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Semáforo é atropelado em Indaiatuba e desabafa: “Aff”

Um carro atropelou o poste de um semáforo, na Avenida Francisco de Paula Leite na manhã deste domingo (19). O motorista do carro, fugiu do local sem prestar socorro. Até a mais recente atualização desta matéria, o suspeito não tinha sido identificado ou preso.

Lei das sacolas plásticas no RJ: veja perguntas e respostas

Os supermercados do estado do Rio não são mais obrigados a oferecer gratuitamente sacolas plásticas desde esta quarta-feira (15). Agora, os estabelecimentos vão decidir se cobram ou não por elas – a preço de custo. Veja abaixo as principais dúvidas sobre a lei.

Por que essa lei existe?

A lei aprovada em 2019 é de autoria do deputado Carlos Minc e foi feita, segundo ele, para substituir nos supermercados as sacolas plásticas derivadas de petróleo por sacolas de materiais renováveis. Estas são menos nocivas ao meio ambiente. Além disso, as novas sacolas suportam uma capacidade maior de carga.

Qual deve ser o impacto no meio ambiente?

Os estabelecimentos devem reduzir progressivamente o número de sacolas disponibilizadas aos consumidores na proporção de 40% no primeiro ano de vigência da lei e 10% nos anos subsequentes até o quarto ano, totalizando 70% de redução em 4 anos.

Em seis meses, a Associação de Supermercados estima que o estado do Rio tirou um bilhão de bolsas plásticas convencionais de circulação.

Qual o material utilizado nas novas sacolinhas?

As antigas eram feitas com materiais descartáveis compostos por polietilenos, polipropilenos e/ou similares (derivados de petróleo). As atuais são feitas com mais de 51% de fontes renováveis (como o bioplástico — feito de cana de açúcar ou milho, por exemplo).

O supermercado é obrigado a cobrar pelas sacolas?

Não. A lei diz que os sacos plásticos reutilizáveis/renováveis “poderão ser distribuídos mediante cobrança máxima de seu preço de custo” – estimado hoje entre R$ 0,06 e R$ 0,08. A regra, no entanto, não obriga a cobrança.

E se eu não quiser pagar pelas sacolinhas?

O consumidor pode pedir caixas de papelão ou sacolas de papel, se o estabelecimento oferecer essas opções. Levar de casa as sacolas reutilizáveis, que são mais resistentes e têm mais espaço, ou ir com carrinho de feira também são alternativas.

O que acontece com quem continuar oferecendo sacola branca?

A multa ao mercado varia de R$ 355,50 a R$ 35.550. A lei não prevê multa ao consumidor.

Como devo utilizar as novas sacolas?

Caso o consumidor resolva usar as sacolas no lixo após pegá-las no supermercado, deve descartá-las da seguinte forma:

  • sacolas verdes para resíduos recicláveis;
  • sacolas cinzas para outros rejeitos.

O que mudou a partir do dia 15/1?

Os supermercados eram obrigados a disponibilizar duas sacolas plásticas gratuitas até esta data. Agora, não são mais e devem escolher se vão cobrar ou não.

Em que ocasião a lei não vale?

Somente para embalagens de produtos vendidos a granel (normalmente, são usadas sacolas derivadas de petróleo transparentes e sem alça). É o caso de legumes, verduras e frutas, por exemplo.

Supermercados do RJ estão proibidos de oferecer sacolas plásticas grátis — Foto: Reprodução TV Globo

Supermercados do RJ estão proibidos de oferecer sacolas plásticas grátis — Foto: Reprodução TV Globo

Fonte: G1

Como calcular a verdadeira idade do seu cachorro

Se seu cão está vivo há mais de uma década, a crença generalizada é a de que ele envelheceu tanto quanto um humano ao longo de 70 anos. Esse fator de conversão — com cada ano de vida de um cão sendo tratado como equivalente a sete anos humanos — vem da divisão da expectativa de vida humana de cerca de 77 anos pela expectativa de vida canina de cerca de 11.

A suposição é que cada ano que um cão vive é equivalente a sete anos humanos em qualquer estágio da vida do animal. Mas novas pesquisas sugerem que as coisas não são tão simples. E, se olharmos para alguns marcos básicos do desenvolvimento, fica claro o motivo.

