Brasil

Rio Grande do Sul: Haitianos e venezuelanos denunciam xenofobia em abrigos

Os imigrantes haitianos e venezuelanos afetados pelas enchentes que assolam o Rio Grande do Sul (RS) têm relatado casos de xenofobia e discriminação nos abrigos que acolhem as vítimas da catástrofe climática. A Agência das Nações Unidas para Refugiados (Acnur) afirma que 46 mil refugiados vivem no estado gaúcho, a maioria de venezuelanos (29 mil) e haitianos (12 mil), seguidos pelos cubanos (1,3 mil).

A presidente da Associação dos Haitianos no Brasil, Anne Milceus Bruneau, trabalha como voluntária em um abrigo da zona norte de Porto Alegre (RS) e contou à Agência Brasil que a xenofobia é “muito grande”, afetando não apenas os haitianos, mas também os venezuelanos.

“As comidas principalmente estão sendo servidas cruas. Eles solicitam para trocar comida, mas não trocam. Têm várias crianças que não estão comendo direito, têm adultos que não estão comendo direito porque a comida está sendo crua”, lamentou a haitiana que vive há quase 7 anos no Brasil.

A presidente da Associação que reúne os imigrantes do país caribenho diz ainda que há casos de refugiados recebendo apenas uma escova de dente por família e que o acesso à água estava sendo insuficiente. “Eu fiz esse relato e agora estão liberando um pouco mais de água para eles”, disse.

Anne acrescentou que as roupas em piores condições são dadas aos imigrantes. Desodorantes, fraldas e outros materiais de higiene também não estariam sendo distribuídos igualmente entre os desabrigados.

“Quando eles [os imigrantes] vão lá pedir uma coisa, às vezes eles dizem que não tem, mas quando vem o representante da associação, ou eu mesma, a gente pede e eles dão para nós e nós entregamos para os imigrantes”, acrescentou.

“Todo mundo é igual nessa situação, não tem de ser preto, branco ou amarelo, todo mundo é igual, porque estamos no mesmo barco” defendeu Anne. A haitiana disse que recebe relatos como esses de diversos abrigos.

A Acnur confirmou que os relatos de casos de xenofobia não são isolados. “Não são relatos pontuais. O que a gente percebe é que nesse primeiro momento, enquanto a água ainda não baixou, a situação tende a se agravar, na medida em que esses espaços de acolhimento seguem de uma forma improvisada, conflitos ou riscos de violações de direitos tendem a aumentar”, destacou Silvia Sander, oficial de proteção da Acnur.

“Pessoas refugiadas e imigrantes devem ter o mesmo acesso, pois têm o mesmo direito de pessoas brasileiras também afetadas”, acrescentou Silvia.

O estado gaúcho foi o que mais recebeu venezuelanos durante a Operação Acolhida do governo federal. Dos cerca de 100 mil imigrantes que foram transferidos de Roraima (RR) para demais unidades da federação, no processo conhecido como interiorização, cerca de 21 mil foram deslocados para o Rio Grande do Sul.

As fortes chuvas que caem no RS obrigaram 614 mil pessoas a deixarem suas casas no estado, sendo 76 mil em abrigos e outras 538 mil desalojadas, em casas de parentes ou amigos, segundo último boletim da Defesa Civil divulgado ao meio dia desta quarta-feira (15).

O Banco Mundial estima que, até 2050, cerca de 17,1 milhões de pessoas serão deslocadas internamente em seus países na América Latina devido às mudanças climáticas, o que representa 2,6% da população latino-americana.

Fonte: Agência Brasil

Foto: Pedro Piegas

Gramado: Chuva forte provoca desmoronamento de rua e assusta moradores

A Rua Henrique Bertoluci, no bairro Piratini, em Gramado (RS), desmoronou no fim de semana após a chuva atingir a cidade. De acordo com a prefeitura, o asfalto cedeu devido a uma infiltração causada pela água.

