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ONG Proteção Animal Mundial convoca população para o Dia de Combate ao Comércio Mundial de Animais Silvestres

Com os desafios do novo coronavírus, a ONG Proteção Animal Mundial, organização global que trabalha pelo bem-estar animal, lançou a campanha “Me Deixa Ser Selvagem”, para cobrar das autoridades brasileiras e mundiais o fim do comércio global de animais silvestres como forma de prevenção de novas pandemias. A ideia é que os líderes globais discutam o assunto na próxima cúpula do G-20, que começa no sábado 21 de novembro. Data para qual a ong criou o Dia do Combate ao Comércio Mundial de Animais Silvestres, como forma de mobilização em torno do assunto.

“Não é uma coincidência. Escolhemos esse dia para nossa causa pois é um evento extremamente relevante para o futuro do planeta. É lá onde os líderes das maiores economias do mundo, incluindo o Brasil, vão discutir atitudes que têm o poder de mudar costumes e comportamentos nos próximos anos. Por isso, criamos diversas ações para pressionar os governos por medidas mais firmes para essa causa e levar conhecimento à população sobre os riscos que essa atividade cruel traz para a saúde humana”, explica João Almeida, gerente de campanhas da ONG Proteção Animal Mundial.

No mesmo dia, às 20h, a ONG organizará uma live-mobilização no canal do ator, influenciador e jornalista Maicon Santini a fim de conscientizar a população sobre os impactos negativos do comércio de animais. No evento virtual, Maicon apresentará o movimento, a causa e a ONG, além de conversar com apoiadores do movimento e convidar seu público a apoiar a causa ao mesmo tempo que chamará a atenção sobre a importância da mudança de costumes de consumo. Paralelamente à ação, a Proteção Animal Mundial também criou uma série de desafios para as redes sociais, como filtros para o Instagram, moldura para o Facebook e um challenge no TikTok, para que o público também pressione as autoridades brasileiras e mundiais e espalhe a mensagem para seus seguidores.

Mais de 1 milhão de apoiadores

Durante a conferência anual do G20, a ONG entregará aos maiores líderes do mundo uma petição assinada por mais de 1 milhão de pessoas no mundo todo “No início deste ano, criamos uma petição online para ser entregue a essas autoridades, pedindo a eles para incluir na pauta da conferência do G-20 a conversa em torno do fim do comércio de animais silvestres, uma atividade que põe em risco o futuro da humanidade por facilitar a disseminação de pandemias, assim como ocorreu com a Covid-19”, explica Almeida, citando que no dia 17 de novembro a petição foi entregue a representantes do governo brasileiro, em uma reunião virtual com o Ministério das Relações Exteriores.

Além da petição, a ONG também engajou mais de 40 outras instituições ambientais brasileiras, que assinaram juntas uma carta destinada ao ministro da Economia Paulo Guedes, entregue no último dia 9. O conteúdo do documento pede ao governo brasileiro que apoie e defenda, durante a reunião anual da cúpula do G20, o fim do comércio mundial de animais silvestres.

Em novembro, a Proteção Animal Mundial também organizou uma série de projeções em espaços públicos de quatro cidades brasileiras: São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belém. As projeções foram criadas pela artista plástica Bianca Turner e contaram com frases de reflexão sobre a causa. Em Brasília, o artista indígena Denílson Baniwa criou ilustrações de bichos selvagens que foram projetadas a laser no Museu Nacional da República, um dos cartões-postais da capital federal, além do Panteão da Pátria, Teatro Nacional, Biblioteca Nacional e Rodoviária.

“A pandemia da Covid-19, cujo vírus saltou de animais silvestres explorados para fins de alimentação, é o melhor exemplo de como esse comércio impacta negativamente a vida humana, e nós precisamos aprender com a situação atual se quisermos evitar futuras pandemias. Para se ter uma ideia, nos últimos 30 anos, cerca de 70% de todas as doenças transmitidas de animais para humanos tiveram origem nos animais selvagens. Com isso, nós da Proteção Animal Mundial acreditamos que se não houver um olhar mais analítico e crítico por parte das autoridades mundiais, além da saúde da população, a economia, o emprego e a biodiversidade globais também serão afetadas”, conclui João Almeida.

