O Sistema Cantareira atingiu 20,8% da capacidade no domingo (30), o menor nível registrado em quase dez anos, segundo dados da Sabesp. A última vez em que o volume ficou tão baixo foi em 22 de fevereiro de 2016, quando o sistema marcou 20,9%.
As faixas de operação — criadas pelo governo paulista — definem medidas que vão de ações preventivas até procedimentos emergenciais, dependendo da gravidade da situação hídrica.
Leia a nota da Sabesp na íntegra:
“A Sabesp possui hoje um sistema de abastecimento mais robusto, como resposta à crise hídrica de 2014/2015 — quando o Sistema Integrado chegou a apenas 0,6% de sua capacidade. Para enfrentar esses desafios, a empresa implementou grandes obras estruturantes e interligações estratégicas, como Jaguari–Atibainha e o Sistema São Lourenço, além de ampliar estações de tratamento, reservatórios e a integração entre diferentes sistemas. Essas ações garantiram maior resiliência e segurança para o abastecimento dos quase 22 milhões de moradores da Região Metropolitana de São Paulo.
Entre os destaques deste ciclo está a inauguração, realizada nesta segunda-feira (01), da nova captação do Itapanhaú, que elevou em 17% o volume de “água nova” para o Sistema Alto Tietê; três novas estações de tratamento beneficiando Itapecerica da Serra e Embu-Guaçu; além de novos reservatórios e estações de bombeamento nas zonas oeste e sul da capital.
Entre os projetos mais estratégicos está a Interligação Billings–Alto Tietê, capaz de captar até 4 mil litros por segundo do braço Rio Pequeno, na Billings, para suprir tanto o Alto Tietê quanto o Rio Grande. Com investimento de R$ 500 milhões e conclusão prevista para 2027, o sistema vai beneficiar cerca de 1,9 milhão de pessoas, fortalecendo a segurança hídrica da Grande São Paulo com uma infraestrutura flexível e integrada.
No campo tecnológico, a Sabesp avança no uso de inteligência artificial e imagens de satélite, capazes de detectar até cinco vezes mais vazamentos do que métodos tradicionais. O monitoramento inteligente também reduziu em 42% o tempo de recomposição viária, elevando a qualidade dos serviços urbanos.
Desde a desestatização, em 2024, a companhia destinou R$ 1 bilhão ao combate a perdas, fraudes e ligações clandestinas, com meta de alcançar R$ 9 bilhões até 2029 — alta de 60% frente ao período anterior.
Esses investimentos, inovação e obras de integração permitiram que, mesmo com oscilações nos níveis dos reservatórios, como as registradas recentemente, a Sabesp mantenha estratégias eficazes de resiliência para enfrentar eventos climáticos extremos e garantir o abastecimento à população paulista.Além disso, diante do cenário de estiagem e do baixo nível dos mananciais, a Sabesp está adotando desde 27 de agosto a redução da pressão da água no período noturno, quando há menor consumo pela população. Essa medida está sendo aplicada das 19h às 5h, em toda a Região Metropolitana de São Paulo (RMSP).
A ação é preventiva e temporária e atende a uma deliberação da Arsesp (Agência Reguladora de Serviços Públicos do Estado de São Paulo), com o objetivo de preservar os reservatórios que abastecem a região.
Desde o dia 27 de agosto, foram economizados mais de 44 bilhões de litros de água dos mananciais, ajudando a reduzir a queda no nível das represas.
A redução de pressão é uma medida adotada internacionalmente em que o fornecimento de água segue ocorrendo no período noturno, com pressão menor.”
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