O Rio Grande do Sul continua enfrentando chuvas e enchentes desde o começo do mês. O estado chegou a ser atingido por dois tornados.

Moradores de Gramado tiveram de deixar suas casas por causa do risco à segurança. A prefeitura informou que a rua cedeu a partir da infiltração da água da chuva. De acordo com o último boletim divulgado, no sábado (11/5), 974 pessoas se encontram fora de casa.

Rachaduras gigantes

Um caso semelhante aconteceu em 24 de novembro de 2023, quando rachaduras gigantes apareceram em diferentes áreas de Gramado, no Rio Grande do Sul. O edifício Ana Carolina chegou a desabar. Mais de 500 pessoas foram tiradas dos locais de risco e duas pessoas morreram.

O solo da região teve movimentações incomuns após fortes chuvas.

Fonte: Metrópoles

 

Rio Grande do Sul: Entra em alerta máximo para nova alta dos rios; “Mais destruição”

Rio Grande do Sul iniciou a semana em alerta máximo devido ao volume das chuvas, com crescimento elevado do nível dos rios, risco de deslizamentos e quedas de temperaturas. O Vale do Taquari e o Guaíba podem ultrapassar novamente o nível de 5,5 metros nas próximas 24 horas, registrando outra cheia histórica.

Na manhã desta segunda-feira (13/5), o vice-governador do Rio Grande do Sul, Gabriel Souza (MDB), disse em entrevista à Globonews que “temos de contar com a possibilidade de ter mais destruição nas próximas horas”.

Boletim mais recente divulgado pela Defesa Civil estadual aponta que o número de mortes subiu para 147, com 447 municípios afetados pelas chuvas e enchentes. Mais de 500 mil pessoas seguem desalojadas. O estado chegou a ser atingido por dois tornados com o avanço da frente fria.

Até o momento, 76 mil pessoas foram resgatadas e 127 continuam desaparecidas. Não há óbito em investigação, segundo o boletim. Além disso, 806 pessoas ficaram feridas devido às chuvas que assolam o estado.

Na orla do Guaíba, foram feitas barricadas nas ruas mais próximas para evitar o aumento da água em Porto Alegre, capital do Rio Grande do Sul.

Bolsa Família e restituição do IR

O estado corre contra o tempo para construir ou reconstruir a infraestrutura a fim de conter as inundações. O vice-governador afirmou que, para isso ser feito, é necessário o repasse de recursos do governo federal e a flexibilização no pagamento da dívida de cerca de R$ 90 bilhões do estado com a União.

“Uma infraestrutura inteira, que foi construída durante muitas décadas, e agora precisa ser reconstruída. Não estamos falando de obras novas”, destacou Gabriel Souza.

Na última quinta-feira (9/5), o governo anunciou a antecipação de pagamentos do Bolsa Família, auxílio gás e da restituição do Imposto de Renda para moradores do estado.

Fonte: Metrópoles

Foto: Jefferson Bernardes

Número de mortos pelas chuvas sobe para 126 no Rio Grande do Sul

Chegou a 126 o número de pessoas mortas em decorrência das chuvas que atingem o Rio Grande do Sul desde a semana passada. O último balanço da Defesa Civil foi divulgado no início da noite desta sexta-feira (10). O número de municípios afetados chegou a 441, o que equivale a quase 90% das cidades gaúchas.

Segundo o relatório, o estado contabiliza 756 feridos e 141 desaparecidos. Ao todo, 1.951.402 pessoas foram afetadas, sendo que 339.928 estão desalojadas e 71.409 foram para abrigos.

Desde o início das operações de socorro, já foram resgatadas 70.863 pessoas e 9.984 animais.

