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Em ato contra morte de patriota, bolsonaristas miram STF e “Xandão”

No ato convocado para protestar contra a morte de Clériston Pereira da Cunha, na tarde deste domingo (26/11) em São Paulo, parlamentares bolsonaristas concentraram as críticas ao Supremo Tribunal Federal (STF) e pediram o impeachment do ministro Alexandre de Moraes. Clériston estava preso por participação nos atos de 8 de janeiro e morreu essa semana na Penitenciária da Papuda, em Brasília.

Aos gritos de “Fora, Xandão”, manifestantes preencheram três quarteirões da Avenida Paulista, na altura do Museu de Arte de São Paulo (Masp). Em frente ao museu, foi posicionado um carro de som em que deputados federais, estaduais e senadores discursaram contra o STF e o governo Lula. O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) não compareceu ao ato.

Recebido sob gritos de “prefeito”, o deputado federal Ricardo Salles (PL-SP) disse que a direita brasileira vive hoje “o pesadelo do resultado das eleições do ano passado”.

“Vamos nos livrar daquele que usurpou o lugar do verdadeiro presidente da República, Jair Messias Bolsonaro”, disse, em referência à vitória de Lula.

Salles defendeu os manifestantes que estiveram nos atos antidemocráticos de 8 de janeiro e falou que as punições deveriam ser aplicadas apenas aos que depredaram algum tipo de patrimônio.

“Ninguém dá golpe num domingo num prédio vazio. Isso é balela. Os brasileiros têm o direito de se manifestar”, disse. Muitos manifestantes vestiam roupas verde e amarelo e carregavam bandeiras do Brasil, de Israel e da monarquia brasileira.

Decisões “pornográficas”

Quem também participou do ato foi o deputado federal Nikolas Ferreira (PL-MG). “Alexandre de Moraes, o Brasil não tem medo de você”, disse Ferreira, em um dos discursos mais aplaudidos pelos manifestantes.

Já o senador Magno Malta (PL-ES) fez um dos pronunciamentos mais longos. Autor de uma PEC contra o aborto, ele fez duras críticas à prática, cantou um louvor (veja abaixo) e se disse orgulhoso por ser cristão. Também afirmou que o STF não é “arena política” e discursou contra as decisões monocráticas.

“Vamos acabar com as decisões pornográficas do Supremo Tribunal Federal”, disse Malta.

O pastor Silas Malafaia, um dos organizadores do ato deste domingo, disse que o Brasil não tem um Supremo Tribunal Federal, mas um “Supremo Tribunal Político”. “Quem escapar da Justiça dos homens não vai escapar da justiça divina”, afirmou.

O ato, que teve início às 14h, foi encerrado por volta de 16h30, quando a multidão cantou o Hino Nacional e, na sequência, gritou: “Lula ladrão, seu lugar é na prisão”.

A morte de Clériston

Clériston Pereira da Cunha era um dos presos por participar da invasão aos prédios dos Três Poderes em 8 de janeiro. Ele sofreu um ataque cardíaco e morreu na segunda-feira (20/11), durante banho de sol na Papuda.

Segundo relatos de detentos à Defensoria Pública do Distrito Federal (DPDF), o socorro demorou cerca de 40 minutos para ser prestado. Os custodiados também relataram que não havia desfibrilador e cilindro de oxigênio no local.

Em julho, um laudo médico apontava risco de morte caso Cleriston continuasse preso. O documento apresentava um quadro de vasculite — inflamação nos vasos sanguíneos — de múltiplos órgãos.

A Procuradoria-Geral da República (PGR) chegou a emitir um parecer favorável à liberdade provisória do “patriota”, mas a manifestação não chegou a ser apreciada pelo Supremo.

“Ele deu a vida por mim e por vocês. Não deixem a imagem dele ser esquecida”, disse uma das filhas de Clériston, presente ao ato na Avenida Paulista.

Fonte: Metrópoles

Capital: Homem armado agride menor infrator e policial não intervém

Em um incidente tenso nas movimentadas ruas de São Paulo, um menor infrator desarmado foi surpreendido durante a prática de furto por um cidadão armado, diante de sua própria família. O episódio ocorreu em plena luz do dia, deixando transeuntes atônitos com a cena que se desenrolava.