Mais informações:
Site da ONG
Desafio # MeDeixaSerSelvagem

Sobre a ONG Proteção Animal Mundial (WAP)
A ONG Proteção Animal Mundial (WAP) move o mundo para proteger os animais por mais de 50 anos. A organização trabalha para melhorar o bem-estar dos animais e evitar seu sofrimento. As atividades da organização incluem trabalhar com empresas para garantir altos padrões de bem-estar para os animais sob seus cuidados; trabalhar com governos e outras partes interessadas para impedir que animais silvestres sejam cruelmente negociados, presos ou mortos; e salvar as vidas dos animais e os meios de subsistência das pessoas que dependem deles em situações de desastre. A organização influencia os tomadores de decisão a colocar os animais na agenda global e inspira as pessoas a mudarem a vida dos animais para melhor.

Em dia de luto – e luta – por João Alberto, assassinado em Porto Alegre

Na véspera do dia que representa a luta pelos direitos do povo negro no Brasil, mais um corpo negro tombou, assassinado por um segurança e um policial militar em uma rede internacional de supermercados. João Alberto Silveira Freitas, 40 anos, foi espancado até a morte nas dependências de uma loja do Carrefour, em Passo D’Areia, Porto Alegre, e é mais uma vítima do racismo estrutural no país.

A Anistia Internacional lamenta profundamente a morte brutal de João Alberto e repudia o racismo e a violência empregados pelos dois autores do homicídio, um deles, policial militar. É inadmissível que agentes de segurança pública ou privada façam uso excessivo da força, violando as normas internacionais e os princípios de legalidade, necessidade e proporcionalidade. O Carrefour, seu segurança e o policial da Brigada Militar do Rio Grande do Sul devem ser investigados e responsabilizados pelos crimes cometidos de homicídio e racismo.

“É fundamental que a sociedade brasileira avance na luta antirracista. O Dia da Consciência Negra é um dia de luta e hoje estamos em luto novamente por mais um crime bárbaro contra uma pessoa negra.. É muito triste testemunharmos mais uma vez como o racismo mata, como uma pessoa negra foi assassinada por um policial militar e um segurança privado. É preciso que o caso seja investigado com independência e celeridade, e que haja Justiça”, afirma Jurema Werneck, diretora executiva da Anistia Internacional Brasil.

A vítima era cliente habitual da loja e estava acompanhado de sua esposa. Ele chegou a pedir ajuda enquanto apanhava dos dois homens. João Alberto já estava imobilizado, no chão, mas os seguranças continuaram o espancando. Quando a Brigada Militar chegou, tentou reanimá-lo, mas ele não resistiu.

Os dois autores do crime foram presos em flagrante e o caso está sendo investigado pela Delegacia de Homicídios de Porto Alegre. As pessoas negras são as que mais morrem nesse país. Segundo o Fórum Brasileiro de Segurança Pública, 74,5% das vítimas de crimes letais no país são negras. Dentre os mortos pela polícia, a proporção é ainda maior: 79,1%.

A Anistia Internacional recorda que os Princípios Orientadores das Nações Unidas sobre Empresas e Direitos Humanos, estabelecem o dever das empresas em respeitar os direitos humanos e adotar medidas de prevenção e quando quando for o caso, mitigação de violações de direitos humanos. Assim, o Carrefour tem a obrigação de tomar medidas para combater as práticas racistas dentro de suas lojas, implementando mudanças para coibir o racismo e a discriminação contra pessoas negras

“Já passou da hora de autoridades públicas, empresas e sociedade civil se unirem na luta contra o racismo estrutural que a cada 23 minutos mata um jovem negro no Brasil. Neste dia de luta e resistência para a população negra brasileira, é preciso transformar a revoltante morte de João Alberto em medidas efetivas de igualdade racial, afinal Vidas Negras Importam”, completa Jurema Werneck.

Bolsonaro sanciona lei com pena maior, de até cinco anos, para maus-tratos contra cães ou gatos

O presidente Jair Bolsonaro sancionou nesta terça-feira (29), sem vetos, a lei que estabelece pena de dois a cinco anos de reclusão para quem praticar atos de abuso, maus-tratos ou violência contra cães e gatos.

A lei foi assinada em cerimônia no Palácio do Planalto com a presença de ministros e de animais de estimação. O texto segue para publicação no “Diário Oficial da União”.

O texto também prevê multa e proibição da guarda para quem praticar os atos contra esses animais.

A legislação é resultado de uma proposta de autoria do deputado Fred Costa (Patriota-MG). No Senado, foi relatada pelo senador Fabiano Contarato (Rede-ES) e aprovada no último dia 9.