Por exemplo, a maioria das raças de cães atinge a maturidade sexual entre seis e 12 meses — o teto desse intervalo corresponderia, tradicionalmente, a uma idade humana de 7 anos. E no outro extremo do espectro, embora incomum, sabe-se que alguns cães vivem por mais de 20 anos. Sob a regra de conversão do “fator sete”, isso equivaleria a um ser humano de 140 anos.

Para tornar as coisas mais complicadas, a expectativa de vida dos cães depende significativamente da raça. Cães menores tendem a viver significativamente mais, sugerindo que envelhecem mais devagar do que os cães maiores.

No entanto, existem outras descrições. A idade biológica, por exemplo, é uma definição mais subjetiva, que depende da avaliação de indicadores fisiológicos para identificar o desenvolvimento de um indivíduo. Isso inclui medidas como o “índice de fragilidade” — pesquisas que levam em consideração o status da doença de um indivíduo, deficiências cognitivas e níveis de atividade.

Depois, existem os biomarcadores de envelhecimento mais objetivos, como níveis de expressão gênica (genes que produzem proteínas em taxas diferentes em diferentes estágios da vida) ou o número de células imunes. A taxa na qual a idade biológica aumenta depende de fatores geneticamente herdados, como saúde mental e estilo de vida.

Por exemplo, se você passou muito tempo comendo junk food e fumando cigarros em vez de se exercitar e comer de maneira saudável, é provável que sua idade biológica exceda sua idade cronológica. Ou então você pode ter 60 anos e um corpo de 40, se tiver se cuidado bem.

 

A vida de um cachorro

Os autores do novo estudo de envelhecimento sugerem que uma maneira sensata de medir a idade biológica é o chamado "relógio epigenético" — medido por mudanças químicas no nosso DNA que deixam "marcas" ao longo do tempo. — Foto: Joe Caione/Unsplash

Os autores do novo estudo de envelhecimento sugerem que uma maneira sensata de medir a idade biológica é o chamado “relógio epigenético” — medido por mudanças químicas no nosso DNA que deixam “marcas” ao longo do tempo. — Foto: Joe Caione/Unsplash

Quando se trata de comparar a idade dos animais entre as espécies, as definições biológicas de idade são muito mais úteis do que suas contrapartes cronológicas.

Saber que um hamster tem seis semanas de vida não oferece uma boa ideia da fase de vida desse animal, mesmo que você saiba que a expectativa de vida de um hamster é de apenas três anos. Aprender que um hamster atingiu uma idade em que pode se reproduzir oferece uma imagem muito melhor do seu nível de maturidade.

Os autores do novo estudo de envelhecimento sugerem que uma maneira sensata de medir a idade biológica é o chamado “relógio epigenético” — medido por mudanças químicas no nosso DNA que deixam “marcas” ao longo do tempo.

Em particular, a “metilação” — a adição de grupos metil (um átomo de carbono ligado a três átomos de hidrogênio) ao DNA — parece ser um bom indicador da idade. Muitos marcadores fisiológicos importantes, como o desenvolvimento dos dentes, parecem ocorrer nos mesmos níveis de metilação em diferentes espécies. Assim, combinando os níveis de metilação em labradores e humanos, os pesquisadores derivaram uma fórmula para mapear a idade do cão com seu equivalente humano.

Essa fórmula é: idade equivalente humana = 16 x ln (idade cronológica do cão) + 31.

Aqui “ln” representa uma função matemática conhecida como logaritmo natural. A função logarítmica é utilizada nas escalas não lineares para mensurar a energia liberada durante terremotos (Richter) ou para medir o som (decibéis).

É útil também para medir quantidades cujos tamanhos variam em diferentes ordens de magnitude. É até possível que uma experiência logarítmica da passagem do tempo explique por que percebemos o tempo acelerando à medida que envelhecemos.

No gráfico, você pode ver como o logaritmo natural funciona para converter os anos em que um cão viveu (idade do cão) na idade humana equivalente na curva tracejada vermelha. A curva sugere que os cães amadurecem extremamente rapidamente no início, mas que o envelhecimento diminui, o que significa que a maior parte de suas vidas é vivenciada como uma forma de meia-idade prolongada.