Enquanto a população assistia incrédula, um homem armado confrontou o menor infrator em flagrante delito, gerando um momento de tensão palpável. A intervenção ocorreu em frente à família do cidadão que estava armado, que observava a situação com misturas de preocupação e indignação, tendo em vista até a própria esposa do mesmo se colocar a frente do menor infrator.

Surpreendentemente, uma policial armada estava presente no local, porém permaneceu de braços cruzados sem intervir na situação. A aparente passividade da policial levanta questões sobre o papel das forças de segurança em casos como esse e a eficácia das medidas preventivas.

O incidente reacende o debate sobre a segurança pública e a necessidade de abordagens mais eficazes para lidar com a criminalidade, sem depender unicamente de cidadãos armados. As autoridades locais estão sendo instadas a investigar o ocorrido e a avaliar as ações tomadas pela policial no momento do confronto.

Este episódio coloca em destaque a complexidade e as nuances envolvidas na gestão da segurança nas grandes cidades, destacando a importância de um debate amplo sobre políticas públicas que busquem abordagens mais abrangentes e eficazes para enfrentar a criminalidade.

Energia cai três vezes durante CPI da Enel na Alesp

A energia caiu ao menos três vezes durante sessão da Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Enel na Assembleia Legislativa de São Paulo (Alesp), nesta terça-feira (14).

A comissão também apura, segundo seu objeto, “as quedas de energia, a cobrança de valores, a atuação operacional, o suporte aos consumidores e prefeituras, a execução da tarifa social, os contratos assinados, a execução dos investimentos e das obras previstas, bem como o estado de conservação da rede de infraestrutura e de distribuição energética”.

Em nota, a Enel diz que “a oscilação de energia na Assembleia Legislativa nessa manhã (14) não tem relação com a rede de distribuição da companhia”.

Fonte: CNN

 

Saiba quem era dupla morta durante invasão à fazenda de Leonardo

Goiânia – Duas pessoas morreram durante confronto com a Polícia Militar de Goiás após a invasão da fazenda do cantor Leonardo, em Jussara, a cerca de 270 km da capital goiana. Segundo a Polícia Técnico-Científica, a dupla foi identificada como Valmir Quintino e Kathly Lucas Machado.

invasão da propriedade rural do sertanejo aconteceu na tarde da última sexta-feira (10/11), quando um grupo criminoso usou a fazenda para abastecer um avião que fazia o transporte de mais de 400 kg de cocaína.

Criminosos que agiram na fazenda de Leonardo

De acordo com a Polícia Militar, Valmir Quintino usava um documento falso, por isso, a equipe policial só chegou à verdadeira identidade dele posteriormente. No documento que ele portava, a naturalidade é da cidade de Patos, na Paraíba, no entanto, a PM aponta que o homem residia em Goiás há anos.

Já a mulher, de 48 anos, é natural de Araguaína, no Tocantins, mas também morava em Goiás. Agora, a polícia investiga qual seria a relação entre eles.

Os dois foram mortos durante um confronto com a PM. Segundo a corporação, eles estavam em uma caminhonete branca Hilux Toyota com mais de 400 kg de pasta base de cocaína, transportada pelo avião que pousou na fazenda de Leonardo.

Conforme a corporação, as duas vítimas pertencem ao grupo armado e estavam às margens da rodovia, momento em que iniciou-se o confronto. A estimativa é de que onze pessoas participaram da ação.

Caminhonete com droga

De acordo com informações do inspetor da PRF, Newton Morais, o piloto do avião disse aos funcionários da fazenda que havia feito um pouso de emergência, porque precisava abastecer. No entanto, estranhando a situação, os trabalhadores do local ligaram para o irmão de Leonardo, Alessandro Costa, que chamou a polícia.

Ao mesmo tempo, duas caminhonetes e um carro ocupados por integrantes do grupo criminoso se aproximaram da fazenda.

A PRF acredita que toda a ação criminosa foi improvisada e que, muito provavelmente, a aeronave fez um pouso de emergência para evitar uma queda causada por falta de combustível.

