Denúncia

Ônibus coletivos param por falta de combustível em vários bairros de Botucatu e população é prejudicada

Mais uma vez, o transporte público de Botucatu enfrenta uma grave crise que afeta diretamente a rotina de trabalhadores, estudantes e idosos que dependem exclusivamente do serviço para se locomover. Ao longo desta segunda-feira, 14 de julho, 7 ônibus da empresa Pontual, contratada pela Prefeitura de Botucatu, interromperam o tráfego por falta de combustível — justamente nos principais horários de pico, nos períodos da manhã e final da tarde.

A Pontual opera 14 linhas na cidade. Destas, ao menos 7 foram impactadas com veículos que simplesmente pararam no meio do trajeto, deixando os passageiros à mercê da própria sorte.

Funcionários da própria empresa, que pediram para não serem identificados por medo de retaliações, revelaram que os ônibus possuem capacidade para 280 litros de diesel, mas estão sendo abastecidos com apenas 28 litros por dia — o que equivale a cerca de 10% da capacidade total. Segundo eles, a Pontual está enfrentando dificuldades para pagar fornecedores locais de combustível, o que inviabiliza o abastecimento adequado da frota.

A situação revoltou usuários do transporte coletivo. Muitos reclamam que não há qualquer forma de ressarcimento após os veículos pararem no meio do caminho, e que, em muitos casos, precisam aguardar por horas até que outro ônibus — normalmente lotado — chegue ao ponto. Quando isso não ocorre, são obrigados a pagar outro meio de transporte por conta própria, mesmo tendo já desembolsado a tarifa.

É um absurdo Botucatu ter uma das maiores fabricantes de ônibus do Brasil e ter um péssimo serviço de transporte público para os moradores da cidade. Isso é vergonhoso para a cidade”, declarou indignado o usuário Artur Germano, que aguardava há mais de uma hora.

Outros relatos reforçam o clima de frustração:

Maria das Graças Oliveira, aposentada, 68 anos, disse:
Eu estava indo ao médico quando o ônibus parou perto da rodoviária e o motorista falou que tinha acabado o combustível. Tive que voltar pra casa andando. Uma cidade desse tamanho não pode tratar seus cidadãos assim!

Rafael Henrique da Silva, estudante universitário, afirmou:
Já perdi duas provas esse semestre porque o ônibus não apareceu. Hoje, o motorista parou no meio do caminho e só disse ‘acabou o diesel’. Nem avisam antes. A gente é tratado como nada.

Luciana Mendes, auxiliar de enfermagem, reclamou:
Trabalho no hospital e dependo do ônibus todo dia. Quando ele quebra ou para por falta de combustível, meu salário é descontado por atraso. Quem vai pagar por isso? A prefeitura? A empresa?”

A equipe de jornalismo da Rede Alpha procurou a direção da empresa Pontual. O gerente operacional, Francisco Ferreira Pinheiro Júnior, confirmou que a empresa enfrentou dificuldades com a bomba de abastecimento e que a reserva interna de combustível não foi suficiente para suprir a frota. Ele afirmou que o problema foi regularizado no período da tarde, mas denúncias de interrupções no serviço seguiram sendo registradas até o início da noite.

A Rede Alpha também entrou em contato com o prefeito Fábio Leite, a secretária de Comunicação Cinthia Al-Lage e o secretário adjunto de Transportes Rodrigo Fumes, mas até o fechamento desta reportagem, nenhum deles prestou qualquer esclarecimento à população.

A Rede Alpha continuará acompanhando o caso e permanece à disposição das autoridades municipais para eventuais esclarecimentos. O espaço segue aberto para respostas oficiais. Enquanto isso, a população de Botucatu segue enfrentando, sozinha, as consequências de um transporte público que falha dia após dia.

Prefeito de Botucatu, Fábio Leite, amplia gastos com mais locações de imóveis enquanto outros prefeitos na região buscam pelo “Aluguel Zero” reutilizando imóveis desativados

Diante do cenário econômico nacional,  o discurso de austeridade fiscal e da eficiência no uso de recursos públicos ganha força, em diversas cidades brasileiras, a Prefeitura de Botucatu segue na contramão e amplia seus contratos de locação de imóveis.

Nos últimos meses, ao menos, três novos contratos de aluguéis de imóveis foram assinados pela prefeitura de Botucatu. Totalizando mais de R$ 20 mil reais por mês, em aluguéis.

Essa situação tem gerado questionamentos da população e autoridades sobre a real necessidade dessas despesas diante da existência de vários imóveis públicos subutilizados no município.

Foto: Futuras instalações da Secretaria de Desenvolvimento Econômico de Botucatu

O caso mais polêmico envolve a Secretaria de Desenvolvimento Econômico.

