Polícia Civil de Avaré desarticula organização criminosa em megaoperação

Em um golpe contundente contra o crime organizado, a Polícia Civil de Avaré, por meio da Delegacia de Investigações Gerais (DIG) e do Grupo de Investigação em Área Rural (GIAR), deflagrou nesta sexta-feira, 30 de maio, uma megaoperação nos municípios de Londrina e Rolândia, no Paraná. A ação resultou no cumprimento de quatro mandados de prisão temporária e sete mandados de busca e apreensão, visando desmantelar uma organização criminosa especializada em crimes patrimoniais violentos em propriedades rurais da região de Avaré.

A operação, que mobilizou 45 policiais civis de diversas unidades de São Paulo e do Paraná, culminou na prisão de quatro suspeitos, incluindo o apontado como líder da associação criminosa. Além das prisões, foram apreendidos notas de dinheiro estrangeiro e uma vasta gama de objetos que se presume serem de origem ilícita, como joias, relógios, óculos e perfumes de grife, armas brancas e aparelhos eletrônicos. Todos esses itens serão submetidos a reconhecimento formal por vítimas dos crimes.

A complexa investigação teve origem em um robusto inquérito policial da DIG de Avaré, com mais de 100 páginas. O procedimento apura uma série de furtos e roubos qualificados registrados entre junho de 2024 e abril de 2025, com destaque para ocorrências nos municípios de Paranapanema, Taquarituba e Itaí. A atuação integrada da DIG e GIAR de Avaré com Delegacias da Seccional de Avaré, Delegacias Seccionais de Itapeva e Botucatu, e o apoio crucial da Polícia Civil do Paraná, foi fundamental para o sucesso da operação.

Atuação violenta – Os integrantes da organização criminosa, com idades entre 31 e 52 anos, são acusados de invadir propriedades rurais durante a noite, sempre encapuzados e armados, utilizando de violência e estratégias para subtrair joias, dinheiro, armas e objetos pessoais das vítimas. O modus operandi do grupo era sempre em bando e com uso de armamento, indicando um alto grau de planejamento e organização.

Entre os crimes investigados, destacam-se:

  • 13 de fevereiro de 2025 (Paranapanema): Uma família foi rendida em um condomínio rural. Os criminosos invadiram três residências vizinhas e levaram joias avaliadas em R$ 35 mil, R$ 4.400 em espécie, além de dólares, euros e bens pessoais.
  • 3 de março de 2025 (Itaí): Dois homens armados cortaram o alambrado de um sítio, arrombaram a porta da casa e trancaram os moradores no banheiro. Na fuga, subtraíram roupas, joias, uma caixa de som, bebidas, uma espingarda de pressão e R$ 1.000 em espécie.
  • 4 de abril de 2025 (Paranapanema): Na ausência do proprietário, criminosos invadiram uma residência rural e levaram joias avaliadas em R$ 30 mil, além de 100 euros, 700 dólares e uma jaqueta de couro.
  • Janeiro de 2025 (Paranapanema): Outro roubo resultou na subtração de cerca de R$ 40 mil em espécie e várias joias.

Segundo a polícia, os alvos da operação já possuíam antecedentes criminais e vínculos com o sistema prisional, o que ressalta a periculosidade do grupo.

O delegado titular da DIG de Avaré, Dr. Adriano Leite de Assis, ressaltou a importância da ofensiva policial: “Essas ações representam uma resposta efetiva à criminalidade que atinge o campo, trazendo medo e prejuízos às famílias. A retirada desses indivíduos de circulação é essencial para devolver tranquilidade à população e reforçar a confiança nas instituições de segurança pública”.

Todos os alvos foram localizados em endereços previamente monitorados, fruto de diligências de campo e inteligência policial. Os objetos apreendidos permanecerão sob a guarda da Polícia Civil até a realização dos reconhecimentos formais pelas vítimas.

A Delegacia Seccional de Polícia de Avaré reitera que as investigações continuam em andamento e que novos desdobramentos são esperados. A instituição reafirma seu compromisso com o enfrentamento à criminalidade organizada, em especial àquela que compromete a segurança e a paz nas zonas rurais da região.

Fonte: A Voz do Vale
Foto: Reprodução

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