A segunda edição da Diverge Gravel Race Brasil Ride é mais uma vez um sucesso, realizada neste sábado (23) em Botucatu, na Cuesta Paulista. Em clima de encontro com amigos, o evento reuniu no Celeiro Restaurante cerca de 150 ciclistas de todo País, que encararam percursos com lindos visuais em duas distâncias: a dos 90 km e 1.292 m de altimetria acumulada, em sua estreia no evento, e o percurso de 65 km, com altimetria acumulada de 1.172 m.
“Foi diversão para todo mundo. A competição foi muito dinâmica com trocas de posições entre os líderes. O que é muito legal da Gravel é esse ambiente relaxado, que apesar de competir sempre é um ambiente amigável e diferente. Como ninguém entende nada desse negócio todo mundo fica igual e vira criança para se divertir em cima da bicicleta”, comentou Mario Roma, fundador da Brasil Ride.
O Brasil é definitivamente o País para as bicicletas de Gravel, capaz de percorrer estradas de asfalto e percursos “off-road” como pavimentos em terra, cascalhos e até trilhas leves, onde cada vez mais os atletas estão se aventurando na nova modalidade.
“O desempenho da minha Diverge foi sensacional. Nunca tinha corrido com este tipo de bicicleta. A agilidade e a velocidade que ela te entrega é igual uma road, que estou acostumado. Então coloquei muita confiança e somente errei em alguns trechos por mera inexperiência na modalidade”, disse o campeão geral Douglas Santiago, da equipe Velo48 de São Paulo (SP), que completou os 90 km de percurso em 3h2min50seg, numa velocidade média de 30.5 km/h, em que assegurou o título somente a quatro quilômetros do final após um duelo contra o atleta Vitor Fonseca, da Cadence Bicicletas.
“Foi um percurso duro com muitas subidas, mas ao mesmo tempo muito divertido, já que a Gravel é uma bike rápida, diferente de uma mountain bike “, explicou Michel Fernandes, da loja BikeShow de Maringa (PR), que viajou quase 500 quilômetros para vivenciar essa experiência e ainda terminar em top 5 geral.
Já a mulher mais rápida foi novamente Victoria de Sá, da equipe Fuga de São Paulo (SP) com o tempo de 3h50min30seg, seguida por Cristiane Silva (3h54min49seg) e Bianca Julio 4h14min03seg. Todos os atletas que completaram o percurso puderam sentir-se vencedores por serem protagonistas de um momento histórico do ciclismo brasileiro.
“Foi apenas a segunda vez de uma prova exclusiva de Gravel com todo o clima, espírito e identidade própria”, acrescentou Mário Roma. Outro aspecto importante foi o evento ocorrer no sábado de tarde: “Pensamos na comodidade do ciclista, assim os participantes podem curtir a prova e o happy hour e, no dia seguinte, retornarem com segurança para suas casas” – complementou Eduardo Gasperini, diretor de Marketing e Desenvolvimento de Mercado da Specialized Brasil.
Inovar ou Morrer – Desde que a Specialized foi fundada em 1974, o DNA da marca sempre foi a inovação. Sob o lema “Innovate or Die” (Inovar ou Morrer), a marca desenvolveu os melhores equipamentos e bicicletas com benefícios cientificamente comprovados. E neste espírito de inovação é que nasceu a Diverge Gravel Race Brasil Ride em 2019 agora com duas edições.
A Specialized oferece em sua linha o modelo Diverge, bicicleta específica para Gravel com tamanhos de rodas aro 700 e com guidão Drop (tipo curvado usado no ciclismo estrada) concebidas para ciclistas que apreciam andar rápido em quaisquer condições.
Uma Gravel bike não é mountain bike nem estrada. Ela mistura os elementos das bikes de estrada (speed), caracterizadas por pneus finos e geometria agressiva, somados a capacidade de encarar os terrenos irregulares do mountain bike, como pisos mistos de terra, grama, pedriscos ou qualquer outro tipo de superfície.
As “bikes para cascalhos”, numa tradução livre e simplista são uma nova e crescente tendência no mundo do ciclismo. As Gravels desafiam os limites do que se é possível fazer com uma bike de estrada, estimula a divergir e buscar a aventura onde antes não era possível com uma bicicleta de estrada tradicional.