A Prefeitura de Botucatu se envolveu em mais uma polêmica envolvendo sua comunicação institucional. Na manhã desta terça-feira (20), a Secretaria de Comunicação distribuiu um release anunciando com entusiasmo a criação de uma nova identidade visual para o governo municipal, liderado pelo prefeito Fábio Leite para a gestão (2025-2028). A nova marca foi apresentada como símbolo de modernidade, dinamismo e progresso contínuo.
No entanto, poucas horas após a divulgação, surgiram acusações de plágio. O novo logotipo da Prefeitura de Botucatu seria, segundo denúncias, uma cópia da identidade visual já utilizada pela Prefeitura de Igreja Nova, em Alagoas — um dos municípios mais antigos do estado. A REDE ALPHA entrou em contato com o designer Eduardo Costa, da agência Eduardo E Costa – Design, responsável pela criação original da marca de Igreja Nova.
Mesmo sem citar diretamente o caso, o designer confirmou que seu cliente foi notificado sobre o suposto plágio, e afirmou que ele não iria se manifestar publicamente no momento.
No material distribuído à imprensa, a Prefeitura de Botucatu chegou a criar uma narrativa sobre o processo de criação da nova marca, alegando que o logotipo remeteria ao brasão oficial do município, além de representar “progresso contínuo, leveza, dinamismo e elevação de potencial”. A descrição detalhava ainda os contrastes, acessibilidade visual e o significado das cores utilizadas, construindo um discurso técnico para justificar a mudança.
Apesar disso, a reação de profissionais da área foi imediata. Designers e agências de Botucatu procuraram a REDE ALPHA para manifestar indignação com o uso de uma marca considerada um plágio evidente.
Até o fechamento desta matéria, a Secretária de Comunicação, Cinthia Al Lage, não respondeu aos questionamentos enviados pela reportagem. A Prefeitura de Igreja Nova também não se pronunciou oficialmente sobre o caso.
A situação gerou constrangimento para a atual gestão, que tem como slogan “Pra Frente, Pra Todos!”. Resta saber agora quem arcará com as consequências desse episódio — ou, como questiona parte da população nas redes sociais: “quem vai pagar esse mico?”