Ainda no local, os criminosos começaram a transferir a droga de dentro do avião para uma das caminhonetes, de modelo Hilux. Já em um carro modelo Fiat Uno havia galões com combustível, usados para abastecer a aeronave. Após a ação, os três veículos e o avião fugiram.

A Polícia Militar e a PRF acionaram o serviço de inteligência e conseguiram prever onde a Hilux estaria. A partir disso, localizaram a caminhonete na BR-070, entre as cidades de Jussara e Montes Claros de Goiás.

Conforme a PM, durante a abordagem ao veículo, os ocupantes reagiram com tiros. Os militares revidaram os disparos e alvejaram dois suspeitos, que eram um homem e uma mulher. O casal baleado chegou a ser socorrido e levado para o Hospital Municipal de Jussara, mas não resistiu aos ferimentos. A identidade deles não foi revelada. No entanto, estima-se que ambos tenham, em média, 30 anos. Os dois tinham antecedentes por tráfico de drogas e homicídio.

Até o momento, não há informações sobre o paradeiro do avião e do Fiat Uno.

Droga apreendida

A droga que estava dentro da caminhonete Hilux foi apreendida. No total, a PM encontrou 420 kg de pasta-base de cocaína. A droga foi encaminhada para a sede da Polícia Federal, em Goiânia.

A polícia também apreendeu duas armas de fogo, a caminhonete Hilux, dois rádios comunicadores e uma antena para comunicação via satélite.

A segunda caminhonete foi encontrada abandonada em Montes Claros de Goiás. Dentro do veículo não havia nenhuma quantidade de droga.

Falta de energia causa perdas de R$ 126 milhões ao comércio paulista

O comércio na região metropolitana de São Paulo pode ter deixado de arrecadar até R$ 126 milhões devido à falta de energia desde a última sexta-feira (3), quando uma tempestade atingiu a região, estimou a Associação Comercial de São Paulo (ACSP). Até a manhã desta terça-feira (7), 200 mil imóveis ainda estavam sem energia.

A estimativa é baseada no volume movimentado diariamente na Grande São Paulo. Na avaliação do economista da ACSP Ulisses Ruiz de Gamboa, o prejuízo se dá, principalmente, por reduções nas compras imediatas e por impulso dos consumidores, resultado das restrições no fluxo de clientes.

No total, foram 2,1 mil imóveis afetados pela falta de energia desde a tempestade, informou a concessionária Enel.

Segundo a Associação de Bares e Restaurantes (Abrasel), , até a manhã de ontem (6), 15% dos estabelecimentos afetados ainda estavam sem energia na capital. Em 23,4% dos estabelecimentos do setor, a Enel demorou mais de 24 horas para restabelecer a energia, e 46,8% dos responsáveis alegam que tiveram prejuízos de leves a moderados por causa da falta de luz.

Quase metade (49%) dos estabelecimentos considerou insatisfatória a resposta da Enel sobre o restabelecimento da energia no estado.

Fonte: Agência Brasil

Foto: Twitter/okumuraphil

Grande São Paulo ainda tem 200 mil imóveis sem energia após chuvas

Após quatro dias da tempestade que atingiu área de concessão da Enel, 200 mil imóveis continuam sem energia elétrica nesta terça-feira (7).

A empresa informou, em nota no site, que a energia foi restabelecida para 90% dos clientes que tiveram o fornecimento impactado. No total, 2,1 milhões de pessoas ficaram sem energia elétrica depois das chuvas de sexta-feira (3).

Manifestação

O Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST-SP) fez manifestação na manhã de hoje em frente ao prédio da Enel, no Morumbi. Os manifestantes exigiam a restauração do serviço de energia, a responsabilização da concessionária pelos prejuízos causados à população do estado e um plano de ação eficiente para as temporadas de chuvas.

O movimento ressaltou que entre os imóveis afetados estão estabelecimentos comerciais, escolas e até hospitais e que, em alguns bairros, ainda falta energia. O MTST denuncia o sucateamento dos serviços públicos no estado de São Paulo, apontando que a situação tem se intensificado por conta das privatizações.