A pena é aumentada de um sexto a um terço se o crime causa a morte do animal – o que foi mantido no novo projeto. O termo “reclusão” indica que a punição pode ser cumprida em regime inicial fechado ou semiaberto, a depender do tempo total da condenação e dos antecedentes do réu.

De acordo com o Planalto, a “mudança faz com que o crime deixe de ser considerado de menor potencial ofensivo, possibilitando que a autoridade policial chegue mais rápido à ocorrência”.

“O criminoso será investigado e não mais liberado após a assinatura de um termo circunstanciado, como ocorria antes. Além disso, quem maltratar cães e gatos passará a ter, também, registro de antecedente criminal e, se houver flagrante, o agressor é levado para a prisão”, diz texto divulgado pelo governo.

‘Nunca tive dúvidas’

A aprovação da proposta pelo Congresso gerou grande repercussão nas redes sociais. Internautas, donos de pets e defensores de animais se mobilizaram em favor da sanção do texto.

Na semana em que o texto foi aprovado no Senado, Bolsonaro disse em uma transmissão em rede social que colheria opiniões na internet sobre a sanção da medida. Disse, ainda, que “não era fácil” tomar uma decisão sobre o tema.

Na cerimônia desta terça, o presidente disse que “nunca” teve dúvidas sobre se sancionaria ou não o projeto, e que a primeira-dama Michelle Bolsonaro participou da mobilização a favor da lei.

“Ela perguntou em casa: ‘Já sancionou?’ Eu falei: ‘você está dando uma de Paulo Guedes, que manda eu sancionar imediatamente os projetos que tem a ver com Economia. O Paulo eu obedeço… O que dirá você'”, afirmou Bolsonaro a Michelle, que também participou do evento no Palácio do Planalto.

A legislação foi apelidada de “Lei Sansão”, em homenagem a um cachorro que foi vítima de agressões e teve duas patas mutiladas no interior de Minas Gerais.

Senado

Quando o texto foi aprovado no Senado, o senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG) manifestou apoio à proposta, mas explicou que não necessariamente o texto levará os agressores de animais à cadeia.

Protetores de animais fizeram ato em frente ao Congresso durante votação do texto

“Esses fatos terão uma responsabilidade penal que não comportará juizado especial, não comportará composição civil de danos, não comportará transação penal, não comportará suspensão condicional do processo. Aquelas medidas despenalizadoras, pela natureza da pena, não estarão previstas para esse tipo de acontecimento”, afirmou.

“Significa que todos esses fatos gerarão cadeia? Não necessariamente. Cada caso será avaliado à luz de circunstâncias judiciais, de provas, de elementos do processo para se chegar a uma conclusão. Pode ensejar uma privação da liberdade, mas pode ensejar também uma substituição da privação de liberdade por penas restritivas de direitos”, acrescentou o parlamentar de Minas Gerais.

Relator da proposta no Senado, Fabiano Contarato (Rede-ES) diz que a atual legislação provoca, na sociedade, uma sensação de impunidade de atos cometidos contra cães e gatos “em razão da pena máxima para tal crime ser de um ano, com a consequente aplicação do instituto da suspensão condicional do processo”.

Câmara aprova emendas do Senado, e mudanças no Código de Trânsito seguem para sanção

A Câmara dos Deputados aprovou nesta terça-feira (22) parte das modificações feitas pelo Senado no projeto que altera trechos do Código de Trânsito Brasileiro (CTB). Com isso, as novas regras vão à sanção do presidente Jair Bolsonaro.

O texto prevê que as novas regras entram em vigor 180 dias após serem publicadas no “Diário Oficial da União”, ou seja, após a sanção.

Uma das mudanças aumenta para até 10 anos o prazo máximo de validade da Carteira Nacional de Habilitação (CNH). O texto foi enviado ao Congresso Nacional pelo governo Jair Bolsonaro, mas nem todos os pontos defendidos pelo presidente foram aprovados.

A Câmara já tinha aprovado a matéria no fim de junho, mas teve que analisá-la novamente já que o Senado fez alterações na proposta.

Entre as mudanças aprovadas no Congresso estão:

  • aumento do número de pontos para suspensão, em razão de multas, da Carteira Nacional de Habilitação (CNH);
  • obrigatoriedade do uso de cadeirinha para o transporte de crianças de até 10 anos que ainda não atingiram 1,45 metro;
  • regras para a circulação de motocicletas entre os veículos quando o trânsito estiver parado ou lento.

