Durante quatro dias, alunos do ensino médio vivenciaram experiências em zoologia e ecossistemas aquáticos, ampliando os horizontes profissionais.
A Escola de Inverno em Zoologia: a biodiversidade aquática da Cuesta de Botucatu – explorando a vida micro e macroscópica, promovida pelo Instituto de Biociências de Botucatu (IBB) da Unesp, reuniu, ao longo de cinco dias do mês de julho, 25 estudantes do ensino médio com o objetivo de aproximar os jovens da ciência, especialmente, das áreas de zoologia e ecossistemas aquáticos.
Alunos de Bofete, Botucatu, Pratânia e São Manuel participaram de atividades práticas e teóricas em diversos espaços do Instituto e áreas naturais da região, como as escarpas da cuesta e o rio Capivara. Um dos destaques da programação foi a atividade realizada no Jardim Botânico do IBB, onde os estudantes fizeram medições das características físicas e químicas da água e coletaram organismos aquáticos, como o zooplâncton, temas que foram aprofundados posteriormente com análises laboratoriais.
Coordenada pelo professor associado Marcos Gomes Nogueira, do Departamento de Biodiversidade e Bioestatística do IBB, com a colaboração dos docentes do mesmo Departamento, Erika Shimabukuro e Marcello Simões, a Escola de Inverno também contou com o apoio de estudantes de pós-graduação do Instituto.
De acordo com o docente Marcos Gomes Nogueira, a Escola de Inverno agregou não apenas para os estudantes do ensino médio, mas também para os alunos da pós-graduação.
“Ficamos muito felizes em apresentar a fauna de animais vertebrados e invertebrados do meio aquático, que é extremamente diversa, bonita e, em grande parte, até então, desconhecida pelos alunos do ensino médio. Por sua vez, também foi uma oportunidade única para os pós-graduandos, que inovaram experiências bem-sucedidas praticadas no ensino, transferindo-as para um outro público. De maneira geral, as interações foram marcantes, com grupos de pessoas aprendendo mutuamente”, explicou.
Para Rafaela Shizuko Yamashita Kimura, doutoranda em Zoologia pelo IBB, a experiência de compartilhar conhecimento com os alunos é altamente gratificante. “Eles se mostraram atentos e curiosos, o que, para nós, é muito recompensador”, afirmou.
Na visão da estudante Muriel Allen, participante do projeto, a Escola de Inverno contribuiu significativamente para o seu crescimento pessoal e acadêmico.
“Atualmente, estudo no Centro Paula Souza, e participar da Escola de Inverno ampliou meu olhar. Tudo o que foi ensinado partiu de um lugar de estudo, dedicação e carinho por parte dos monitores. Espero, um dia, também estar nesse lugar e ter a oportunidade de ensinar outros jovens”, destacou.