Acidentes de Trabalho aumentam em Botucatu

Dados do Anuário Estatístico de Acidentes de Trabalho mostram que, no Brasil, 15,9 mil pessoas morreram em acidentes do trabalho de 2016 a 2022. Segundo o levantamento, houve um aumento de 25,4% nos óbitos no período: saltaram de 2.265, em 2016, para 2.842, em 2022. Este é o último ano que os dados oficiais foram consolidados.

Os números consideram apenas as mortes de trabalhadores com vínculo de CLT (Consolidação das Leis do Trabalho). Porém, quando se falam sobre trabalhadores de aplicativos, os números podem ser ainda maiores. Isso porque, em geral no Brasil, são 12 mil mortos por acidentes com motocicletas, por ano. E a grande maioria deles são trabalhadores sem carteira assinada.

Em Botucatu, segundo informações do Ministério da Previdência Social, ocorreu um aumento de 10,22% no número de acidentes de trabalho, no período de 2021 a 2022. A cidade lidera os índices de afastamento do trabalho por doenças de trabalho quando comparada a Bauru e Avaré.

Quando se analisa o número de acidentes trabalhistas típicos (que não resultaram em morte) houve um aumento dos casos, em Botucatu, de 15,69%. Ou seja, de 736 para 837 casos. Em relação aos acidentes de trajeto, também houve um aumento de 101 para 164 casos, aumento de 38,41%, nesse mesmo período.

Mas em relação ao número de casos de doença de trabalho, em Bauru e Avaré apresentaram índices, respectivamente de 36 e 2 casos. No entanto, Botucatu apresentou 70 casos entre os anos de 2021 a 2022. Cerca de 48,57% a mais de casos. Isso leva a compreensão de que em Botucatu os trabalhadores estão sendo mais expostos a situações de risco de adoecimento no trabalho seja direta ou indiretamente.

Acidentes de trabalho não ocorrem por acaso, mas por descaso. De acordo com o Observatório de Segurança e Saúde no Trabalho, a cada 49 segundos, são registrados acidentes laborais no Brasil, ou seja, os acidentes inseridos dentro do ambiente do trabalhador.

Por isso, é imprescindível que as empresas públicas e privadas adotem medidas para diminuir esse cenário com a vigilância e a cobrança permanente das normas de segurança do trabalho com o uso de EPIs (Equipamentos de Proteção Individual), a implementação de programas de gerenciamento de riscos dentro dos locais de trabalho, e a instalação de processos de participação do trabalhador nas comissões internas de prevenção de acidentes (CIPA).

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Fonte: Ministério da Previdência Social – Governo Federal

Sobre FERNANDO BRUDER TEODORO

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