Advogada presa por injúria racial em aeroporto é liberada da prisão cerca de 24 horas depois

A advogada, de 39 anos, presa no Aeroporto Internacional de Belo Horizonte, em Confins, na Grande BH, suspeita de injúria racial contra um gerente operacional da Azul foi liberada da prisão na tarde desta segunda-feira (24). A suspeita ficou presa menos de 24 horas.

Luana Otoni de Paula foi presa em flagrante depois de agredir e chamar o funcionário de “macaco, preto, cretino, babaca”. Ela foi levada para a delegacia de Vespasiano (relembre mais abaixo) .

Segundo o Tribunal de Justiça de Minas Gerais, a suspeita foi liberada pela Justiça após audiência de custódia virtual, a pedido do Ministério Público de Minas Gerais (MPMG).

O juiz responsável entendeu que o crime cometido pela advogada não condizia com os requsitos da prisão preventiva, e concedeu liberdade provisória “fixando a medida cautelar de comparecimento mensal em Juízo”.

Suspeita de injúria racial foi liberada pela Justiça — Foto: Henrique Campos - TV Globo

                     Suspeita de injúria racial foi liberada pela Justiça — Foto: Henrique Campos

O que aconteceu?

A suspeita era passageira de um voo com destino a Natal (RN), previsto para as 13h30 deste domingo (23). Segundo o boletim de ocorrência, ao entrar na aeronave, ela caiu, com sintomas de embriaguez.

O gerente operacional da Azul disse à polícia que foi ao assento da mulher, perguntou se ela precisava de atendimento médico e a convidou a sair da aeronave, em conformidade com os protocolos da aviação civil.

O funcionário falou que ela seria realocada em outro voo e, ao entregar os pertences à suspeita, ela chamou-o de “macaco”, “preto”, “vagabundo“, “cretino” e “seu bosta”. Disse que ele estava feliz por tirar uma “patricinha” do avião e, depois, começou a agredir a vítima, com chutes, socos e tapas.

A mulher xingou outras pessoas?

Sim. De acordo com o boletim de ocorrência, além das injúrias raciais, a mulher chamou o comandante do voo de “comandantezinho“.

Ela também se dirigiu a um agente aeroportuário da Azul como “pobre” e “ferrado”. E, depois, chamou os policiais federais de “babacas”, “moleques” e “playboys que viraram policiais”.

Quem é a suspeita?

A mulher, identificada como Luana Otoni de Paula, é advogada. Ela era presidente da Comissão de Direito da Moda da Ordem dos Advogados do Brasil em Minas Gerais (OAB-MG), mas foi retirada do cargo nesta segunda-feira (24) pelo presidente da entidade, Sérgio Leonardo.

Nas redes sociais, Luana também se identifica como superintendente jurídica de uma empresa de locação e venda de equipamentos e sócia de uma rede de networking e conexões para mulheres de negócios.

O que ela disse à polícia?

Segundo o boletim de ocorrência, a mulher relatou aos policiais que, após ser retirada do avião, disse que não poderia perder o voo porque tinha um compromisso de trabalho. Ela afirmou que se exaltou porque não era respondida pela vítima enquanto tentava argumentar.

A mulher foi presa?

Sim. A mulher foi presa e conduzida para uma delegacia da Polícia Civil em Vespasiano, na Grande BH.

Ela foi autuada em flagrante pelos crimes de injúria, perturbação do trabalho ou do sossego alheio, desacato e vias de fatos e encaminhada ao sistema prisional.

O que disse a Azul?

A companhia aérea afirmou, em nota, que a “cliente indisciplinada […] foi orientada a desembarcar por comportamento inadequado” e “agrediu física e verbalmente um tripulante da Azul”.

Câmeras de segurança flagraram o momento em que ela agrediu o funcionário (veja vídeo acima).

A empresa disse, ainda, que “repudia veemente qualquer tipo de ofensa ou agressão aos clientes e seus tripulantes, sendo certo que serão adotadas as medidas cabíveis”.

Fonte: G1

Foto: Reprodução

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