Uma pesquisa, dos anos 2000 revelou que na Grã-Bretanha, apenas 15% das famílias se reúnem para fazer refeições.
Uma menina de 13 anos revelou há um jornal inglês: ‘Eu gostaria de ter um casamento, mas não casar de verdade, pois ele (futuro marido) vai me trair e vou ficar magoada’.
Que tipo de mundo estamos dando as futuras gerações? Quais as experiencias humanas vamos ensinar para nossos filhos e filha?
Que tipo de lição de amor, lealdade, amizade, preocupação com próximo, vamos deixar?
Talvez eu me encontre angustiado ao olhar o caos a minha volta, mas não, sem esperança.
O tempo juntos, a comunhão, a partilha, tem poder absurdo de ensinar e inspirar.
A magia que envolve a comunhão humana, na unidade plural, no encontro humano deve ser fomentada e ensinada.
Nessa comunhão encontramos pessoas que estão celebrando a graça de terem tido um bebê, um pai de família que consegue arranjar um emprego, e também existe o outro lado, o consolo para os que perderam seus entes queridos, ajuda ao necessitado, a dor de uma derrota, tudo e muito mais é encontrado na benção da comunhão.
Quando estamos em comunidade, em humanidade, nossas bençãos ganham eco e nossos pesos ficam divididos.
Cometemos o erro de achar que religião é apenas uma questão de fé, não é. Pensamos que a verdadeira religião é ‘crer certo’. Não penso assim. Guerras, mortes, famílias e países tem sido destruído por conta de uns acharem que têm a fé certa, e tendem a matar e destruir tudo que lhes opõe.
Hoje num Brasil polarizado, dividido em uns que são seguidores um messias mito, outros seguidores de um que se julga ideia messiânica. Assim num espaço teísta e teocrático não cabem dois deuses melhor matar e eliminar os adoradores do deus alheio, essa tem sido a tônica catastrófica do nosso país.
Onde iremos parar? Como lidamos com tudo isso?
Acredito que a fé, a comunhão, as comunidades, a partilha são lugares de esperança pois ali, jovens e velhos, ricos e pobres, pretos e brancos, homens e mulheres, podem se encontrar, e criar o vínculo curador capaz de salvar a humanidade- o amor.
Não sem esperança, sigo crendo na fé simples, no amor que serve, na comunhão, tenho esperança na humana-unidade.
Colunista: Renato Ruiz Lopes
Primeira Igreja Batista em Botucatu