O Secretário de Desenvolvimento Econômico,  Luís Bravin, optou por transferir as instalações de serviços agregados à sua pasta, para um novo prédio nas imediações da Praça do Paratodos.

O imóvel, de alto padrão, custará aos cofres públicos mais de R$ 120 mil reais, por ano, conforme noticiado anteriormente pela REDE ALPHA.

 

Foto: Instalações do CEREST 

 

Outro contrato recente é o do Centro de Referência em Saúde do Trabalhador “Professor Rubens Maria Lopes”, o CEREST.

A antiga sede era localizada na Rua João Passos, no Bairro Lavapés. Agora está instalado em um novo endereço. Um prédio também de alto padrão, composto inclusive com piscina, localizado na Rua Emílio Cani, nº 476.

O contrato foi firmado na gestão do ex-prefeito Pardini, pelo ex-secretário de Saúde Marcello Laneza, datado de 12 de junho de 2024 (nº 197/2024), com pagamento mensal de R$ 4.995,00 e está sendo mantido pelo atual prefeito.

O CEREST é um serviço de saúde secundário. Ou seja, o paciente é atendido após ser encaminhado pela unidade de saúde. A equipe é formada por médicos, fisioterapeutas, técnicos em segurança do trabalho, entre outros profissionais.

Esta é uma unidade  Regional do CEREST e atente ainda as seguintes cidades:  Anhembi; Areiópolis; Bofete; Conchas; Itatinga; Laranjal Paulista; Pardinho; Pereiras; Porangaba; Pratânia; São Manuel e Torre de Pedra. Apesar do espaço ser compartilhado por outras cidades da região, a locação do espaço está sendo de responsabilidade da Prefeitura de Botucatu.

 

Foto: Futuras instalações do Centro POP de Botucatu

O terceiro imóvel alugado pela Prefeitura irá abrigar o Centro POP – Centro de Referência Especializado para a População em Situação de Rua.

O imóvel fica localizado na Avenida Paula Vieira, nº 239, no Centro. No entanto, o espaço ainda está em reforma para adequações exigidas do serviço.

O contrato de locação foi assinado pela Secretária de Ação Social,  Rosemary Pinton, no dia 30 de abril de 2025 e tem um custo mensal de R$ 4.950,00.

 

 

Os três casos reacendem o debate sobre os gastos públicos com imóveis alugados, especialmente diante da disponibilidade de prédios públicos que poderiam ser reaproveitados.

Exemplos disso incluem espaços ociosos no entorno da Estação Ferroviária, onde a Prefeitura já utiliza áreas sem custo de locação; o Espaço Cultural, localizado em uma área nobre do centro da cidade, com estrutura adequada e amplo estacionamento; a Rodoviária; o Mercado Municipal; Stands do Terminal de Ônibus Municipal; o antigo terminal de ônibus da Praça Para Todos  e tantos outros.

Especialistas e moradores têm levantado a seguinte questão: por que gastar milhares de reais em aluguéis se existem prédios públicos que poderiam ser adaptados para abrigar os serviços, sem novos custos fixos mensais?

O tema ganha ainda mais relevância diante do cenário econômico nacional e da necessidade de eficiência na gestão dos recursos públicos.

Por ora, a Prefeitura de Botucatu segue ampliando sua rede de imóveis locados, sem apresentar justificativas claras sobre a inviabilidade do uso de espaços já pertencentes ao município.

Falta de carne na merenda escolar de Pratânia gera embate entre Vereador e o Prefeito

A merenda escolar de Pratânia (SP) tornou-se centro de uma polêmica nesta segunda-feira (23), após o vereador Renato Bernardo (Solidariedade) publicar um vídeo nas redes sociais denunciando a suposta ausência de carne nas refeições servidas aos alunos da rede municipal. As imagens, gravadas na EMEF Prof. Antonia Ferreira Assumpção Antunes — onde funciona o depósito de alimentos que abastece três escolas municipais e uma estadual — mostram freezers aparentemente vazios.

No vídeo, o parlamentar afirma que as crianças estariam sendo alimentadas apenas com arroz e feijão, atribuindo a situação a uma falha da Prefeitura no processo licitatório para compra de carnes. Segundo Renato, a nutricionista da rede teria planejado as quantidades necessárias, mas a licitação prevista para março não foi realizada, o que teria comprometido o fornecimento regular de proteínas às unidades escolares.