Um atalho útil é lembrar que o primeiro ano do cão conta por 31 anos humanos. Depois disso, toda vez que a idade cronológica do cão dobrar, o número de anos humanos equivalentes aumentará 11. Portanto, oito anos representam três “duplicações” (de um a dois, dois a quatro e depois de quatro a oito) dando a um cão idade equivalente a 64 anos (31 + 3×11).

Essa aproximação útil é representada pela curva preta na figura abaixo. A linha verde representa a regra do fator 7, que sugere idades irreais no extremo superior do espectro da idade canina.

Gráfico mostra variação da idade do cachorro, de acordo com os métodos de cálculos — Foto: BBC

Gráfico mostra variação da idade do cachorro, de acordo com os métodos de cálculos — Foto: BBC

A maioria dos amantes de cães já deve ter suspeitado que a relação entre idade de humanos e cães não é linear, tendo notado que, inicialmente, seus animais de estimação amadurecem muito mais rapidamente do que sugere a regra linear do fator 7.

Um refinamento mais sofisticado das regras do fator 7 sugere que cada um dos primeiros dois anos do cão corresponde a 12 anos humanos, enquanto todos os anos subsequentes contam para quatro equivalentes humanos. A curva azul na figura acima, que representa essa regra, mostra a melhor concordância com a nova lei logarítmica.

Na prática, os novos insights moleculares sobre a conversão da idade humana para a de cães encapsulados pela lei logarítmica sugerem que os cães passam para a meia-idade ainda mais rapidamente do que a maioria dos donos suspeitaria.

Vale lembrar que, quando você descobrir que o Rex está relutante em perseguir a bola como antes, provavelmente ele tem mais quilometragem do que você imagina.

Cachorro na Praia do Sol, na Represa Guarapiranga, em SP — Foto: Fábio Tito/G1

Cachorro na Praia do Sol, na Represa Guarapiranga, em SP — Foto: Fábio Tito/G1

*Christian Yates é professor sênior em biologia matemática na Universidade de Bath, no Reino Unido. Ele também é autor de The Maths of Life and Death (As matemáticas da vida e da morte, em tradução livre).

Este artigo foi originalmente publicado no The Conversation e republicado sob uma licença Creative Commons.

fonte: G1

Trabalho temporário deve ganhar força em 2020

O trabalho temporário ganhou um importante impulso para o fim de 2019 e, sobretudo, para 2020. Em outubro, foi assinado o Decreto de Lei do Trabalho Temporário (10.060/2019), que atualizou e esclareceu pontos da Lei 6.019/74, que rege as relações dessa modalidade de contratação. Em 2019, as estimativas da Associação Brasileira do Trabalho Temporário (Asserttem) são de que a contratação formal de temporários cresceram 13,86% neste fim de ano.

Ao todo, devem ser admitidas 570 mil pessoas no Brasil neste ano, enquanto foram registradas cerca de 500 mil contratações em 2018. As projeções para todo o ano de 2020 são ainda mais otimistas. “Com a pacificação de entendimento sobre o trabalho temporário e a diferenciação para a terceirização, muitos empresários vão usar esta modalidade de contratação em suas necessidades transitórias ao longo do ano devido à segurança jurídica trazida pelo Decreto”, explica o vice-presidente da Asserttem e presidente do Grupo Employer, Marcos de Abreu.

Além do aumento das contratações para o período de fim de ano, que engloba Black Friday e Natal, o varejo e as indústrias contam com demandas específicas ao longo do ano para suportar o aumento sazonal de seus produtos. Alguns exemplos de datas que costumam beneficiar diferentes setores: Páscoa (celebrada em 10 de abril de 2020), Dia das Mães (10 de maio), Festas Juninas (Dia de São João, em 24 de junho) e Dia das Crianças (12 de outubro), entre outras datas comemorativas e movimentos específicos do setor produtivo e do varejo. Na Páscoa de 2019, por exemplo, a Asserttem registrou 442 mil admissões entre janeiro e abril em todo o país.

A regulamentação trazida pelo Decreto traz vantagens a todos os empresários. “Todos os setores serão beneficiados com o Decreto em 2020, conforme a sua demanda. Há a possibilidade de contratação por qualquer tipo de empresa: dos microempreendedores às multinacionais, assim como não há restrição de área de atuação ou capacitação do trabalhador”, ressalta Abreu. Esses contratos dependem de uma agência, que precisa estar autorizada a exercer esta função pelo Ministério da Economia.

