A Polícia Civil de Bauru, por meio do Setor de Investigações Gerais (SIG) da Central de Polícia Judiciária (CPJ), lacrou, no início da noite desta terça-feira (9), uma casa de bingo que não tinha autorização legal para funcionamento, no Núcleo Geisel. No local, foram apreendidos dezenas de computadores, televisores e aproximadamente R$ 2,1 mil em dinheiro.
De acordo com o delegado Roberval Fabbro, responsável pela ocorrência, as equipes foram até a quadra 13 da rua Benedito Ribeiro dos Santos, para apurar denúncias de que havia máquinas de caça-níquel e bingo, e observaram movimentação suspeita de pessoas no imóvel.
Diante disso, as equipes ingressaram no salão, que estava com as portas abertas, e constataram que ali efetivamente funcionava uma casa de bingo. No momento, o local estava em plena atividade e havia cerca de 30 apostadores.
Segundo informações prestadas pelos funcionários e pelo responsável, as apostas custavam R$ 2,00 por cartela. “Uma máquina aspirava as bolinhas e o número sorteado era cantado no microfone e também aparecia nos televisores espalhados pelo salão. Os apostadores podiam jogar com a cartela física, ou, quando queriam várias cartelas, podiam usar os computadores, que conferiam automaticamente se o apostador tinha o número sorteado nas cartelas eletrônicas”, explica o delegado.
O responsável pelo local, de 48 anos, admitiu a prática do jogo de azar tipo bingo, mas alegou que a atividade era regularizada, com parte do lucro revertido à entidade assistencial. Ele até apresentou documentos expedidos pela prefeitura e Corpo de Bombeiros relacionados ao prédio, assim como cópia do contrato social da empresa responsável, inscrição na Jucesp e respectivo CNPJ.
Contudo, não foi apresentada qualquer documentação expedida pela Receita Federal que autorizasse a exploração do jogo de azar. Por esse motivo, o homem foi conduzido à CPJ para prestar declarações e responderá pela contravenção penal. Os apostadores e os funcionários presentes foram ouvidos e liberados.
Também foram apreendidos computadores, televisores, equipamentos de sorteio de bolas numeradas, fichas de apostas usadas e em branco utilizadas para a prática da contravenção, além de importância em dinheiro localizada no caixa e com o responsável pelo imóvel. Por fim, a autoridade policial determinou que o imóvel fosse lacrado.