de face. A reportagem apurou que ele fraturou diversas vértebras da coluna, além da mandíbula.

O BO não traz informações sobre as circunstâncias e motivações do espancamento, mas cita um PM e dois guardas municipais como supostos autores. Conforme apurado pelo JC, um dos GCMs atua em São Manuel e, outro, em uma cidade vizinha. Um terceiro GCM, do município, teria ido até o local, mas não teria participou das agressões.

Nesta segunda, os dois guardas civis da cidade teriam se afastado do trabalho por licença médica. A Polícia Civil tomou conhecimento do caso por meio de BO registrado pela PM, e também através de postagens em redes sociais e denúncias por telefone. Um inquérito foi instaurado para apurar o crime.

Em nota, a Prefeitura de São Manuel, responsável pela Guarda Civil Municipal (GCM), informou que as agressões teriam ocorrido no comércio da vítima. “Por se tratar de procedimento sigiloso, a Administração Pública não pode divulgar maiores informações, inclusive para preservar a vítima e possíveis testemunhas”, declarou.

“A Administração Municipal está tomando as providências necessárias para a apuração dos fatos com relação ao envolvimento de servidores públicos municipais (GCMs), bem como já foi informada pelo 2º Batalhão da Polícia Militar e pela Polícia Civil que os boletins de ocorrência já foram lavrados e os procedimentos de inquéritos instaurados”, declarou.

Também em nota, a PM disse que, “na esfera administrativa militar, foi instaurado procedimento apuratório para melhor deslinde dos fatos”. “Tal procedimento tramitará em paralelo com o inquérito policial instaurado pela Polícia Civil, sendo certo que, ao final dos feitos, serão tomadas todas as medidas que o caso exigir”, declarou.

“A Polícia Militar está sempre atuando em consonância com os ditames legais, baseando-se sempre nos princípios da legalidade, impessoalidade, moralidade, publicidade e eficiência”.

Fonte: JCNET

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