Quatro pontos importantes do decreto

– Diferenciação de terceirização e trabalho temporário – Terceirização é uma modalidade firmada entre duas empresas, sem que haja uma subordinação direta dos empregados à empresa contratante. No caso do trabalho temporário, a admissão exige três partes: uma agência de trabalho temporário, uma companhia que vai contratar os serviços e o trabalhador temporário. Além disso, o Decreto esclarece a possibilidade de subordinação direta de empregados à companhia que contratou o colaborador.

– Quando vale a contratação temporária – O trabalho temporário só pode ser usado na chamada demanda complementar de serviços, oriunda de fatores imprevisíveis ou “de natureza intermitente, periódica ou sazonal”, ou em substituição transitória de colaboradores permanentes (suspensão, interrupção do contrato em férias, licenças, por exemplo). Não pode ser usado em demandas contínuas ou permanentes, nem para abertura de filiais.

– Prazo máximo – A contratação pode ocorrer por até 180 dias, com a possibilidade de prorrogação por mais 90 dias, desde que haja necessidade transitória. O decreto, contudo, deixou claro que os 180 dias devem contar de forma corrida e não apenas os dias efetivamente trabalhados. Vale ressaltar que não há um prazo mínimo de contratação, mas o limite de até 270 dias (180+90).

– Direitos iguais – Embora não tenha contrato regido pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), o temporário deve ter o mesmo salário dos efetivos e receber INSS, 13º e férias proporcionais – assim como deve haver recolhimento do INSS. Conforme Abreu, a diferença está apenas no encerramento do contrato, que não prevê multa de 40% e nem aviso prévio pela característica do contrato.

Barbara Conti Oliveira

Bolsonaro anuncia reajuste, e salário mínimo passará de R$ 1.039 para R$ 1.045 em fevereiro

O presidente Jair Bolsonaro informou nesta terça-feira (14) que o governo reajustará o valor do salário mínimo de R$ 1.039 para R$ 1.045. Segundo Bolsonaro, o valor valerá partir de 1º de fevereiro.

O anúncio foi feito em uma entrevista coletiva na sede do Ministério da Economia, onde o presidente se reuniu com o ministro Paulo Guedes. Segundo Bolsonaro, o reajuste será feito via medida provisória, ato que tem força de lei imediatamente (leia detalhes mais abaixo).

“Uma reunião tranquila, coordenada pelo Paulo guedes. Tivemos uma inflação atípica em dezembro. Não esperávamos que ela fosse tão alta assim. Foi basicamente da carne, e tínhamos que fazer com que o valor do salário mínimo fosse mantido. Então, ele passa, via medida provisória, de R$ 1.039 para R$ 1.045 a partir de 1º de fevereiro”, afirmou o presidente.

O objetivo com a medida é evitar perdas inflacionárias. Isso porque, ao fixar o valor do salário mínimo em R$ 1.039, o governo se baseou na projeção do mercado financeiro para o Índice Nacional de Preços ao Consumidor do ano passado. O INPC serve de base para o cálculo do salário mínimo.

Na semana passada, porém, o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) informou que o INPC ficou em 4,48%, acima do percentual previsto. Com isso, na prática, o reajuste do mínimo para R$ 1.039 ficou abaixo da inflação.

Segundo o ministro Paulo Guedes, o “espírito” do anúncio desta terça-feira é garantir o poder de compra do salário mínimo.

“O presidente manteve esse espírito. O presidente já tinha aumentado em R$ 2 em janeiro acima da inflação para pagar justamente um erro cometido no ano passado. A inflação veio um pouco acima também [do esperado] e [o salário mínimo] ficou R$ 2 abaixo no ano inteiro [de 2019]. Para não repetir isso, o presidente falou: ‘Vamos já corrigir a partir de fevereiro'”, declarou Guedes.

Impacto nas contas públicas

A revisão do valor do salário mínimo terá impacto nas contas públicas. Isso ocorre porque os benefícios previdenciários não podem ser menores que o valor do mínimo.

De acordo com cálculos do governo, o aumento de cada R$ 1 para o salário mínimo implica despesa extra em 2020 de aproximadamente R$ 355,5 milhões.