Atualmente, a legislação diz que a prisão pode ser substituída por penas restritivas de direitos se o crime for culposo (sem intenção).

Desta forma, se um motorista embriagado ou sob efeito de drogas pratica lesão corporal e até homicídio, sua condenação pode ser convertida em uma pena alternativa.

Pontos da proposta original enviada pelo governo, como a retirada da multa para quem transportar criança sem a cadeirinha, ficaram de fora da versão aprovada por deputados e senadores.

O projeto é tratado como prioridade pelo governo. Em junho do ano passado, o próprio presidente Jair Bolsonaro foi pessoalmente à Câmara para entregar o texto.

Ponto a ponto do projeto

Validade da CNH

O projeto amplia o prazo para a renovação da renovação da CNH e dos exames de aptidão física e mental, de acordo com as seguintes situações:

  • 10 anos para condutores com menos de 50 anos;
  • 5 anos para condutores com idade igual ou superior a 50 anos e inferior a 70 anos;
  • 3 anos para condutores com 70 anos ou mais.

Atualmente, o Código de Trânsito prevê a renovação a cada cinco anos para a maioria dos motoristas e a cada três anos para condutores com mais de 65 anos.

Já o texto enviado pelo governo previa a renovação dos exames a cada 10 anos e, para pessoas acima de 65 anos, a cada cinco anos.

Exame de aptidão

O texto determina, ainda, que os exames de aptidão física e mental sejam realizados por médicos e psicólogos peritos examinadores, com a titulação de especialista em medicina do tráfego ou em psicologia de trânsito, respectivamente. A legislação atual não deixa explícita essa exigência, e os requisitos constam apenas em resoluções do Contran.

Pela proposta, os exames devem ser avaliados “objetivamente” pelos examinados, o que subsidiará a fiscalização sobre o profissional credenciado feita pelos órgãos de trânsito em colaboração com os conselhos profissionais.

Pontuação da CNH

O projeto também prevê limites diferentes de pontuação na carteira de motorista, antes da suspensão, no prazo de 12 meses:

  • 40 pontos para quem não tiver infração gravíssima;
  • 30 pontos para quem possuir uma gravíssima;
  • 20 pontos para quem tiver duas ou mais infrações do tipo.

Os motoristas profissionais terão 40 pontos de teto, independentemente das infrações cometidas. Esses condutores podem participar de curso preventivo de reciclagem quando atingirem 30 pontos. A legislação atual prevê a suspensão da carteira sempre que o infrator atingir 20 pontos.

O projeto original do governo previa uma ampliação geral, de 40 pontos para todos os motoristas, independentemente da vinculação por infração criada pelo relator.

Avaliação psicológica

O relator incluiu, também, a exigência de avaliação psicológica quando o condutor:

  • se envolver em acidente grave para o qual tenha contribuído;
  • ser condenado judicialmente por delito de trânsito;
  • estiver colocando em risco a segurança do trânsito, por decisão da autoridade de trânsito.

Cadeirinha

O projeto aprovado determina também a obrigatoriedade do uso da cadeirinha para crianças de até 10 anos que ainda não atingiram 1,45 m de altura. A cadeirinha deve se adequar à idade, peso e altura da criança.

Pelo texto, o descumprimento desta regra ocasionará uma multa correspondente a uma infração gravíssima.

A proposta original do governo previa que a punição para o descumprimento fosse apenas uma advertência por escrito, sem a multa. Pela proposta do Executivo, endurecida pelo relator, a cadeirinha seria necessária para crianças de até 7 anos e meio.

Exames toxicológicos

Sobre a renovação da carteira de habilitação, o texto também mantém a obrigatoriedade de exames toxicológicos para motoristas das categorias C, D e E.

O fim da obrigatoriedade do exame era um dos pontos polêmicos do texto e foi alvo de críticas de parlamentares e entidades ligadas ao setor.

Segundo a proposta, quem tem idade inferior a 70 anos também terá que se submeter ao exame a cada dois anos e meio, independentemente da validade da CNH. Objetivo é impedir que eventual mudança do prazo da carteira implique em alteração na periodicidade do exame.

Motos

O projeto estabelece regras para a circulação de motocicletas, motonetas e ciclomotores quando o trânsito estiver parado ou lento.

Pelo texto, os motociclistas devem transitar com velocidade compatível com a segurança dos pedestres e demais veículos nessas situações.

