Na segunda-feira, 27, durante uma audiência da CPI das ONGs, a ministra do Meio Ambiente, Marina Silva, ficou irritada quando o presidente da CPI, senador Plínio Valério (PSDB-AM), mencionou o Instituto de Pesquisa Ambiental da Amazônia (Ipam), onde a ministra ocupa o cargo de conselheira honorária.
“Vossa excelência quer repetir isso de forma retórica e política”, rebateu Marina, após a fala de Valério. “Eu já havia respondido.”
Apesar de Valério tentar passar a palavra para outro parlamentar, Marina ficou irritada e continuou falando, alegando que estava respondendo a uma pergunta feita pelo relator da CPI, Marcio Bittar (União Brasil-AP), sobre uma doação milionária do Fundo Amazônia a uma ONG que impediu obras no Acre.
Valério percebeu que a ministra estava presente na CPI das ONGs em vez de estar na COP28.
Marina Silva e ONG na mira da CPI
Segundo André Guimarães, diretor-executivo do Ipam, Marina é membro honorário do conselho da organização não-governamental, que recebeu uma quantia de R$ 35 milhões do Fundo em 2022. Deste valor, 80% foi destinado para cobrir despesas com folha de pagamento, viagens e consultorias. Durante o depoimento na CPI, Marina confirmou sua posição no cargo, porém afirmou que os gastos da ONG estão de acordo com um relatório do Tribunal de Contas da União. As informações são da Revista Oeste.