A Pacific Market International (PMI), controladora da marca Stanley, conhecida pelos copos que mantêm a temperatura da bebida por muitas horas, está na mira de novos processos na Justiça norte-americana. O motivo? A falta de aviso sobre a presença de chumbo nos produtos da marca.
Segundo reportagem do Inc., a empresa foi citada em dois novos processos nos Estados Unidos, tramitados pela Corte Distrital de Washington. Ela é acusada de enganar seus clientes por não deixar clara a presença de chumbo na parte de vedação dos copos. Nas últimas semanas, reclamações de consumidores americanos viralizaram nas redes sociais após realizarem testes rápidos que detectaram chumbo nos copos Stanley.
Pesquisa realizada pelo Banco Mundial no ano passado, a partir de dados do projeto Global Burden of Disease (Carga Global de Morbidade, em português), estima que 5,5 milhões de pessoas com 25 anos ou mais morrem por doenças cardiovasculares relacionadas à intoxicação por chumbo.
Em um dos casos, uma usuária fez o teste para chumbo em três marcas de copos: Stanley, Yeti e Rtic. Apenas na primeira o teste detectou chumbo. “Eu vi os posts nas redes sociais sobre o copo da Stanley conter chumbo. Então, pedi um teste rápido na Amazon e aqui estão os resultados. O Yeti e Rtic permaneceram amarelo, indicando que o resultado deu negativo para chumbo. Todos os meus copos Stanley deram positivo para chumbo”, comentou uma consumidora.
A situação obrigou a empresa a se posicionar e admitir a presença de chumbo na composição de seus produtos. Na ocasião, a Stanley disse que o metal é usado como vedação na base dos copos, mas que não entra em contato com a superfície e conteúdo do recipiente, devido a um revestimento de aço inoxidável.
“Na rara ocorrência desta tampa de inox se soltar, devido a algum caso extremo, possivelmente expondo o selante, este continuará sem contato com o conteúdo, sendo o produto devidamente coberto pela garantia vitalícia oferecida a todos os itens Stanley”, acrescentou a empresa.