A proposta cria ainda uma “área de espera” para motociclistas junto aos semáforo. O projeto diz que haverá uma área delimitada por duas linhas de retenção, destinada exclusivamente à espera destes veículos próximos aos semáforos, imediatamente à frente da linha de retenção dos demais veículos.

O projeto torna o recall das concessionárias – convocação de proprietários para reparar defeitos constatados nos veículos – uma condição para o licenciamento anual do veículo a partir do segundo ano após o chamamento.

Segundo o relator, são frequentes os casos de descumprimento do procedimento, colocando em risco a segurança dos condutores desses veículos e de outras pessoas.

Cadastro positivo

A proposta cria o Registro Nacional Positivo de Condutores (RNPC), em que serão cadastrados os condutores que não tenham cometido infração de trânsito sujeita a pontuação nos últimos 12 meses.

O cadastro positivo vai possibilitar que estados e municípios concedam benefícios fiscais e tarifários aos condutores cadastrados.

Inicialmente, o relatório previa que, na Semana Nacional de Trânsito, comemorada em setembro, haveria um sorteio no valor de 1% do montante arrecadado com as multas para premiar os motoristas do cadastro. Contudo, o deputado Juscelino Filho retirou essa parte ao acolher uma emenda de plenário.

Escolas de trânsito

O projeto prevê a criação de “escolas públicas de trânsito” para crianças e adolescentes com aulas teóricas e práticas sobre legislação, sinalização e comportamento no trânsito.

Consulta pública

As propostas de normas regulamentares a serem editadas pelo Contran deverão ser submetidas a consulta pública antes da entrada em vigor. O objetivo é dar mais transparência às decisões do conselho.

Multas administrativas

O parecer propõe a isenção de pontos na carteira de motorista em algumas situações de infrações de natureza administrativa, por exemplo:

  • conduzir veículo com a cor ou característica alterada;
  • conduzir veículo sem os documentos de porte obrigatório;
  • portar no veículo placas em desacordo com as especificações e modelos estabelecidos pelo Contran;
  • deixar de atualizar o cadastro de registro do veículo ou de habilitação do condutor.

Penalidade de advertência

O texto define, ainda, que para infrações leves ou médias deve ser imposta a penalidade de advertência por escrito, em vez de multa, se infrator não tiver cometido nenhuma outra infração nos últimos 12 meses.

Faróis

O texto determina a obrigatoriedade de manter os faróis acesos durante o dia, em túneis e sob chuva, neblina ou cerração, e à noite.

O Senado fez uma alteração, mantida na Câmara, para restringir a obrigatoriedade do uso de faróis baixos durante o dia em rodovias de pista simples apenas àquelas situadas fora dos perímetros urbanos.

Ao acolher essa mudança, Juscelino Filho diz que o uso de faróis nas cidades “poderia ter efeito contrário, ao equiparar todos os demais veículos aos ônibus e às motos, que hoje já são obrigados a transitar com farol acesso, para serem diferenciados e melhor percebidos no trânsito urbano.”

Outros pontos

Veja outros pontos do projeto:

  • Reprovação de exame: o projeto revoga dispositivo que determinava que o exame escrito sobre legislação de trânsito ou de direção veicular só poderia ser refeito 15 dias depois da divulgação do resultado, em caso de reprovação;
  • Capacete sem viseira: a proposta altera trecho do Código de Trânsito que trata da obrigatoriedade do uso do capacete, retirando a menção sobre a viseira – o que, atualmente, é considerado infração gravíssima. O não uso viseira no capacete ou dos óculos de proteção ganhou um artigo separado na lei, tornando-se infração média;
  • Aulas à noite: o projeto também retira a obrigatoriedade de que parte das aulas de direção sejam feitas à noite;
  • Policiais legislativos: o texto prevê que os policiais legislativos da Câmara dos Deputados e do Senado, mediante convênio com o órgão ou entidade de trânsito local, poderão autuar os motoristas em caso de infração cometida nas adjacências do Congresso Nacional quando estiverem comprometendo os serviços ou colocando em risco a segurança das pessoas ou o patrimônio do Legislativo. Os autos de infração serão encaminhados ao órgão competente.

fonte: G1

Deputada do PSOL quer retirar monumentos das ruas de São Paulo

Nesta quarta-feira (24), foi protocolado, pela deputada estadual Erica Malunguinho (PSOL-SP), um projeto de lei para retirar das ruas monumentos que prestem homenagens aos escravocratas do Brasil. A proposta foi elaborada em meio ao debate sobre a presença de estátuas de bandeirantes, como Borba Gato, que podem ser vistas pela cidade de São Paulo.