“Recebemos inúmeras denúncias de comunidades inteiras sem energia por mais de 50 horas. Inúmeras pessoas perderam o pouco que tinham para comer sem qualquer retorno da empresa pelos canais de comunicação. Exigimos a retomada imediata do serviço de energia, o ressarcimento e a responsabilização pelos danos causados. O que aconteceu em São Paulo nos últimos dias é um alerta sobre resultados nefastos das privatizações dos serviços básicos no Estado de São Paulo. A Enel de hoje pode ser a Sabesp de amanhã”, disse Débora Lima, coordenadora nacional do MTST, em nota.

Fonte: Agência Brasil

Foto: Rovena Rosa

Conheça a história do leão ‘criado como cachorro’ que fugiu pelas ruas de Goiânia e matou criança

Fazer uma simples caminhada ou carinho ao lado de um cachorro é normal. Mas e com um leão? Simples não é, mas acontecia em Goiânia na década de 1980. Na época, a TV Anhanguera acompanhou o caso, que acabou em tragédia, o “rei da selva” chamado de “Guru” fugiu pelas ruas e matou uma criança

“O leão tava em cima das madeiras, de repente ele pulou, tinha uma senhora e três crianças, mas acertou só a Suzana, arrastou numa distância, mas a gente não podia fazer nada, ele tava puxando a criança, não tinha como fazer nada”, detalhou uma testemunha à TV Anhanguera na época.

g1 vasculhou as edições do jornal O Popular e assistiu reportagens da TV Anhanguera da época, que narram o dia em que aconteceu a tragédia na capital. A pequena Suzana Fernandes Junqueira, de 2 anos, foi atacada no dia 13 de junho de 1986, após o bicho fugir da loja de construção em que morava.

A repórter Mirian Tomé, que trabalhava na TV Anhanguera e cobriu o caso, disse que a menina estava brincando quando o leão atacou, começando uma longa tensão na rua para que ele fosse enjaulado.

“A polícia e o Corpo de Bombeiros tentaram enjaular o leão, uma verdadeira operação de guerra, mas o animal, assustado, se escondeu. Depois de 3 horas de muita tensão, conseguiram capturar, isso somente porque veio ao local um domador de leão de um circo que está aqui na cidade”, disse Mirian na reportagem.

Como o leão foi parar lá?

Na época, a jornalista Cileide Alves trabalhou na cobertura do caso e define o caso como uma “tragédia chocante”. A jornalista contou que o dono, o empresário Mário Ângelo Simionato, pegou o leão ainda filhote, levou para casa e criava como se fosse um animal de estimação.

“O bichinho era pequenininho, engraçadinho, dormia com os filhos dele [o dono]. À medida que foi crescendo, a família ficou preocupada porque poderia ser um risco, ele era dócil com todo mundo, mas era um leão. Eles o levaram para a loja. A loja era cercada de tela. Então você via o bicho solto nessa área, como realmente um cão de guarda da loja”, detalhou.

O leão da “Marial”, nome da loja que marcou o caso, pode ter ficado sem comer durante o fim de semana, saiu da área cercada e foi para a rua, conforme informações da época. Suzana, que era filha do porteiro de um prédio da região, deu de cara com o bicho.

“Ela viu o leão e achou bonitinho, começou a bater palma e cantar parabéns para o leão. O leão se assustou e pulou na jugular dela e a matou. Depois, o leão foi levado para o zoológico de Goiânia”, contou.

Zoológico

No ano da morte de Suzana, a repórter Mirian Tomé foi ao zoológico para acompanhar a adaptação do leão na nova casa. A reportagem mostrou que ele estranhou o ambiente e até os bichos da mesma espécie.

“Ele virou atração no zoológico, o povo ia lá ver o leão que matou a menina. Aquela curiosidade mórbida. Criou-se essa curiosidade sobre o bicho”, relembrou.

“Eu me lembro das pessoas torcendo para matá-lo. Um absurdo, mas o maior absurdo é um animal daquele estar onde estava, na condição em que estava, e a morte da menininha”, completou.

“Eu creio que ele ficou muito assustado. Ele procurou pular do recinto, mas pode ter sido pela procura de alimento também”, disse o profissional, sem o nome divulgado.