Considerando o aumento para R$ 1.045, segundo o ministro da Economia, Paulo Guedes, o impacto será de R$ 2,3 bilhões.

De acordo com ele, esse gasto adicional, não considerado anteriormente na aprovação do orçamento deste ano, pode levar o governo a fazer cortes em outras áreas – como forma de não descumprir o teto de gastos e a meta fiscal.

Medida provisória

As medidas provisórias são editadas pelo presidente da República e têm força de lei assim que publicadas no “Diário Oficial da União”.

A partir da publicação, o Congresso Nacional tem até 120 dias para aprovar a MP conforme a redação enviada pelo governo; aprovar o texto com modificações; rejeitar a proposta. Se a medida não for analisada no prazo, perde a validade.

O texto a ser aprovado pelo Congresso ainda terá de ser submetido ao presidente, que pode sancionar a proposta integralmente, parcialmente ou vetá-la. Somente com a sanção é que a MP passa a ser uma lei em definitivo.

Segundo Bolsonaro, a medida provisória que fixou o valor de R$ 1.039 e a que prevê o reajuste para R$ 1.045 deverão tramitar conjuntamente, com um único relator.

O ministro da Economia, Paulo Guedes  — Foto: José Cruz/Agência BrasilO ministro da Economia, Paulo Guedes  — Foto: José Cruz/Agência Brasil

O ministro da Economia, Paulo Guedes — Foto: José Cruz/Agência Brasil

Arrecadação extra para o reajuste

Segundo Paulo Guedes, o governo deverá arrecadar R$ 8 bilhões a mais do que o previsto para este ano. O ministro, no entanto, não forneceu mais detalhes sobre o assunto.

“Nós vamos colocar isso. Já temos, prefiro não falar na natureza do ganho, porque vai ser anunciado possivelmente daqui a uma semana, mas vamos arrecadar possivelmente R$ 8 bilhões [a mais]. São fontes que estamos procurando, e R$ 8 bilhões vão aparecer, de forma que esse aumento de R$ 2,3 bilhões vai caber no orçamento”, disse.

fonte: G1

Família diz que fio de alta tensão que atingiu meninos em São Gonçalo, no RJ, estava solto

Familiares dos dois irmãos mortos após um choque elétrico enquanto soltavam pipa em São Gonçalo, na Região Metropolitana do Rio, disseram nesta terça-feira (14) que o fio de alta tensão que atingiu as crianças estava solto e que a reclamação já havia sido feita à concessionária de energia elétrica há um mês.

“Dissemos que o que a gente precisa deles (concessionária) é que consertem o fio solto porque tem muita criança lá”, contou Rogério Ramos, tio-avô das vítimas.

“Eles mandaram os técnicos lá quando? Depois do acidente? Depois da casa arrombada, não adianta botar fechadura”, diz Ronaldo Ramos, outro tio-avô.

Procurada, a concessionária Enel disse que está apurando os fatos.

O caso aconteceu na segunda-feira (13), na comunidade da Cerâmica, no bairro Porto do Rosa. Segundo familiares, os dois brincavam de pipa perto de casa, em um campo de futebol, com outros três irmãos. Um fio elétrico de alta tensão se soltou de um poste e caiu sobre o menino de 2 anos. O irmão de 14 anos foi tentar salvá-lo e também foi eletrocutado.

Sem assistência

Outro tio-avô, Lenilton Gonçalves de Oliveira, disse que a família não recebeu assistência até o momento.

“Eles não estão dando nada, arcando com nada, dando assistência nenhuma. Até porque nós não queremos nada deles, porque nada que eles derem pra gente vai trazer os garotos de volta”, lamentou Lenilton.

Morte trágica

“Recebi um telefonema, estava na casa da minha irmã. Ela recebeu e não conseguiu falar. A sobrinha dela, tia dos garotos, ligou para falar sobre a tragédia. Ela disse que Deus tinha levado o Kaio e o Kauã. A mãe está desolada porque ela tinha 5 filhos, mas amor de filho e uma coisa incomparável. Pode ter cem, mas vai sofrer. Ainda mais perder dois de uma forma tão triste, trágica. Ela foi ontem na UPA, voltou para UPA de novo. Está sob efeito de remédios”, detalhou Lenilton.