Prefeitura nega escassez e responsabiliza fornecedor

Em resposta à denúncia, a Prefeitura de Pratânia divulgou uma nota oficial afirmando que as alegações são “inverídicas” e que a alimentação escolar permanece balanceada e em conformidade com o cardápio planejado. De acordo com o comunicado, a compra de carnes foi realizada no último dia 18 de junho, com a aquisição de 185 quilos de carne moída e 309 quilos de frango. O atraso na entrega, segundo a gestão municipal, teria ocorrido por responsabilidade da empresa fornecedora, cuja nova entrega foi reagendada para a terça-feira (24).

A administração também ressaltou que, durante esse período, os alunos não ficaram sem acompanhamento alimentar. Como alternativa, foi servido atum, previsto no cardápio e descrito pelo prefeito como uma “mistura de luxo“.

Prefeito Osmir Félix se manifesta em entrevista à Rádio Alpha FM

Em entrevista concedida ao jornalista Fernando Bruder, da Rádio Alpha FM de Botucatu na manhã desta quarta-feira, 25/06, o prefeito Osmir José Félix (PP) comentou a polêmica. Segundo ele, o cardápio já previa o uso de atum nas refeições da segunda-feira (23), e por isso não houve preocupação em exigir a entrega antecipada das carnes, compradas na quarta-feira anterior.

Não é qualquer um que pode comprar atum, eu mesmo, como prefeito, não tenho esse privilégio sempre. E o atum foi servido como previsto”, declarou. Ele ainda afirmou que os vídeos publicados pelo vereador nas redes sociais têm conotação política: “Foram para causar tumulto mesmo. Ali está a maldade política, porque ninguém ficou sem comida”.

O prefeito também disse ter visitado pessoalmente a escola e conversado com os alunos sobre a merenda: “Sempre pergunto o que eles gostam de comer. E nenhum aluno ficou sem alimentação.”

Participação popular e críticas nas redes sociais

Durante uma transmissão ao vivo pelo Facebook da Rádio Alpha FM, a população teve a oportunidade de interagir com o prefeito. O internauta Thiago Devide questionou a ausência de um processo licitatório adequado: “É o dever de licitar para garantir o princípio da economicidade, melhor preço, melhor qualidade e garantia de igualdade entre as empresas que desejam ser fornecedores do Município?”

Já o próprio vereador Renato Bernardo voltou a se manifestar: “É uma vergonha essa mentira. O prefeito finge que não sabe, mas a própria assistente social gravou vídeo dizendo que há crianças que não têm o que comer em casa. Então, não podem reclamar da comida da escola?”

Fiscalização e transparência

O episódio evidencia a importância da fiscalização exercida pelo Legislativo como ferramenta de controle e transparência no uso dos recursos públicos. O debate deve seguir nos próximos dias, com expectativa de novas manifestações tanto da gestão municipal quanto de representantes da comunidade escolar.

Asssita a Entrevita na íntegra:

 

 

População reage com insatisfação à locação de imóvel pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico em Botucatu

A decisão da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Botucatu em alugar um imóvel para abrigar seus serviços, medida esta anunciada recentemente pelo secretário Luis Bravin, tem provocado forte reação negativa nas redes sociais por parte da população local. A controvérsia gira em torno do fato de que os serviços da secretaria já funcionam em prédios públicos, muitos deles ociosos, o que levanta questionamentos sobre a necessidade e a prioridade para este gasto público.

O contrato de aluguel, firmado com o Grupo Phênix – empresa conhecida na cidade –, prevê o pagamento de mais de R$ 120 mil ao ano, valor considerado elevado por diversos cidadãos.

Nas redes sociais, moradores e usuários dos serviços públicos manifestaram críticas severas à gestão municipal.

Adalberto Oliveira comentou: “um gasto desnecessário que deveria ser destinado à saúde, especialmente ao PS adulto da cidade“. Rodrigo Bernardo reforçou a ideia de que a prefeitura poderia revitalizar algum dos prédios próprios que estão disponíveis, evitando despesas extras: “O que estamos questionando é que não precisava alugar nada, pois temos muitos prédios próprios. Era só revitalizar um deles e pronto.”

Outros cidadãos também demonstraram descontentamento com o direcionamento dos recursos públicos. Beatriz Zambonato destacou que, enquanto a prefeitura investe em mudanças consideradas supérfluas, creches da cidade permanecem em condições precárias, com infraestrutura inadequada e insegura para as crianças. Já William dos Santos Conceição questionou o valor mensal do aluguel e a escolha do locador: “Como se R$ 10 mil por mês fosse pouco, e tirar de um prédio próprio para pagar aluguel nesse valor é inadmissível. E por que a Phênix?

Alguns outros relatos expressaram a insatisfação com a atual gestão, ressaltando a percepção de má administração:

Wagner Nunes Godoi disse: “A verdade é que esse prefeito tá servindo nem pra varrer rua. Não tem se quer uma coisa boa que fez desde o dia que assumiu.”