De acordo com a proposta inicial, monumentos, estátuas e bustos “que prestem homenagem a escravocratas ou eventos históricos ligados a prática escravagista devem ser retirados de vias públicas e armazenados nos Museus Estaduais, para fins de preservação do patrimônio histórico”.

Erica Malunguinho que remover estátuas que homenageiam escravocratas

A proposta é protocolada em meio a discussão sobre a presença de estátuas de bandeirantes, como a de Borba Gato, na avenida Santo Amaro. Após a morte de George Floyd, nos Estados Unidos, protestos contra o racismo e a violência policial se espalharam pelo país e pela Europa. Em Bristol, no Reino Unido, manifestantes derrubaram a estátua de Edward Colston, negociante de escravos do século 17, e a jogaram em um lago da cidade.

A estátua de Borba Gato em Santo Amaro, São Paulo

fonte: www.hypeness.com.br

AFPESP move ação contra Estado de São Paulo

Associação dos Funcionários Públicos do Estado de São Paulo (AFPESP) ingressou nesta quarta-feira (24/06) com ação no Tribunal de Justiça paulista, pleiteando a declaração de inconstitucionalidade dos artigos 30, 31 e 32 da Lei Complementar 1.354/2020, que dispõem sobre a progressividade das alíquotas de contribuição social dos servidores aposentados e da ativa e a possibilidade de criação de descontos extraordinários. A entidade também é signatária de nota de repúdio divulgada por outras instituições representativas dos servidores públicos paulistas.

Ação judicial alega que os vencimentos e subsídios dos servidores públicos são norteados pelo princípio da irredutibilidade, sendo que a fixação de alíquotas progressivas viola o princípio da isonomia. Também enfatiza que não houve caráter democrático, por meio de consulta pública, bem como a participação das associações classistas, no processo da reforma previdenciária do Governo do Estado, consubstanciado na lei 1.354, votada e sancionada em março último. Tais omissões contrariam o artigo 273 da Constituição de São Paulo. Também se pondera no plano jurídico que a imposição de alíquotas progressivas reduz a capacidade contributiva do servidor, além do direito de propriedade, pois institui espécie de contribuição previdenciária sem a devida contraprestação, violando os direitos dos servidores públicos.

“Alternativa judicial tornou-se inevitável ante a decisão do governo paulista de incluir os aposentados e pensionistas na mesma tabela progressiva dos servidores da ativa para efeito do cálculo de recolhimento da contribuição previdenciária”, enfatiza o presidente da AFPESP, Álvaro Gradim. A medida passa a valer em 17 de setembro próximo, significando, em termos práticos, que o limite de isenção dos inativos será reduzido de R$ 6.101,06 (teto do Regime Geral de Previdência Social – INSS) para R$ 1.045,00 (salário mínimo nacional). “Isso é injusto e atinge principalmente pessoas idosas, que passam a pagar uma contribuição como se estivessem ainda trabalhando, depois de toda uma vida de dedicação ao serviço público”.

Gradim também manifesta estranheza pela maneira intempestiva como a decisão foi adotada e anunciada. Em 20 de junho último, o governo paulista publicou o Decreto nº 65.021/2020, no qual o governador João Dória delegou competência ao Secretário de Projetos, Orçamento e Gestão, Mauro Ricardo Machado Costa, para emitir a Declaração de Déficit Atuarial no Regime Próprio de Previdência do Estado, feita na mesma data. “Curiosamente, também no mesmo dia, a autarquia SPPrev, que administra o sistema, anunciou oficialmente a cobrança da contribuição adicional para os aposentados e pensionistas. Tudo muito rápido e quase simultaneamente”, alerta o presidente da AFPESP.

A possibilidade de inclusão dos aposentados e pensionistas na tabela progressiva dos funcionários em atividade, caso constatado déficit atuarial, está prevista no parágrafo 2º do artigo 31 da Lei Complementar nº 1.354/2020, justamente um dos que serão questionados pela ação judicial que a entidade moverá. “Cabe frisar que já havíamos alertado para esse risco à época da elaboração, discussão e votação da referida norma na Assembleia Legislativa do Estado de São Paulo, ocorrida em março último”, lembra Gradim.

