58% são contra a candidatura de Lula. 65% acham que Bolsonaro deveria desistir e apoiar outro nome.
A segunda parte da Pesquisa Quaest, divulgada sábado,(02), mostra que a maioria dos eleitores não quer nem Lula nem Bolsonaro na disputa presidencial de 2026.
Entre os estados, a rejeição a Lula é majoritária em todos, menos na Bahia e em Pernambuco – ainda assim, 42% dos eleitores locais são contra sua candidatura. Já no caso de Bolsonaro, a rejeição supera 60% em todos os estados pesquisados.
Para 74% dos goianos, Lula não deveria se candidatar à reeleição: é o maior percentual entre os estados analisados. O percentual também fica próximo desse patamar no Paraná: 72% opinaram que Lula não deveria se candidatar em 2026. No Rio Grande do Sul, esse total chega a 69%; Em Minas, 68%; no Rio de Janeiro, 67% e em São Paulo, 66%.
A pesquisa também incluiu possíveis candidatos da direita em um contexto no qual Jair Bolsonaro (PL) não seja candidato.
O levantamento perguntou: “Se Bolsonaro não for candidato em 2026, quem deveria ser o candidato da direita?”
Entre os governadores considerados presidenciáveis, Tarcísio de Freitas (Republicanos-SP), assumiu o posto de principal nome da oposição à reeleição de Lula, pela primeira vez na série histórica das pesquisas que acompanham as intenções de votos para 2026 — até então, o nome de oposição direta era Bolsonaro. Apesar do destaque, o governador paulista oscilou dois pontos percentuais em relação ao levantamento anterior, saindo de 37% para 35% na preferência dos eleitores no cenário estimulado de segundo turno. Lula aumentou a vantagem para oito pontos percentuais ao subir de 41% para 43%.
Na avaliação do cientista político e presidente da Quaest, Felipe Nunes, a associação com Bolsonaro durante a crise internacional entre Brasil e Estados Unidos, após anúncio do tarifaço pelo presidente Donald Trump, pode ter desgastado a imagem de Tarcísio, enquanto favorece Lula na tentativa de reversão da queda de popularidade.
Em São Paulo, o governador venceria Lula com uma margem de 17 pontos, o que também aponta para o favoritismo de Tarcísio de Freitas no estado, caso opte pela reeleição ao comando do Palácio dos Bandeirantes. Ele é o único dos governadores presidenciáveis no primeiro mandato.
Tarcísio é o governador que ganha de Lula em mais estados no 2º turno
O governador de São Paulo mantém a liderança entre os chefes do Executivo com pretensão ou possibilidade de enfrentar Lula no próximo ano.
Tarcísio é o governador que ganha do petista em mais estados, dentre os analisados pela Genial/Quaest: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul e Goiás. Nos estados de Minas Gerais e Rio de Janeiro, Tarcísio e Lula ficam na margem de erro da pesquisa. Em contraponto, Tarcísio perderia de Lula em Pernambuco e Bahia, se as eleições fossem hoje.
Faltando um ano e quatro meses para o primeiro turno das eleições 2026, é natural que a pesquisa Geanial/Quaest comprove a percepção de que muita opinião pode mudar até a hora do voto nas urnas. No recorte da pesquisa espontânea — que é quando nenhum nome é apresentado previamente para a escolha do eleitor — nenhum governador hoje considerado presidenciável tem pontuação relevante (máximo de 1%), com os eleitores indecisos chegando a um total de 66%.
Metodologia da Pesquisa
A pesquisa Genial/Quaest fez entrevistas presenciais entre os dias 13 e 17 de agosto, aplicando questionários estruturados com 12.150 eleitores.
A pesquisa Genial/Quaest foi realizada em oito estados: São Paulo, Paraná, Rio Grande do Sul, Pernambuco, Bahia, Goiás, Rio de Janeiro e Minas Gerais. Somados, esses estados correspondem a 66% do eleitorado do país, o que permite uma análise representativa, de acordo com o instituto de pesquisa.
Em São Paulo foram 1.644 entrevistas), Minas Gerais 1.482, Rio de Janeiro 1.404, Bahia 1.200, Goiás 1.104, Paraná 1.104, Rio Grande do Sul 1.104 e Pernambuco 1.104. A margem de erro é de 2 pontos percentuais, com nível de confiabilidade de 95%.
A nova rodada da pesquisa Genial/Quaest divulgada nesta quinta-feira (21) sondou como está a intenção de voto do brasileiro a presidente da República.