Eva Serafim Cunha afirmou: “O problema não é a empresa que alugou o imóvel e sim um senhor que administra a cidade… dinheiro público que poderia ser usado em outra área, como a saúde.”

Jhulius Cruzz comentou: “O povo não está nem um pouco contente com seu desempenho, vai voltar a política dos aluguéis? Melhor começar a ouvir o povo que votou em você.”

Mi Caroline alertou: “Prefeitura tem vários imóveis que poderiam ser usados. Fazer isso sem licitação é um gasto desnecessário!”

Marcos Ernandes criticou: “Tem que tirar esse prefeito, não vai fazer nada pra cidade, só vai gastar.”

José Luiz Zézo resumiu: “Triste início de gestão.”

Vanessa Burin destacou: “Dinheiro gasto sem a mínima necessidade! Deixa como está, o povo se virou até agora, por que precisa de um prédio de luxo?”

Rodrigo Fajardo sintetizou a opinião popular com a hashtag: “#piorprefeitodebotucatu.”

A suspeita de favorecimento político também foi levantada por vários internautas, que citaram a falta de licitação para o contrato e possíveis relações entre o poder público e o grupo locador. “Velha política. Prefeito dos amigos“, escreveu Danilo Junior, enquanto Gustavo Bilo classificou a situação como “imoral” e “cartas marcadas”.

Por outro lado, alguns poucos apoiadores da atual gestão defenderam a medida, ressaltando que a mudança visa centralizar e melhorar o atendimento, embora estes tenham sido minoria diante da ampla insatisfação.

Além da questão financeira, a logística do local foi outro ponto criticado. Patricia Cardoso de Lima lembrou que o imóvel oferece poucas vagas de estacionamento, que provavelmente serão ocupadas pelos funcionários, dificultando o acesso do público. Outros usuários comentaram que existem diversos prédios públicos em estado de abandono ou pouco uso, como a Pinacoteca e o espaço cultural, que poderiam ser aproveitados para os serviços da secretaria.

A Prefeitura de Botucatu ainda não se manifestou oficialmente sobre a repercussão negativa. O secretário Luis Bravim, autor da autorização do aluguel, afirmou em nota que a medida visa garantir melhor estrutura e atendimento, sem detalhar o motivo pelo qual não foram utilizados imóveis públicos já existentes.

Diante da repercussão, a população segue acompanhando o tema com atenção e promete continuar cobrando transparência e prioridade na aplicação dos recursos públicos.

Munícipe denuncia falta de equipamentos e higiene nas ambulâncias do municipio de Botucatu

O munícipe Silvio Zoilo procurou a Rede Alpha para relatar o drama vivido por ele e sua mãe, de 72 anos, durante um atendimento emergencial no sistema público de saúde de Botucatu. A idosa, que estava sendo atendida no Posto de Saúde do Jardim Peabiru, precisou ser transferida para o Pronto Socorro Adulto, devido a gravidade da situação, seguindo os protocolos padrão da Secretaria Municipal de Saúde. No entanto, o que era para ser um simples deslocamento acabou se transformando em um episódio de indignação e revolta.

 

Segundo relato de Silvio, a ambulância do Serviço Municipal de Ambulância que foi enviada para realizar o transporte chegou em condições consideradas deploráveis. O veículo estava visivelmente empoeirado, sem maca adequada e sem cinto de segurança. Um dos problemas mais graves foi a falta de um conector essencial para o uso de um tubo de borracha necessário ao transporte da paciente. De forma improvisada, o equipamento foi cedido ao munícipe com a orientação de que, após o uso, o devolvesse ao posto de saúde — mesmo sendo um material de uso descartável.

 

Já no Pronto Socorro Adulto, ao tomar ciência da situação, um assessor de gabinete da Prefeitura, Fernando Carmoni, que estava no local, teria abordado o munícipe pedindo que “desse uma chance para o Fábio”, em referência ao prefeito Fábio Leite, na tentativa de evitar que a Rede Alpha fosse acionada para cobrir o caso. O Munícipe já tomado de indignação disse ter feito o contato com o Vereador Abelardo, mas o mesmo só poderia ajudá-lo na segunda-feira, porém o assunto era urgente e a reportagem da Alpha foi até o local imediatamente e ouviu o munícipe.

 

Este episódio se soma a uma série de denúncias já feitas por moradores sobre o estado crítico da frota de ambulâncias do município. São frequentes os relatos de veículos sucateados, equipamentos danificados, falta de condições mínimas de higiene e deslocamentos feitos apenas com motoristas, sem qualquer acompanhamento médico ou de enfermagem.