Mais prejuízos

“A reforma previdenciária do governo paulista não poupou os servidores inativos, causando-lhes, este ano, uma considerável redução nos rendimentos líquidos, que se iniciou com a mudança da alíquota de 11% para 16%, para aqueles que recebem proventos com valor acima do atual limite de isenção (R$ 6.101,06)”, enfatiza Gradim. A segunda diminuição ocorreu na mesma data da anterior (5 de junho de 2020), para os aposentados e pensionistas portadores de doença grave, cujo benefício, que era o dobro do limite de isenção, R$ 12.202,12, foi extinto.

“E, agora, o governo paulista reitera sua falta de consideração e respeito com os aposentados e pensionistas, ao antecipar a declaração de déficit atuarial, apurado pela própria equipe do Executivo, provocando mais uma redução dos seus vencimentos líquidos”, observa o presidente da AFPESP, alertando que, nesta última medida, não está prevista a data-fim para o retorno do equilíbrio das contas. “Ou seja, a contribuição adicional será mantida até a Secretaria de Projetos, Orçamento e Gestão emitir declaração sobre o equilíbrio das contas”, complementa Gradim.

O exemplo a seguir mostra a dimensão do prejuízo para os aposentados e pensionistas: quem recebe proventos acima de R$ 6.101,06 (limite atual de isenção) terá acréscimo de R$ 668,75 no valor da contribuição previdenciária, a partir de 17 de setembro de 2020. Isso soma-se ao aumento de 5% nos descontos, a partir de 5 de junho último, devido à mudança da alíquota de 11% para 16%. Caso a mesma pessoa for portadora de doença grave, também terá os ônus decorrentes da extinção do benefício vigente até 4 de abril deste ano.

“Tudo isso, no momento em que a humanidade enfrenta a mais grave pandemia vivenciada pelas presentes gerações”, lamenta o presidente da AFPESP, acrescentando: “Além de atingir o segmento dos idosos, a redução de seus proventos líquidos tem impacto econômico em todo o Estado e nos municípios, pois a queda de seu poder de compra diminui o consumo, contribuindo para agravar os efeitos da presente crise nos resultados das empresas e no mercado de trabalho”.

Nota de repúdio

A nota de repúdio ao Decreto nº 65.021/2020, de autoria do governador João Doria, é assinada por outras 31 entidades. O texto salienta: “Em um momento tão delicado quanto o de uma pandemia e após três anos sem nenhum reajuste salarial, é inaceitável que o governador jogue nas costas dos aposentados e dos pensionistas a responsabilidade das contas da Previdência do Estado. Tal medida prejudica de maneira desumana aqueles que estão entre os grupos mais afetados pela presente situação de calamidade pública. Após décadas de contribuição e dedicação ao serviço público, mais uma vez, servidores são atacados e penalizados pelo Estado que ajudaram a construir”.

Bolsonaro viaja ao Ceará e inaugura trecho da transposição do Rio São Francisco

O presidente Jair Bolsonaro viajou nesta sexta-feira (26) ao Ceará para inaugurar trecho do Eixo Norte da transposição do Rio São Francisco. Bolsonaro saiu no início da manhã de Brasília e pousou no aeroporto de Juazeiro do Norte, interior cearense, pouco antes das 10h.

Após aterrissar, a comitiva oficial se dirigiu ao distrito de Milagres, no município pernambucano de Salgueiro (PE), na divisa com o Ceará. Lá, Bolsonaro acionou a comporta para liberação das águas da transposição, por volta das 11h. Em seguida, o presidente seguiu para Penaforte (CE), a cerca de 30 quilômetros de Salgueiro, onde viu a chegada das águas.

O governador do Ceará, Camilo Santana, não participou do evento. Em post nas redes sociais, Santana afirmou que só voltará ao local da transposição “após superarmos este grave momento de pandemia”. Na publicação, ele agradeceu a todos os presidentes que cumpriram mandato desde que a obra foi iniciada: Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff, Michel Temer e Jair Bolsonaro.

Bolsonaro estava usando máscara nesta manhã, mas chegou a retirá-la para gravar vídeos com apoiadores e posar para fotos, como quando estava ao lado do deputado estadual cearense André Fernandes (PSL).

Ele estava acompanhado de autoridades como os ministros do Gabinete de Segurança Institucional da Presidência, Augusto Heleno, e do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho.

