Biscoitos maisena de algumas marcas contém resíduos agrotóxico

O terceiro volume do “Tem veneno nesse pacote”, lançado pelo @idecbr – Instituto de defesa do consumidor, expõe a presença de agrotóxicos em produtos ultraprocessados.

A publicação faz parte de um conjunto de três volumes de estudos científicos, que comunicam e alertam para o perigo duplo de consumir produtos ultraprocessados. Em primeiro lugar, porque comprovadamente os ultraprocessados têm em suas composições ingredientes nocivos à saúde humana e hoje são um dos principais responsáveis pelas doenças crônicas não transmissíveis.

Em segundo lugar, porque os estudos apresentam a presença de resíduos de agrotóxicos cancerígenos nos produtos analisados. Ao longo das três publicações, o Idec vem notificando a Anvisa, exigindo avanço nas ações sobre regulação do uso de agrotóxicos no Brasil. Lançada em junho de 2021, a cartilha “Tem veneno nesse pacote” divulgou os primeiros resultados sobre a presença de agrotóxicos em produtos ultraprocessados. Dentro do grupo de produtos avaliados, as famosas “bisnaguinhas” apresentaram presença de mais de oito agrotóxicos, incluindo o glifosato – perigoso produto com potencial cancerígeno.

Em 2022, O Idec deu mais um passo em direção à divulgação de pesquisa científica com o foco na alimentação e saúde e lançou o segundo volume do “Tem veneno neste pacote” analisando ultraprocessados de origem animal, como carnes e leites, e foi descoberto que 60% deles contêm resíduos de agrotóxicos.

Essas descobertas reforçam a necessidade de mudanças na maneira pela qual os sistemas alimentares são produzidos e distribuídos no Brasil, em que o modelo agrícola predominante é baseado na monocultura que atende a demanda de commodities, como soja, milho, trigo e açúcar, e faz uso intensivo de agrotóxicos.

Sobre Fernando Bruder

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