 

Ainda segundo o munícipe, assim que a ambulância chegou ao Pronto Socorro, sua mãe foi prontamente atendida porém o estado de saúde dela é delicado, mas não corre risco de morte.

 

A reportagem da Rede Alpha entrou em contato com o secretário de Saúde e vice-prefeito, André Spadaro, com a secretária de Comunicação, Cinthia Al Lage, e com o próprio prefeito Fábio Leite para obter esclarecimentos sobre o ocorrido e as condições do serviço municipal de ambulâncias. Até o fechamento desta matéria, nenhum deles se pronunciou.

É do Grupo Phênix Transportes, o imóvel que será alugado pela Secretaria de Desenvolvimento Econômico

A Prefeitura de Botucatu autorizou o aluguel do imóvel localizado na Rua Coronel Fonseca, 143.
Este imóvel pertence a Empresa Magia Transportes de Cargas e Serviços Ltda., CNPJ 29.404.579/0001-30 que pertence às filhas do empresário Geraldo Batista da Silva, o Geraldinho da Aquário e da Transportadora Phênix. A mesma transportadora conhecida pelos caminhões dos desfiles de Natal na cidade e pelas carretas que fizeram arrecadação de donativos para o Rio Grande do Sul.

RELEMBRE O CASO DOS DONATIVOS QUE NÃO CHEGARAM AO RIO GRANDE DO SUL

Conforme matéria publicada pelo Portal Alpha Notícias, em 16 de agosto de 2024, (https://www.alphanoticias.com.br/parte-dos-donativos-arrecadados-para-o-rio-grande-do-sul-ainda-estao-em-botucatu/), os donativos feitos pela população de Botucatu, em maio de 2024 e que foram arrecadados pelas carretas da Transportadora Phênix, na praça da Catedral, objetivando às vítimas das enchentes do RS, nem todos chegaram ao seus destino.

Na época, a equipe de Jornalismo da Rede Alpha recebeu a denúncia de que grande parte dessas doações haviam sido guardadas no antigo depósito da CEAGESP, no bairro Rubião Júnior e que atualmente é ocupado pela Transportadora Phênix, até o mês de agosto do mesmo ano e que nunca chegaram ao seu destino.

A equipe de Jornalismo da Rede Alpha conseguiu imagens do local com várias áreas do galpão repletas de grande quantidade de sacos de ráfia, de grandes proporções, conforme foto publicada pelo Portal Alpha Notícias.

Muitos comentários, nas redes sociais, demonstraram que as pessoas acreditavam ter feito as doações para ajudar as vítimas das enchentes, no estado gaúcho.

Além disso, funcionários da Secretaria de Ação Social estavam envolvidos na distribuição desses donativos para entidades e organizações sociais sem fins lucrativos. A secretária a época, que é a mesma secretária atual de Ação Social, Rosemary Pinton, inclusive enviou às entidades um formulário do Google Forms para que as entidades beneficiadas pudessem escolher a quantidade de donativos que iriam receber, entre as opções, o formulário apresentava como alternativas:

* meio caminhão,
* um caminhão ou
* dois caminhões.

Questionada pela Rede Alpha, a secretária Rosemary justificou que as doações não foram para o Rio Grande do Sul, por que o governador daquele estado havia recusado o envio das doações.
Tal justificativa foi refutada, pela Rede Alpha ao apresentar entrevista do Governador Eduardo Leite feita ao Jornal Valor Econômico, importante órgão de imprensa da capital paulista no dia 15 de maio, pronunciou-se de que estaria ele não estaria recusando doações do Brasil e nem do exterior ao seu Estado.

Além disso, em nenhum dos canais oficiais da prefeitura e nem da transportadora, houve qualquer divulgação e satisfação à população de que essas doações haviam sido armazenadas no galpão da Transportadora Phênix, na antiga CEAGESP.

Além dessas questões, a população ficou estarrecida ao saber que as doações eram compostas principalmente por roupas e cobertores, e que foram entregues às entidades filantrópicas de Botucatu, apenas em agosto; ou seja, no final da estação do inverno na qual a cidade sempre é acometida por baixas temperaturas. Outra situação que causou muitos questionamentos é que, nesse período, estavam iniciando as campanhas para as eleições municipais de 2024, o que esse tipo de doação, é irregular.

Segundo o Tribunal Superior Eleitoral (TSE), é proibido a distribuição gratuita de bens, valores ou benefícios pela prefeitura a qualquer pessoa ou entidade durante o ano eleitoral, exceto em casos específicos, como em situações de feitas em casos de calamidade pública, estado de emergência ou programas sociais autorizados em lei e já em execução orçamentária no exercício anterior. O que não eram o caso, naquela época.

