No Estado de São Paulo (ESP), no período de 2006 a outubro/2024 foram confirmados 751 casos de Febre Amarela, com 255 óbitos, resultando em uma letalidade de 35,4%. Dentre o total de casos, 623 foram considerados autóctones do estado, onde destaca-se a epidemia ocorrida no período de 2016 a 2019.
Desde 2023, o Estado de São Paulo (ESP) vem confirmando áreas com a circulação do vírus, em municípios da região administrativa de São João da Boa Vista e Campinas, através da ocorrência de casos humanos e/ou epizootias em primatas não-humanos (PNH).
Diante do exposto, é necessário que os serviços assistenciais e vigilância epidemiológica municipais estejam atentos para captação de casos suspeitos da doença, bem como aos serviços de zoonoses para a detecção de epizootias de PNH.
Considerando:
* O período epidemiológico pré-sazonal da Febre Amarela (outubro a novembro);
* As recentes detecções do vírus da FA em PNH, nos meses de setembro e outubro de 2024, nos municípios de Pedra Bela e Bragança Paulista, localizados na região administrativa de Campinas;
* As recentes ocorrências de epizootias positivas para FAS em PNH em municípios do estado de Minas Gerais limítrofes aos ESP;
* O fato da vacina contra a Febre Amarela, disponibilizada gratuitamente pelo Sistema Único de Saúde (SUS), ser a principal ferramenta de prevenção e controle da doença;
* A recomendação de vacinação contra a febre amarela ter sido adotada no ESP para todos os municípios desde o ano de 2019;
A Divisão de Doenças Transmitidas por Vetores e Zoonoses, do Centro de Vigilância Epidemiológica “Prof. Alexandre Vranjac” CCD/SES-SP, alerta os profissionais da saúde e população em geral para as ações de preparação contra a Febre Amarela Silvestre antes do período sazonal (dezembro a maio) e recomenda:
# Intensificar as ações de vigilância para a detecção precoce da circulação vírus amarílico através da vigilância de epizootias em Primatas Não Humanos e notificação dos casos humanos suspeitos;
# Aumentar as coberturas vacinais contra a febre amarela;, considerando principalmente as populações mais expostas às áreas de risco (residentes, trabalhadores e viajantes).