  • Mortos: 126
  • Feridos: 756
  • Desaparecidos: 141
  • Municípios atingidos: 441
  • Pessoas afetadas: 1.951.402
  • Desalojados: 339.928
  • Pessoas em abrigos: 71.409
  • Pessoas resgatadas: 70.863
  • Animais resgatados: 9.984

Infraestrutura

Cerca de 151,7 mil clientes da RGE Sul estão sem energia elétrica neste momento, o que equivale a quase 5% do total. Em relação à água, mais de 315,2 mil clientes da Corsan estão sem abastecimento. O número equivale a 11% do total.

As chuvas no estados afetaram 1.024 escolas em 242 municípios, impactando na rotina de 354,5 mil estudantes. Entre essas escolas, 526 foram danificadas e 84 estão servindo de abrigo para pessoas desabrigadas ou desalojadas.

O governo do estado também divulgou um roteiro com rotas alternativas às estradas bloqueadas. Clique aqui para acessar.

 

Fonte: CNN

Patos de Minas: Motorista embriagado em carro desgovernado bate em duas motos

Um carro desgovernado que seguia pela Rua Major Jerônimo, em Patos de Minas, bateu em duas motos que passavam pela Avenida Fátima Porto. O motorista do veículo, de 62 anos, estava alcoolizado e não respeitou a sinalização de pare da via. Ele ficou preso às ferragens e outras três pessoas ficaram feridas.

Em depoimento à Polícia Militar (PM), o motorista contou que o carro perdeu o freio, causando o acidente. O caso foi registrado na tarde de quarta-feira (8) e uma das vítimas, garupa da moto, foi arremessada a mais de 15 metros e teve que passar por cirurgia no Hospital Regional de Patos de Minas.

No vídeo é possível ver o momento em que o motorista segue pela Rua Major Jerônimo em alta velocidade, ultrapassa a sinalização de trânsito na esquina com a Avenida Fátima Porto e atinge os motociclistas que seguiam pela via.

Em seguida, o veículo se choca contra a mureta de proteção do Córrego do Monjolo. A polícia informou que o teste de bafômetro confirmou que o condutor consumiu bebida alcoólica.

Uma testemunha relatou à PM que o condutor “estava aparentemente desacordado, abraçado ao volante e desgovernado, e que devido ao declive da via, o veículo ganhou velocidade e por diversas vezes chegava a raspar no solo, soltando faíscas”.

O Corpo de Bombeiros e o Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) estiveram no local e prestaram os primeiros socorros às vítimas.

O motorista do veículo ficou preso às ferragens e foi socorrido para a Santa Casa de Misericórdia. Em seguida, ele foi conduzido para a delegacia.

Ao ser atingida pelo carro, uma mulher de 55 anos foi derrubada da moto, mas teve apenas ferimentos leves, sendo encaminhada para o Pronto Socorro de Patos de Minas.

Na outra moto estava o condutor de 39 anos, que teve ferimentos leves e também foi levado para o Pronto Socorro.

Já o garupa, de 38, foi arremessado a uma distância de mais de 15 metros e ficou com a perna dilacerada. Ele foi encaminhado para o Hospital Regional, onde passou por cirurgia.

Pós-acidente

Em imagens disponibilizadas pelo site Patos Hoje é possível ver que os trabalhos para remoção das motos e do veículo se estenderam até o início da noite.

No vídeo, o carro ainda aparece no local do acidente, com diversos itens que estavam em seu interior espalhados pela via.

As motos também aparecem caídas no chão, enquanto o Samu e o Corpo de Bombeiros finalizam os serviços no local.

Após receber atendimento médico, o motorista do carro que provocou o acidente foi encaminhado para a delegacia e o veículo teve que ser retirado por meio de guincho. As motos foram liberadas.

                                                             Uma das motos atingidas Fonte: G1
Foto: Polícia Militar/Divulgação

Tocantins (TO): Juiz encerra julgamento após ré abrir cerveja durante audiência

Durante uma audiência virtual da 2ª Vara Criminal de Augustinópolis, Tocantins, nessa segunda-feira (6/4), após a ré abrir uma garrafa de cerveja, o que levou o magistrado a encerrar o depoimento, excluir a mulher da sala e condená-la a pagar dez salários mínimos por ter desrespeitado o Judiciário.