O CASO DO ALUGUEL DA PHÊNIX

Agora, a polêmica envolvendo o grupo Phênix e a Prefeitura de Botucatu é o aluguel do prédio pertencente ao grupo empresarial, sem justificativa convincente da sua real necessidade e sem licitação.

Tal decisão vem gerando forte repercussão política e social nas últimas semanas e impactando a reputação dos envolvidos.

O secretário municipal Desenvolvimento Econômico, Luís Bravim, autorizou a locação desse imóvel, conforme o Diário Oficial no. 2675A, publicado em 09 de junho de 2025,
com custo de R$ 121.380,00 para abrigar a, recém criada, Secretaria de Desenvolvimento Econômico, bem como os seguintes serviços i corporados à esta secretaria, que são: o Banco do Povo, o PAT, o Sebrae Aqui, a Sala do Empreendedor, o SPPREV e o PROCON.

Além de ser um imóvel de empresários ligados à administração pública atual, outro detalhe que chama atenção é que todos esses serviços públicos, já estão funcionando no Mercado Municipal e na Estação Rodoviária da cidade. Ambos possuem várias vagas de estacionamento, acessibilidade, a população já está habituada a procurar estes locais, além de serem imóveis de propriedade da Prefeitura. Ou seja, não demandam pagamentos de aluguéis.

Outra questão, é que não há nenhuma restrição na continuidade do funcionamento, desses serviços, onde já estão instalados.

Não há nenhuma reforma prevista para esses imóveis públicos, que necessitaria retirar os serviços desses locais.

Além disso, vem causando desconforto na população, o fato do imóvel alugado abrigar, no mesmo espaço, uma imobiliária privada, a Phênix Imóveis, pertencente ao mesmo grupo empresarial.

A utilização compartilhada do prédio entre uma atividade comercial privada e serviços públicos, levanta questionamentos sobre:

* a destinação correta dos recursos públicos;
* a segurança de dados dos munícipes e documentos oficiais;
* e possíveis conflitos de interesses.

Além do aluguel, há ainda que considerar outro custo relevante; o prédio do Grupo Phênix necessitará de uma série de adaptações para receber os serviços públicos; conforme exposto pelo próprio prefeito Fábio Leite, em uma entrevista concedida a uma emissora de rádio da cidade, na semana passada.

 

Portanto, será necessário realizar obras de infraestrutura, incluindo adequações em telefonia, internet, rede elétrica e sistema de iluminação. Bem como, teria custos com publicidade para a divulgação do novo local e sinalização das vias, o que pode gerar mais um custo alto aos cofres públicos e ainda não detalhados pela Prefeitura.

O QUE DIZ A POPULAÇÃO

“Eu utilizo bastante os serviços do PAT, uma vez que me encontro desempregado, e nunca tive problemas para ter acesso ao local, nem dificuldades para estacionar”, informou Fabiano Amorim, municípe de Botucatu.

Outra moradora, que pediu para não ter seu nome divulgado, acrescentou que ela tem ido procurar o Procon pela 4a vez, este mês, e que nunca está aberto. “O problema não é o local, é a falta de funcionários. Mas como pode isso, se o prefeito contratou vários assessores?”, desabafou a moradora.

O dinheiro não poderia ser usado para a reforma de prédios públicos sem manutenção, como os iglus na Avenida Dom Lúcio, e até mesmo do Teatro Municipal?”, indagou Joilson Freitas, morador da Vila São Lúcio.

Por que o prefeito não põe então esses serviços, em imóveis da prefeitura, que estão fechados, como o antigo terminal do Para Todos; ou nas salas, ainda vazias, do novo terminal; ou até mesmo, na Rodoviária que tem várias salas ociosas?” , questiona César André, morador do Centro.

O QUE DIZEM OS VEREADORES

Parlamentares da Câmara Municipal, após a publicação da matéria do ALPHA NOTÍCIAS, também têm criticado a necessidade da locação e o gasto de dinheiro público sem justificativa plausível.

Na última sessão da Câmara Municipal, o Vereador Mário Ielo, comparou que o gasto mensal com esse aluguel é equivalente ao salário de um secretário municipal ou praticamente ao pagamento de dois vereadores.

Considerando um cenário de constante discurso de contenção de despesas, por parte do Executivo, a decisão parece destoar da política de “aluguel zero” que a Prefeitura vinha adotando nos últimos anos”, argumentou o vereador.

Outro vereador que se manifestou a respeito da questão foi o Vereador Welinton Japa que fez uma argumentação defendendo o gasto com esse imóvel, alegando que seriam incorporados vários serviços públicos em um único imóvel e que o local conta com 6 vagas de estacionamento.

