Chuva coloca RS em alerta, causa prejuízo a 39 cidades e obriga mais de 500 pessoas a deixarem as suas casas

As chuvas intensas e persistentes que atingem o Rio Grande do Sul desde a noite de quinta-feira (21) causaram estragos em 39 cidades e obrigaram cerca de 550 pessoas a deixarem as suas casas por conta das cheias e do risco de deslizamentos, segundo informações da Defesa Civil do estado. Não houve vítimas até o momento.

A situação mais crítica foi registrada no município de São Lourenço do Sul, próximo a Pelotas, na região Sul do estado, onde o volume de chuvas em um espaço de poucas horas levou ao transbordamento de um arroio, inundando parte do território urbano. O Corpo de Bombeiros e outras equipes de salvamento e prevenção atuam na região. A prefeitura decretou estado de calamidade pública e estima que 2 mil residências foram afetadas.

O departamento de logística da Defesa Civil foi acionado para envio de ajuda humanitária e itens de primeira necessidade para São Lourenço do Sul, como água potável, cestas básicas, colchões e kits de higiene. “A Defesa Civil está mobilizada para apoiar na remoção de famílias das áreas afetadas e prestar assistência total ao município”, declarou o governador do estado, Eduardo Leite (PSD).

Houve ainda o relato de alagamentos e destruição por granizo em outras cidades, principalmente das regiões Sul, Centro e Fronteira-Oeste. Em Porto Alegre, choveu o equivalente a toda a média histórica de agosto em apenas dois dias. Houve registro ainda de cancelamento de voos no Aeroporto Salgado Filho, localizado na capital gaúcha.

De acordo com a MetSul, o excesso de chuvas ocorreu primeiro por conta de uma frente quente que se organizou sobre as regiões Sul e Leste. Na sexta-feira, houve a chegada de uma massa de ar frio, ocasionando precipitação pesada novamente na parte Sul do estado. O cenário de baixa temperatura agrava a situação das famílias desabrigadas.

A cidade de São Lourenço já enfrentou uma enchente de grandes proporções em 2011, com ruas inteiras submersas e centenas de moradias arrastadas e destruídas pelo transbordamento dos cursos d’água, além de ter sido um dos municípios afetados pela maior tragédia climática da história do Rio Grande do Sul, ocorrida no ano passado.

Foto: Reprodução

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