Ainda segundo ele, os meninos viviam juntos. “A união deles era tão grande, que o Kaio chamava o Kauã de pai. E ele morreu sendo pai. Ele fez o papel que qualquer pai faria”, completou.

Para Ronaldo Ramos, foi um milagre os outros três irmãos terem sobrevivido. “Os cinco brincavam juntos. Eles eram tão unidos que foi um milagre não terem morrido os cinco. Foi Deus que não permitiu que os outros fossem um tentar retirar o outro e acabar morrendo os cinco”, comentou.

Os bombeiros chegaram a ser chamados para tentar fazer o salvamento, mas os dois não resistiram.

Os outros três irmãos não se feriram.

Por volta das 10h50 desta terça-feira (14), familiares dos meninos estavam no Instituto Médico Legal de Tribobó, também em São Gonçalo. Em estado de choque e a base de remédios, a mãe das crianças não conseguiu fazer o reconhecimento dos corpos. Segundo um familiar, o enterro deve acontecer ainda nesta terça no Cemitério São Miguel, onde a família tem um jazigo.

Nota da concessionária

Em nota, a Enel Distribuição Rio lamentou o episódio e disse que enviou uma equipe ao local assim que a empresa foi informada do caso, mas os técnicos foram impedidos de acessar a região. Por volta das 10h15 desta terça, assistentes sociais da Enel estiveram no IML para conversar com a família.

Confira abaixo a nota encaminhada pela Enel:

“A Enel Distribuição Rio lamenta profundamente o acidente ocorrido no fim da tarde desta segunda-feira (13/01) em São Gonçalo. A empresa reafirma que está disposta a oferecer apoio aos familiares das vítimas enquanto apura as circunstâncias do acidente. Um representante da concessionária esteve na manhã de hoje (14/01) no Instituto Médico Legal para oferecer suporte aos familiares presentes no local. A empresa acrescenta que vinha tentando identificar algum representante da família desde a noite de ontem.

Sobre as possíveis causas do acidente, a empresa esclarece que relatos de moradores, mencionados no Boletim de Ocorrência sobre o acidente, apontam o cabo de energia teria sido rompido por uma linha de pipa. A empresa seguirá apurando as causas do ocorrido.

Sobre o fornecimento de energia, a concessionária informa que enviou uma equipe ao local assim que tomou conhecimento do acidente, mas os técnicos foram impedidos de acessar a região. Por medida de segurança, a concessionária interrompeu remotamente o fornecimento de energia na área. Na manhã de hoje (14), técnicos da empresa estiveram novamente no local e restabeleceram o serviço”, diz a nota.

fonte: G1

PLACA 4: pagamento do IPVA 2020 com desconto de 3% vence na terça-feira, 14/1

Na terça-feira (14) vence o prazo para o pagamento integral, com desconto de 3%, ou da primeira parcela do Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores (IPVA) de 2020 para os veículos com final de placa 4. O calendário segue até 22/1 para os veículos com placa final 0, desconsiderando os finais de semana (veja a tabela).

A quitação pode ser de três maneiras: à vista com desconto de 3% (janeiro); à vista sem desconto (fevereiro) ou em três parcelas, de janeiro a março, de acordo com a data de vencimento da placa. Para efetuar o pagamento, basta se dirigir a uma agência bancária credenciada com o número do RENAVAM (Registro Nacional de Veículo Automotor), e realizar o recolhimento do IPVA 2020.

Utilize os terminais de autoatendimento, os guichês de caixa, pela internet ou débito agendado, ou outros canais oferecidos pela instituição bancária para fazer o pagamento. O IPVA também pode ser pago em casas lotéricas.

Parcelamento no cartão de credito
É possível quitar o IPVA 2020 com cartão de crédito nas empresas credenciadas pela Secretaria da Fazenda e Planejamento. As operadoras financeiras conveniadas têm autonomia para definir o número de parcelas e adequar a melhor negociação com o contribuinte. Consulte os endereços neste link.

Os valores pagos ao correspondente bancário são repassados ao Governo do Estado de forma imediata, e sem qualquer desconto ou encargo.

Para mais informações, os proprietários dos veículos podem entrar em contato com a Secretaria pelo telefone 0800-170110 (por telefone fixo), (11) 2450-6810 (exclusivo para chamadas por telefone móvel) e pelo canal Fale Conosco, no portal.fazenda.sp.gov.br.