O QUE DIZ A PREFEITURA

A reportagem tentou contato com Luís Fernando Nicolosi Bravin – Secretário Municipal de Desenvolvimento Econômico de Botucatu; com Cinthia Al Lage, Secretária Municipal de Comunicação; e com o Prefeito Fábio Leite para falarem sobre o assunto, porém não deram qualquer declaração, até fechamento desta matéria.

SERVIÇOS MAIS EMERGENCIAIS SEM ESTRUTURA NO MUNICÍPIO

O caso levanta questionamentos sobre os critérios de escolha do imóvel, os custos totais envolvidos na operação e a falta de alternativas mais econômicas.

Enquanto isso, a população de Botucatu acompanha com atenção o desenrolar desse caso.

Muitos moradores expressaram insatisfação nas redes sociais, apontando o contraste entre a nova despesa com aluguel e a situação de outros setores municipais que enfrentam dificuldades por falta de recursos, como:

* o recente reajuste salarial deficitário dos servidores públicos;
* a deficiência do transporte público como a melhoria da frota, abertura de linhas para bairros mais periféricos, até a falta de coberturas nas paradas de ônibus;
* a falta de reforma de vários postos de saúde com estrutura defasada;
* a falta de contratação de equipes para a educação inclusiva nas escolas municipais;
* ausência de quadras esportivas em escolas recém-inauguradas;
* a estrutura deficiente do Centro Poliesportivo do INCA, recém criticado por uma equipe de handebol de São Manuel que chegou a ameaçar suspender o torneio em Botucatu devido às condições precárias dos banheiros e vestiários;
* a falta de manutenção e reforma do Centro de Reabilitação da AFRAPE;
* a conclusão da obra do Centro para idosos no bairro Itamarati;
* Reforma de Centro Cultural (iglus) na Av Dom Lúcio;
* Reforma de Teatro Municipal e tantos outros locais que necessitam de investimentos emergenciais e que continuam sem previsão de melhorias.

ACOMPANHAMENTO DO CASO

A equipe de Jornalismo da Rede Alpha continuará acompanhando os desdobramentos de mais este caso e fazendo as atualizações em novas reportagens.

Além disso, permanece a disposição para que as autoridades envolvidas se manifestem e dêem as explicações necessárias à população.

Motoristas repudiam acusação de vandalismo na RETA e cobram provas da Prefeitura

A nota oficial publicada na manhã desta quarta-feira (12) pela Prefeitura de Botucatu, alegando um suposto ato de vandalismo na garagem da empresa de transporte coletivo Reta Rápido, gerou revolta entre os motoristas da companhia.

Os trabalhadores enviaram à Rede Alpha imagens que desmentem a denúncia grave apresentada pela Prefeitura de Botucatu. Bem como, também desmentem a declaração do Secretário Adjunto de Transportes, Rodrigo Fumes, publicada em vídeo, por um órgão de imprensa do município, nas redes sociais, de que os motoristas provocaram atos de vandalismo aos ônibus da Empresa Reta Rápido.

“É uma vergonha que órgãos de imprensa da cidade estejam alinhados com a prefeitura propagando fakenews contra os trabalhadores. Já estamos sofrendo muito e estão tentando colocar a população contra nós. Somos pais de família e pagamos impostos como qualquer trabalhador e exigimos respeito. Não somos bandidos para sermos tratados pela policia. Exigimos que a Prefeitura apresente provas concretas para sustentar essa denúncia gravíssima.” desabafou um motorista emocionado e indignado com a situação.

Os trabalhadores refutam, categoricamente, a acusação e exigem que o Executivo municipal apresente provas concretas para sustentar o que classificam como uma “denúncia gravíssima”.

Segundo os motoristas, não houve qualquer ocorrência que se enquadre como vandalismo, e a tentativa de criminalizar os trabalhadores, sem provas, seria uma afronta à categoria.

Eles pedem que a Prefeitura divulgue as imagens das câmeras de segurança do local.

Estão tentando nos desmoralizar com base em algo que simplesmente não aconteceu. Se houve mesmo vandalismo, queremos ver as imagens. Se não houver provas, essa acusação é caluniosa e precisa ser retratada publicamente”, afirmou outro motorista da empresa, que preferiu não se identificar por temer represálias internas.

A nota divulgada pelo poder público ainda é alvo de críticas por outro motivo: foi a Prefeitura, e não a direção da Reta Rápido, quem comunicou o suposto ato à população.

A postura levantou questionamentos entre os funcionários e lideranças da categoria sobre a relação entre o Executivo e a empresa.

