A população de Botucatu tem demonstrado crescente insatisfação com a postura de alguns vereadores durante as sessões da Câmara Municipal. O comportamento de certos parlamentares, considerado por muitos como inadequado, tem gerado revolta nas redes sociais e nos bastidores da política local, com críticas que vão desde o uso de discursos considerados populistas até declarações com teor ofensivo.
O caso mais recente envolve o presidente da Câmara, vereador Antônio Carlos Vaz de Almeida, conhecido como Cula. Durante a sessão realizada nesta segunda-feira (27), ele se dirigido de forma desrespeitosa a uma servidora presente no plenário, mandando-a “calar a boca”. Em outro momento, referiu-se a um servidora pública municipal como “narizinho”, em alusão ao uso de narizes de palhaço como forma de protesto contra o reajuste salarial proposto à categoria.
As atitudes foram consideradas desrespeitosas e incompatíveis com a conduta esperada de um representante do Legislativo, ainda mais de um presidente da casa. A insatisfação dos servidores e munícipes reflete uma percepção de despreparo emocional e falta de empatia por parte de alguns parlamentares, que deveriam zelar pelo respeito e diálogo democrático.
Outro episódio que repercutiu negativamente foi protagonizado pelo vereador Abelardo, denunciado à Comissão de Ética da Câmara após uma fala polêmica durante a sessão de 7 de abril. Na ocasião, a secretária adjunta de Turismo de Botucatu, Érica Fernanda Paes Cardoso, relatou ter sido alvo de ofensas verbais por parte do parlamentar. Segundo a denúncia, Abelardo teria utilizado expressões como “carguinho”, “mamando no dinheiro público” e “vá para o quinto dos infernos” com o objetivo de desqualificar sua atuação profissional.
A denúncia formal contra Abelardo está em análise pela Comissão de Ética, e o mesmo procedimento poderá ser adotado em relação ao presidente Cula, diante da repercussão de sua conduta na sessão mais recente.
Para muitos moradores, essas atitudes reforçam a necessidade de um debate mais sério sobre o papel dos vereadores e o limite da liberdade de expressão dentro das instituições públicas. “Esses representantes deveriam estar ali para defender os interesses da população, e não para atacar quem pensa diferente”, comentou uma moradora nas redes sociais. Essas atitudes revelam despreparo técnico, falta de conhecimento do regimento interno, inabilidade emocional, e ausência de educação.
A crise de imagem enfrentada pela Câmara de Botucatu abre espaço para discussões sobre responsabilidade pública, ética no exercício do mandato e o papel do Legislativo na construção de um ambiente político saudável e respeitoso. A expectativa agora gira em torno das providências que a Comissão de Ética da Câmara de Botucatu adotara para garantir a ordem, o respeito e a representatividade em suas sessões.
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