Sabesp e Unesp apresentam desempenho do projeto de compostagem, em Botucatu

A Sabesp e a Faculdade de Ciências Agronômicas (FCA) da Unesp desenvolvem juntas um projeto para a compostagem e reutilização do lodo, principal resíduo sólido que é gerado do esgoto tratado pela Companhia na estação do Lageado, em Botucatu.

No último dia 30 de setembro, houve uma reunião via plataforma online para apresentar os resultados do projeto em culturas de milho. Foram apresentados estudos técnicos desenvolvidos pela FCA em parceria com a Sabesp. A ênfase se deu em como o adubo orgânico é avaliado para que gere um produto padrão e na apresentação da tecnologia de compostagem, que, por meio de micro-organismos decompositores, elimina os micróbios e bactérias causadores de doenças e preserva os nutrientes necessários para o fertilizante gerado – o Sabesfértil.

“A vantagem econômica ocorre, pois, comumente, estes resíduos são enviados aos aterros sanitários, ou seja, há custos de frete e de depósito nestes locais”, afirmou o professor Roberto Lyra Villas Bôas, orientador do projeto e docente do Departamento de Ciência Florestal, Solos e Ambiente da FCA/Unesp Botucatu. “Com a reciclagem, temos o ciclo biológico concluído, o que um dia foi alimento, se tornou resíduo e, ao se transformar em adubo orgânico, retorna ao solo para produzir novos alimentos. Assim o ciclo se completa. Obrigado à Sabesp por permitir, por meio de projetos de pesquisa, melhorar o perfil dos nossos alunos, preparando-os efetivamente para o mercado de trabalho”, acrescentou.

“Em um cenário global de degradação do meio ambiente, uma iniciativa desta traz uma contribuição fundamental para a preservação ambiental. A divulgação e conscientização desse trabalho é importante em todos os segmentos da sociedade”, destacou Ismael Mendes Júnior, encarregado de tratamento de esgoto de Botucatu.

Na Estação de Tratamento de Esgoto (ETE) de Botucatu, o lodo coletado é transferido para duas baias de compostagem. Elas ocupam uma área de 1.080 metros quadrados e são cobertas por estruturas metálicas recobertas por plástico, que protegem o lodo da chuva e geram um ambiente de estufa que permite a perda de água, seguida pela compostagem do material. Ao lado das baias, há uma área de armazenamento do produto, para que seja estocado e encaminhado à análise e verificação dos padrões físicos (como temperatura e umidade), químicos (se os nutrientes foram mantidos) e biológicos (se os patógenos foram eliminados).

O Sabesfértil, produto dessa parceria entre a Sabesp e a Unesp Botucatu, é produzido desde 2017 e, por enquanto, é de uso exclusivo da Faculdade de Ciências Agronômicas, que o utiliza para adubar as áreas de plantio de milho e assim gera economia no uso de adubos na fazenda e melhoria nas propriedades do solo, refletindo em produtividade nas culturas da Fazenda Lageado.

“Gostaria de agradecer à FCA pelo empenho com nosso projeto de compostagem. Estamos construindo uma importante contribuição no tratamento de esgoto e, simultaneamente, na busca de alternativas sustentáveis para nosso futuro e das próximas gerações. O Sabesfértil é a prova concreta da excelência nos serviços prestados por Sabesp e Unesp à população”, finalizou Maurício Tápia, superintendente da regional da Sabesp no Médio Tietê.

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