Por que a Prefeitura está falando em nome de uma empresa privada? Onde estão os diretores da Reta Rápido para dar esclarecimentos? Isso é, no mínimo, estranho”, disse um munícipe, ouvido pela reportagem.

A Prefeitura deveria estar mediando as soluções, e não servindo de escudo para uma empresa que se recusa a dialogar com os trabalhadores”, acrescentou o morador.

Desde o início do ano, motoristas da Reta Rápido têm denunciado uma série de problemas na operação do transporte coletivo em Botucatu, incluindo baixos salários, excesso de jornadas e condições precárias dos ônibus que estao em circulação para a população. A nota divulgada hoje, segundo os motoristas, tenta desviar a atenção da opinião pública sobre esses temas.

O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Coletivo da região, sediado em São Manuel, ainda não se pronunciou oficialmente sobre os últimos episódios.

Enquanto isso, a categoria aguarda uma posição clara da empresa Reta Rápido — que até o momento não emitiu nenhum comunicado oficial sobre o suposto caso de vandalismo — e segue exigindo respeito, transparência e o fim de atitudes que visem deslegitimar os profissionais do transporte público na cidade.

Os motoristas enviaram à redação do Alpha Notícias imagens do pátio da Empresa Reta Rápido que não demonstram nenhum ato de vandismo aos ônibus e que o movimento no pátio é normal.

Destacam que os ônibus que aparecem nas imagens são ônibus escolares e a frota de reserva.

Eles relatam que todos os ônibus da empresa estão em operação normalmente, desde o início da manhã e que nenhum funcionário impediu a saída de nenhum ônibus do pátio, mas que foi tumultuada devido a presença das viaturas policiais e do SEMUTRAN que chamaram a atencao dos motoristas que trafegavam na área e provocou engarrafamento na porta da empresa, inclusive com ocorrência de acidentes. E devido à lentidão dos veículos a saída dos ônibus foi prejudicada.

A Equipe de Jornalismo da Rede Alpha entrou em contato com o Prefeito Fábio Leite, a Secretária de Comunicação, Cíntia Al Lage e o Secretário Adjunto de Transportes, Rodrigo Fumes para que desses esclarecimentos sobre o repúdio dos motoristas sobre a denúncia de vandalismo imputada à categoria, mas até o momento, nenhum deles se pronunciou.

A Rede Alpha continua acompanhando os desdobramentos dessa situação e atualizando a população sobre novos andamentos do caso e à disposição de todos os envolvidos.

Tumulto na saída dos ônibus da garagem da Reta Rápido não foi causado por manifestação dos motoristas.

Ao contrário do que se especulava nas primeiras horas da manhã desta quarta-feira, não houve nenhuma manifestação de motoristas e cobradores, em greve, na frente da garagem da Reta Rápido.

A lentidão e o tumulto registrados na saída dos ônibus da empresa Reta Rápido teriam sido, possivelmente, causados pelos veículos da Secretaria Municipal de Mobilidade Urbana (SEMUTRAN), segundo moradores da região.

Populares que residem nas proximidades da garagem da empresa denunciaram que, por volta das 5h, diversos carros da SEMUTRAN estavam estacionados em cima das calçadas, com luzes de advertência ligadas, chamando a atenção de quem passava pela via.

Segundo relatos, a presença ostensiva dos veículos oficiais, acabou interferindo diretamente no fluxo da garagem, atraindo curiosidade das pessoas que trafegavam na via e ocasionando pequenas batidas entre alguns carros, dificultando a saída dos ônibus e contribuindo para um cenário de confusão.

Não tinha nenhum piquete, nenhum protesto na frente da empresa. O problema foi o monte de carro da prefeitura parado na calçada, atrapalhando tudo. Eles é que causaram a bagunça”, relatou um morador da região que preferiu não se identificar.

Testemunhas também apontam que a situação gerou um grande congestionamento desde o Café Tesouro até as imediações do depósito do Supermercado Central na Av. Dante Delmanto, onde se localiza a garagem da Reta Rápido.

Além dos danos materiais e transtornos aos motoristas e motociclistas, é possível que a confusão tenha provocado atrasos significativos na saída dos ônibus do transporte público, prejudicando milhares de passageiros que dependem do serviço para chegar ao trabalho ou à escola.

Ainda não houve um posicionamento oficial da SEMUTRAN sobre o motivo da presença dos veículos no local e os relatos de irregularidades. A população cobra explicações imediatas e responsabilização dos envolvidos.

Tais atitudes colocam em xeque a conduta de agentes públicos e o uso da estrutura da secretaria em um momento de grande sensibilidade no setor de transportes do município, neste momento tão delicado.