Coletivo Trem e ONG Nascentes fazem replantio simbólico contra retirada de ipê centenário em Botucatu

Moradores lamentam a perda da árvore no Jardim Dona Nicota; grupo questiona transparência da prefeitura e política de cortes, citando déficit histórico de arborização.

A Prefeitura Municipal de Botucatu alegou que a árvore estava com parasitas e representava um risco. No entanto, vizinhos contestam a versão oficial.

De acordo com relatos de residentes do local, um morador entrou em contato com o poder público solicitando uma poda, preocupado com a possível presença de parasitas. Para a surpresa e indignação da comunidade, o serviço realizado não foi uma poda, mas a supressão total da árvore, que foi cortada rente ao chão.

A ação reacendeu um debate sobre a gestão pública do patrimônio verde. O Coletivo Trem, que luta pela transparência e ética na política de Botucatu e região, questiona os critérios e a fiscalização do processo. O grupo lembra que, nos últimos anos, outras árvores grandes e emblemáticas foram removidas na cidade com justificativas similares.

Em resposta à perda, as entidades organizaram um ato simbólico no domingo 24/08, às 17h. O momento, descrito pelos participantes como de grande emoção, teve como objetivo não apenas protestar contra o corte, mas também replantar uma muda de ipê-roxo no mesmo local.

“Agora, espera-se que os próprios moradores possam cuidar da nova muda plantada, para que um dia ela substitua a grandiosidade do ipê que foi perdido”, relatou um dos organizadores do evento.

O caso evidencia um problema mais amplo: o déficit de arborização viária em Botucatu. Um estudo de 2006 já apontava esta carência, e a perda constante de exemplares adultos, sem a devida transparência e diálogo com a comunidade, agrava o problema.

 

Sobre Fernando Bruder

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