Assessor do Deputado Rodrigo Moraes (PL) está foragido após apreensão de R$ 14 Milhões em esquema por corrupção

Paulo Iran, assessor do deputado Rodrigo Moraes (PL) e auxiliar legislativo da Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), está foragido após a Polícia Federal apreender cerca de R$ 14 milhões em dinheiro e dólares relacionados a um esquema de corrupção em São Bernardo do Campo. O servidor é apontado como operador financeiro do prefeito Marcelo Lima (Podemos) e teria usado os recursos para pagar contas pessoais do prefeito e de sua família.

A descoberta do montante ocorreu no mês passado, quando a PF abordou Paulo Iran em um prédio durante o cumprimento de outro mandado. No carro dele, foram encontrados R$ 583 mil, e em uma sala do mesmo local, R$ 12,2 milhões em espécie e US$ 156 mil, totalizando cerca de R$ 14 milhões. O dinheiro foi apreendido, mas Paulo Iran segue foragido.

Além do assessor, foram presos o empresário Edmilson Carvalho, sócio de empresa contratada pela prefeitura, e o servidor Antonio Rene da Silva. O prefeito Marcelo Lima foi afastado por um ano do cargo, e o presidente da Câmara Municipal, primo do prefeito, e o suplente de vereador Ary José de Oliveira também são alvos da operação, batizada de “Estafeta”.

Em nota, o deputado Rodrigo Moraes comentou ao G1 sobre a ligação de seu assessor com o caso:
“Assim que tomei conhecimento, por meio da imprensa, das investigações e da suspeita de envolvimento do servidor Paulo Iran em qualquer questão relacionada à apuração na cidade de São Bernardo, adotei imediatamente as providências necessárias, exonerando-o do cargo. Minha prioridade é manter a ética, a moralidade e a transparência durante as investigações. No meu mandato, não aceito qualquer suspeita de corrupção ou conduta indevida”, afirmou Moraes.

A operação da PF cumpre 20 mandados de busca e apreensão e inclui medidas de quebra de sigilos bancário e fiscal. Os envolvidos poderão responder por lavagem de dinheiro, corrupção ativa e passiva e organização criminosa. O caso evidencia a complexidade do esquema e a atuação de assessores próximos a políticos em contratos públicos na região do ABC Paulista.

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