Mariana contou que só começou a entender a gravidade da situação depois que começou a pesquisar sobre o assunto e descobriu sobre as possíveis punições que a irmã poderia sofrer. A notícia pegou a família de surpresa. A mãe dela, que luta contra um câncer, precisou ser internada quando soube que a filha havia sido presa no país asiático.
“A gente não sabia. Ela trabalhava com carteira assinada em uma churrascaria da cidade. Ela tinha o serviço dela, tudo certinho. A gente não sabe o que levou ela a fazer isso. A gente ficou em estado de choque, estamos desesperados”.
Apesar de ter sido presa por tráfico de drogas, a irmã contou que não sabia do envolvimento de Mary com este crime. Desde que a prisão aconteceu, ela e a família estão sem informações sobre a brasileira.
“A gente quer uma notícia dela, saber como ela está sendo tratada lá. Acho que a família tinha direito de pelo menos saber como ela está. Imagina a gente aqui, uma semana, sem saber o que aconteceu. A gente não sabe nada. Esse crime gravíssimo e as vezes ela não tinha nem consciência do que estava acontecendo. Eu acho que ela não sabia de nada disso, pra mim ela foi enganada, induzida”, afirmou.
Diante da falta de notícias da irmã e o medo de uma possível condenação na Tailândia, a família e os amigos estão mobilizando as redes sociais pedindo para que Mary Hellen seja trazida para o Brasil. Eles querem que ela seja julgada pela justiça brasileira.
“Queremos uma ajuda, não é possível que não tem nada o que ser feito. Eu mandei um e-mail para o Itamaraty. Eles me retornaram dizendo que tem ciência que a minha irmã estava presa em Bangkok, mas que eles não poderiam contratar um advogado. Eu não sei na verdade como eles podem ajudar. Acho que ninguém tem direito de tirar a vida de ninguém. Pagar com a vida é muito forte, ne? Uma menina de 22 anos é muito jovem”, afirmou.
A família conta com a ajuda de advogados do município, mas estão em busca de brasileiros que possam ajudar direto da Tailândia.
Ao g1 do Paraná, o Itamaraty informou que, por meio da embaixada de Bangkok, acompanha a situação e presta toda assistência aos brasileiros. O g1 Sul de Minas entrou em contato novamente com o Itamaraty neste domingo (20), mas ainda não obteve retorno.
Fonte: g1