Acidente de trânsito na última semana demonstra fragilidade no sistema de remoção de pacientes por ambulâncias

A cidade de Botucatu, tem enfrentado recentemente problemas relacionados ao uso de ambulâncias por profissionais da saúde, bem como a escassez de veículos para o transporte de pacientes. Essas questões têm levantado preocupações entre a população e exigem uma reflexão sobre a ética profissional e a necessidade de investimentos adequados na área da saúde.

Não são poucas as reclamações que chegam à REDE ALPHA referente a falta de ambulâncias para deslocamento de pacientes nos postos de saúde e nos pronto atendimentos.

Na semana passada, quando houve um acidente na Rua João Passos esquina com a Rua Monsenhor Ferrari, onde houve a necessidade da remoção de uma idosa de 70 anos, percebemos a fragilidade deste tipo de serviço de saúde, onde nem o SAMU e nem a Central de Ambulâncias fez o devido atendimento com rapidez. O Corpo de Bombeiros teve que deslocar um caminhão usado principalmente para o combate à incêndio para levar até o local um grupo de profissionais para imobilizar a idosa, atendimento este que se prolongou por quase uma hora até a chegada de uma ambulância para a devida remoção.

Como não se bastasse esta verdadeira novela até a chegada para a remoção da paciente, nossa reportagem flagrou uma ambulância do Governo do Estado estacionada na Praça do Bosque bem ao lado da “Fonte Luminosa”, trancada e sem o devido motorista no local, a menos de 50 metros do acidente onde se necessitava de um pronto atendimento por este equipamento de saúde.

Percorremos as clínicas, estabelecimentos públicos em busca do tal motorista e não o localizamos. Sabemos que as ambulâncias só podem ficar em locais especificamente à serviço da população, pois além de seu trânsito livre para percorrer qualquer vias da cidade, a mesma é restringida de ficar em locais cuja função não é de atender a população.

Fizemos contato com o Corpo de Bombeiros, SAMU e Central de Ambulâncias da cidade e não souberam dizer ao certo quais ocorrências ou deslocamentos estariam sendo feitos na ocasião do horário da sexta-feira passada. A única corporação que fez o atendimento emergencial com rapidez foi o Corpo de Bombeiros que apesar de tudo, encaminhou seus profissionais para o rápido atendimento.

A assessoria de comunicação do SAMU não soube ao certo precisar sobre a falta da ambulância no horário em questão e o responsável pela Central de Ambulância não é encontrato no local na Rua Major Matheus.

Informações extra oficiais dão conta que hoje o município possui em torno de 12 ambulâncias, responsáveis pelos atendimento de deslocamento de pacientes nos postos de saúde, hemocentro, pronto atendimentos e também utilizadas nos distritos de Vitoriana, Rubião Junior e César Neto.

Essa situação precária compromete a qualidade do sistema de saúde local e coloca em risco a vida dos pacientes. A demora no transporte de emergência pode ter consequências graves, especialmente em casos de acidentes, doenças cardíacas ou outras condições médicas urgentes. É indispensável que a administração pública de Botucatu tome medidas imediatas para solucionar esse problema.

Além disso, é fundamental que a gestão pública atue com rigor na fiscalização do uso indevido de ambulâncias. É necessário estabelecer políticas claras e punições adequadas para os profissionais de saúde que desrespeitarem a ética e utilizarem os veículos de forma indevida. Além disso, a implantação de um sistema de controle mais eficiente, com registros detalhados de todas as ocorrências envolvendo as ambulâncias, pode ajudar a coibir essas práticas e garantir que os veículos estejam sempre disponíveis para atender à população.

Na sessão da Câmara desta segunda dia 09/10 inclusive, foi feito um requerimento ao supertintendente do Hospital das Clínicas, solicitando um local adequado a estes motoristas como banheiro, local de descanso, com foco na humanização do atendimento

Fizemos contato também com a Secretaria de Saúde do Estado para saber por quais circunstâncias a ambulância estava estacionada sem a devida utilização enquanto a menos de 50 metros uma idosa de 70 anos necessitava do devido transporte. Até o fechamento desta matéria, não obtivemos retorno da Secretaria.

A REDE ALPHA acompanha o caso

Fernando Bruder

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