O processo, por ameaça e injúria, é público, e a audiência foi gravada. Por esse motivo, é possível vê-la no início da audiência dentro de um carro, posteriormente descendo do veículo, entrando em uma casa, pegando uma garrafa verde, abrindo e bebendo em frente à câmera durante o depoimento de uma das testemunhas.

O juiz afirmou: “Doutores, doutores. É o seguinte, doutores. Eu estou vendo que a ré acabou de abrir uma cerveja. Tá gravado aqui. Doutores, eu não vou fazer interrogatório de uma pessoa que está bebendo em um ato, que é um ato sério de julgamento. Então, não vou fazer interrogatório dela e vou determinar que seja excluída, imediatamente, a ré da sala da audiência”.

Na sequência o magistrado encerrou o depoimento, dispensou a testemunha e concluiu: “Não temos condições. Esse ato de ela abrir uma garrafa de cerveja em uma audiência. Acho que já deu. Senhora, o que a senhora passou para a gente já está de bom tamanho. Muito obrigado”.

Após o ocorrido, o juiz ouviu outras testemunhas, a defesa da ré e a acusação do promotor de justiça. Ao final, a mulher foi absolvida pelo crime de injuria devido a ausência de provas contundentes, porém foi condenada a a três meses e dois dias de detenção pelo crime de ameaça.

Litigância de má-fé

O magistrado condenou a mulher por litigância de má-fé. Ou seja, por conduta abusiva, desleal ou corrupta de uma das partes de um processo.

“Diante do comportamento da ré que durante a instrução, que por sua vez abriu uma garrafa de cerveja e iniciou a ingestão do seu conteúdo, CONDENO-A por litigância de má-fé […] diante do seu comportamento arriscado (temerário) no ato processual. Em observância ao que prescreve o art. 81, §2º, do Código de Processo Civil, diante de tal comportamento de desrespeito, fixo a condenação em 10 salários mínimos”, consta na decisão.

Fonte: Metrópoles

Polícia apura se máquinas de pelúcia são programadas para ‘errar’

Uma operação da Polícia Civil do Rio de Janeiro investiga se máquinas de pelúcia instaladas em shoppings são programadas para errar e usadas pelo crime organizado para lavar dinheiro. Há indícios de que dispositivos são programados para liberar pelúcia somente após determinado número de jogadas. Segundo a polícia, caso isso seja confirmado, as máquinas estarão enquadradas na contravenção de exploração de jogo de azar.

Polícia também investiga possível envolvimento de organização criminosa com as máquinas. Elas estariam sendo exploradas por um grupo criminoso e seriam usadas para lavagem de dinheiro. Máquinas foram apreendidas em shoppings da capital e em São João de Meriti nessa terça-feira (8). Elas devem passar por perícia.

Os responsáveis pelos estabelecimentos nos quais as máquinas estão instaladas foram levados à delegacia para prestar esclarecimento. Como eles não foram identificados, não foi possível procurar a defesa dessas pessoas. O espaço fica aberto para manifestações.

 

Rio de Janeiro: Catador encontra corpo de bebê no lixão de Duque de Caxias

Um catador de materiais recicláveis encontrou o corpo de um bebê recém-nascido entre os resíduos de um lixão de Duque de Caxias (RJ), na manhã de terça-feira (7). Os restos mortais da criança foram encaminhados ao IML (Instituto Médico-Legal) como parte da investigação.

Um catador de materiais recicláveis encontrou o corpo de um bebê recém-nascido entre os resíduos de um lixão de Duque de Caxias (RJ), na manhã de terça-feira (7). Os restos mortais da criança foram encaminhados ao IML (Instituto Médico-Legal) como parte da investigação.