Licenciamento Antecipado 2020
Para antecipar o licenciamento anual, deverão ser quitados integralmente todos os débitos que recaiam sobre o veículo, compreendendo o IPVA, a taxa de licenciamento, o prêmio do Seguro DPVAT e, se for o caso, multas de trânsito.

Calendário de vencimento do IPVA 2020

fonte: Secretaria da Fazenda SP

Trabalhadores com ensino superior são os que mais demoram para voltar ao mercado

Os trabalhadores com ensino superior são os que levam mais tempo para conseguir voltar ao mercado de trabalho quando ficam desempregados. Um brasileiro que concluiu a faculdade demora, em média, 16,8 meses (quase um ano e meio) para se recolocar.

Como comparação, um profissional com ensino médio gasta 14,7 meses para encontrar um novo emprego e quem concluiu ensino fundamental demora, em média, 13,1 meses.

Os números foram compilados pela consultoria iDados, com base nas informações do terceiro trimestre da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua.

Tempo médio de desemprego — Foto: Arte/G1

Tempo médio de desemprego — Foto: Arte/G1

Uma série de fatores, segundo os especialistas, explica as razões para os trabalhadores mais escolarizados do país demorarem mais para se recolocar.

“Uma pessoa mais qualificada tem mais probabilidade de ter um vínculo formal e, portanto, já são criadas proteções para o indivíduo, o que diminui o grau de urgência para encontrar um novo emprego”, afirma Bruno Ottoni, pesquisador do iDados.

Pelo lado das empresas, a contratação de um trabalhador mais qualificado também costuma ser mais lenta.

“Acredito que, na verdade, essa questão não é conjuntural, é da natureza das ocupações [que exigem ensino superior]. São processos de seleção mais criteriosos, a disponibilidade de vagas específicas é muito pequena. Isso não deve estar atrelado à conjuntura, até porque a taxa de desemprego [desse público] é menor do que a de outros grupos”, diz Cosmo Donato, economista da LCA consultoria.

Não por acaso, historicamente, esses trabalhadores sempre demoraram mais para se recolocar. No terceiro trimestre de 2018, por exemplo, eles levavam 15,7 meses para voltarem ao mercado.

Preferência por profissionais que já estão empregados

A preferência das companhias por profissionais que já estão empregados é outro fator que contribui para aumentar a espera por vagas dos trabalhadores com ensino superior que estão fora do mercado, observa Renato Trindade, gerente da consultoria Michael Page, especializada em recrutamento de executivos.

“A gente tem que pensar também com a cabeça do recrutador. Tem muitos profissionais com ensino superior no mercado, é uma gama muito grande de perfis pra analisar. E ainda existe o preconceito com quem está fora do mercado, muita gente prefere contratar alguém que esteja empregado e queira se movimentar. Aí a régua [de exigências] sobe.”

O fato de os trabalhadores mais qualificados levarem mais tempo para se recolocar não significa que eles sejam os principais afetados pelo desemprego. Pelo contrário: no terceiro trimestre, a taxa de desocupação entre os que tinham ensino superior completo era de 5,8%. No mesmo período, o país tinha uma taxa de desemprego total de 11,8%.

  • Quase 4 milhões de trabalhadores com ensino superior não têm emprego de alta qualificação

Exigência alta e salário baixo

A paulistana Alessandra Pereira, de 49 anos, faz parte do grupo de brasileiros que aguarda há meses por uma recolocação no mercado formal de trabalho. Graduada em tecnologia da informação (TI) e engenharia da computação, ela busca por uma nova oportunidade há 12 meses, depois de ser desligada de uma grande empresa da área de construção civil, onde atuava como secretária.

Apesar de colecionar formações, como pós-graduação e intercâmbio no exterior, a paulistana tem tido dificuldades de encontrar uma vaga com um salário à altura de suas competências e com carteira assinada.

“O que eu vejo é que as empresas exigem muitas qualificações e experiência para pagarem um salário muito baixo. O que oferecem, muitas vezes, é bem menos do que eu ganhava no meu último trabalho”, diz Alessandra.

Desde que começou a sua busca, ela já passou por dez entrevistas, mas continua à procura de uma recolocação. Graças às economias de 32 anos de trabalho, Alessandra ainda consegue segurar as contas. “Mas uma hora acaba”, diz.

