Bauru – O vereador Eduardo Borgo protocolou nesta segunda-feira (29) requerimento solicitando a abertura de Comissão Processante (CP) contra a prefeita Suéllen Rosim (PSD), por suposta omissão no cumprimento do Plano Diretor de Águas (PDA), instituído em 2019.
O parlamentar fundamenta o pedido em relatório da Comissão Especial de Inquérito (CEI) instaurada em 2021, que apontou negligência de gestões anteriores na execução do plano, considerado essencial para enfrentar a crise hídrica. Borgo sustenta que, mesmo após receber R$ 100 milhões de ação judicial e aprovar empréstimo de R$ 40 milhões para perfuração de poços, a atual administração não apresentou soluções concretas para amenizar a falta de água.
O pedido de CP deverá ser votado na sessão da próxima semana e precisa de maioria simples dos presentes para ser aprovado. Caso todos os vereadores estejam na Casa, são necessários 11 votos. É diferente de uma CEI, instrumento de minorias, que precisa de somente 6 assinaturas para ser automaticamente instalada. Quase ao final da noite, o governo enviou nota na qual se defende.
Em sua defesa, a Prefeitura de Bauru argumenta que o município cumpre o Plano Diretor de Águas (PDA), e ainda realiza obras que vão além do previsto no PDA. “Bauru enfrenta sucessivas crises de falta de água há mais de 15 anos. Alguns anos com crises bastante prolongadas, como em 2014, 2020 e 2024, devido ao volume menor de chuvas. O atual governo assumiu com quase 40% da população dependendo do Rio Batalha. Em quatro anos e meio, a dependência foi reduzida para 27%, com investimentos em oito novos poços, três reservatórios, interligações e setorizações. Regiões inteiras saíram da dependência do Rio Batalha, como a Vila Dutra e o Jardim Bela Vista. O Centro e a Zona Sul agora recebem água do Rio Batalha apenas como reforço, tendo como principal abastecimento os poços”, informa nota.
“O governo municipal considera que ainda é necessário avançar mais, e neste ano foi lançado o Programa ‘Água de Todos’, que vai investir R$ 64,5 milhões em abastecimento de água. A dependência do Rio Batalha vai diminuir para 12,5%, retirando as regiões da Vila Falcão, Alto Paraíso, Vila Pacífico, Vila Industrial, entre outros, do abastecimento do Rio Batalha. Essas regiões passarão a ser abastecidas pela água que será produzida no Complexo de Poços de Val de Palmas”, conclui a nota.
Fonte: JCNET
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