A viagem do presidente também foi responsável por criar aglomeração em Juazeiro do Norte (veja vídeo abaixo). Apoiadores de Bolsonaro se reuniram no aeroporto da cidade, que está com medidas restritas de isolamento social devido ao alto índice de contágio de Covid-19 na região, e receberam o presidente com gritos de “mito”.

O isolamento social rígido começou na cidade em 20 de junho. O decreto do governo do Ceará determina que se evitem aglomerações, uso obrigatório de máscara em locais abertos e fechamento do comércio e serviços não essenciais.

A multa prevista para quem não usar a máscara ou causar aglomeração é de R$ 200 para pessoa física e de até R$ 50 mil para pessoa jurídica. Até o início da tarde desta sexta-feira, Juazeiro do Norte somava 1.361 casos do novo coronavírus e 71 óbitos. A Região Cariri, onde fica o município, é a que registra a maior parte dos novos casos de Covid-19 no Ceará, segundo dados da Secretaria da Saúde do estado.

Obra iniciada em 2007

A obra de transposição das águas do Rio São Francisco foi iniciada em 2007, durante o governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT). O trecho inaugurado nesta sexta-feira por Bolsonaro conduz as águas do Velho Chico ao Ceará, na barragem de Jati, região do Cariri.

Após a liberar a comporta para dar vazão à água, Bolsonaro afirmou que a recomendação desde o início do seu governo era não deixar a obra parada. “Faz parte desse nosso compromisso logo de levar água a quem realmente precisa, ok?”, declarou. “Na agricultura, irrigar terras, levar água pra casa do cidadão nordestino aqui, que sempre teve carência disso. E é uma novela enorme, né, que tá chegando ao fim.”

Os investimentos na obra passam de R$ 10 bilhões. Inicialmente, a previsão era de que seriam necessários cinco anos para a construção de 477 quilômetros em obras, reunidas em dois grandes canais para abastecer açudes e rios que desaparecem nos períodos de seca no Ceará, em Pernambuco, Paraíba e Rio Grande do Norte.

Trecho da obra de transposição do Rio São Francisco no município de Penaforte, interior do Ceará, que será inaugurado nesta sexta-feira (26) pelo presidente Jair Bolsonaro — Foto: Wagner Mendes/SVM

Trecho da obra de transposição do Rio São Francisco no município de Penaforte, interior do Ceará, que será inaugurado nesta sexta-feira (26) pelo presidente Jair Bolsonaro — Foto: Wagner Mendes/SVM

Trecho integra reservatórios de CE e PE

O trecho finalizado faz a interligação entre os reservatórios Milagres, em Verdejante (PE), e Jati, na cidade homônima no Ceará. Ambas fazem parte do Eixo Norte do empreendimento. Para que as águas chegassem ao Ceará, foi necessária a finalização do processo de enchimento do reservatório Milagres.

A ideia do Projeto de Integração do Rio São Francisco (Pisf) como forma de solucionar a escassez hídrica causada pela seca acompanha governos desde, pelo menos, o Segundo Império – ainda no século XIX.

fonte: G1

Veículo que transportava vaca possivelmente furtada se envolve em acidente em Paraguaçu

Dois veículos, ambos com placas de Paraguaçu Paulista (SP), se envolveram em uma colisão na noite desta quarta-feira, dia 24, na vicinal Kiujiro Marubayashi, em Paraguaçu Paulista (SP). Um dos veículos, uma VW/Saveiro, transportava uma vaca, que possivelmente havia acabado de ser furtada.

Conforme informações colhidas, um VW/Golf seguia com quatro pessoas por uma estrada de terra, e ao entrar na vicinal, próximo ao balneário municipal, colidiu contra a VW/Saveiro.

Quando o motorista do Golf saiu para ver os ocupantes do outro veículo, não os encontrou, todos haviam se evadido em direção a uma mata. Na traseira da Saveiro foi encontrada uma vaca, da raça nelore, com a marca “33”, com cerca de 15 arrobas, que possivelmente é objeto de furto. No interior do veículo, foram encontrados um alicate e um facão.

Os Policiais ainda ontem a noite, localizaram o proprietário da vaca, levaram ela até o seu local, imediatamente ela encontrou com o seu bezerro e ja foi dar de mamar para sua cria.

Três ocupantes do VW/Golf sofreram escoriações e foram levados ao Pronto-Socorro.

A Polícia Militar foi acionada e compareceu ao local.

fonte: www.i7noticias.com