Mudança de área

Juliana passou a trabalhar como maquiadora — Foto: Arquivo pessoal

Juliana passou a trabalhar como maquiadora — Foto: Arquivo pessoal

Formada em moda, Juliana Ziolkowski Paulo, de 33 anos, também sentiu as dificuldades para voltar ao mercado de trabalho. Ela perdeu o emprego com carteira de trabalho assinada em outubro de 2015. Tentou uma recolocação até junho de 2016, quando decidiu fazer um curso de maquiagem.

Hoje, ela trabalha e um salão de um shopping em Florianópolis. “No começo trabalhei como freelancer e ia atendendo nas casas das pessoas. Faz dois anos que apareceu uma oportunidade nesse salão”, conta.

  • Informalidade bateu recorde em 2019; veja histórias de quem trabalha por conta própria

Mercado de trabalho deve ter alívio tímido

Desempregados fazem fila em mutirão de emprego no Vale do Anhangabaú, Centro de São Paulo — Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo

Desempregados fazem fila em mutirão de emprego no Vale do Anhangabaú, Centro de São Paulo — Foto: Werther Santana/Estadão Conteúdo

A esperada melhora do desempenho econômico neste ano – as estimativas indicam que o PIB deve crescer próximo de 2,5% – deve se refletir no mercado de trabalho, embora o quadro ainda não seja animador.

As projeções dos analistas apontam para uma ligeira queda da taxa de desemprego neste ano, com uma composição melhor da criação de nova vagas, o que pode favorecer os trabalhadores com maior nível de escolaridade.

“Deveremos ter uma melhora gradual do mercado de trabalho. Esse processo já está em curso e pode haver uma qualidade um pouco melhor na criação de empregos”, diz Thiago Xavier, analista da consultoria Tendências. Na avaliação dele, a taxa de desocupação deve encerrar 2019 em 11,9% e cai para 11,6% neste ano.

A volta das vagas com carteira assinada deve ser puxada principalmente pelo setor de serviços, responsável por grande parte da composição do PIB, mas também por setores como indústria e construção civil, que sofreram nos últimos anos mas ensaiaram uma recuperação no fim de 2019.

Para Donato, da LCA, o emprego formal deve protagonizar uma retomada “mais contundente” em 2020, mas isso não se refletirá de forma significativa na taxa de desemprego, nem no nível de ocupação. O que acontecerá, na verdade, será uma troca de empregos informais ou por conta própria por outros com carteira assinada, à medida em que a economia avançar.

“O que vai mudar é a qualidade da composição [do mercado de trabalho], com uma maior geração de emprego formal. A gente continuará observando uma queda da taxa de desemprego, mas muito lentamente”, afirma.

Evolução da taxa de desemprego — Foto: Economia G1

Evolução da taxa de desemprego — Foto: Economia G1

Pelas projeções da LCA, a taxa média de desocupação deve ficar na média de 11,4% em 2020. A consultoria prevê geração de 800 mil vagas formais no ano, o que significa 2 milhões de postos abertos desde 2017.

Mas a volta da criação de emprego com carteira assinada não vai compensar tudo o que foi perdido durante a crise – apenas em 2015 e 2016, foram 3 milhões de vagas formais fechadas.

“Por mais que o mercado melhore, as pessoas ainda vão ter dificuldade para encontrar emprego. E os mais qualificados devem sair na frente.”

Desemprego recua puxado por informalidade recorde

Desemprego recua puxado por informalidade recorde

Trindade, da Michael Page, destaca que as empresas passaram por um processo de consolidação dos níveis de diretoria durante a crise e que devem continuar com estruturas mais enxutas. Também por isso, a retomada do mercado de trabalho deve ser lenta.

“Muitas posições sênior se concentraram em uma só. O diretor de marketing acabou absorvendo também a área de vendas, por exemplo. As companhias não vão voltar a ter estruturas inchadas”, diz.

Segundo ele, no momento as empresas estão buscando executivos e voltadas a fortalecer posições estratégicas como de recursos humanos e suporte, áreas-chave para sustentar o crescimento. Mais adiante, chegará a vez da contratação de profissionais para compor “o time”, como os analistas.

fonte: G1