Repercussão

No velório da menina, uma testemunha contou à TV Anhanguera que o leão já havia atacado uma idosa. Ao g1, Cileide contou que a notícia ganhou repercussão nacional.

“A forma como a criança morreu e a existência de um leão em uma loja que era muito conhecida na época, chamou muita atenção. Foi um episódio bem rumoroso”, disse Cilede.

“Foi horrível, gerou muita comoção. Um animal aprisionado daquele jeito em uma área urbana, foi uma sequência de erros que gerou aquela tragédia. Na época eu fiquei muito baqueada”, completou Mirian.

Justiça

Para entender o decorrer do caso, o g1 analisou reportagens da época no jornal O Popular. Uma matéria publicada em 21 de julho de 1988 descreve que Mário foi condenado a prestar um ano de serviços em instituição de caridade pelo ataque do Guru. Advogado do empresário, Wanderley de Medeiros recorreu da decisão.

No texto, o repórter explica que o animal era criado em uma jaula na empresa Marial. A condenação original era de pena de reclusão, mas por “possuir bons antecedentes, ótima conduta social e personalidade”, o juiz a substituiu pela prestação de serviços.

Em um texto de 22 de julho de 1988, o advogado preparou um novo recurso para questionar a falta de denúncia contra o vigia da empresa.

“O vigia recebeu ordens expressas de não tocar na jaula por não possuir habilidade necessária e a convivência com o leão nos seus dois meses na empresa. Mesmo assim, descumpriu as ordens e soltou o animal para exibir a amigos e curiosos e por fim provocou a sua fuga”, detalha um trecho da reportagem. Na época, o vigia negou que abriu a jaula.

Um segundo recurso é o tema de outra matéria, publicada em 25 de agosto de 1988. O advogado apontou erros na denúncia contra Mário e pediu a absolvição do cliente.

Na sexta-feira, 27 de outubro (dessa vez, em 2023), o g1 procurou o escritório do advogado Wanderley de Medeiros, mas descobriu que ele faleceu. A reportagem pediu informações ao Tribunal de Justiça de Goiás (TJ-GO) sobre o processo, mas como é um caso que aconteceu há 37 anos, o processo não está mais disponível para acesso.

O g1 não conseguiu localizar a família do dono do leão, nem descobriu o destino dele após o zoológico. Questionada se o animal estava empalhado na unidade, a Agência Municipal de Turismo, Eventos e Lazer negou.

Fonte: G1

Foto: Reprodução

Influenciador ‘Uber Presente’, que fazia corridas fingindo ser PM e carregava réplica de fuzil no carro, é detido no RJ

Um influenciador digital, que se passava por um policial militar em Duque de Caxias, na Baixada Fluminense, foi detido por ameaçar um passageiro durante uma viagem. No momento da abordagem, ele usava um falso uniforme da PM, segundo a corporação.

Willian Rodrigo Peixoto, de 38 anos, produz vídeos nas redes sociais onde se apresenta como “Uber Presente”, um agente que está trabalhando como motorista de aplicativo. Ele não pertence à corporação.

A Uber informou que a conta dele foi banida e o motorista não dirige há 4 meses pelo aplicativo.

Já Willian disse que foi levado para a delegacia e, após prestar esclarecimentos, foi liberado

Militares do 22º BPM (Maré) estavam em patrulhamento na Avenida Brigadeiro Lima e Silva quando foram acionados por um homem que alegou ter sido ameaçado pelo “Uber Presente”.

Os agentes encontraram o influenciador e perceberam que ele estava vestido como policial militar. Ele também carregava réplicas de fuzil e de pistola, colete à prova de balas, rádio e outros materiais.

Ao ser abordado, Peixoto se apresentou como produtor de conteúdo digital. Ele foi conduzido à 59ª DP (Caxias), para onde o material apreendido foi encaminhado, e autuado por ameaça. De acordo com a PM, ele já possui anotação criminal por lesão corporal.

Em um dos seus vídeos, Peixoto busca um passageiro em frente ao Degase da Ilha do Governador, unidade que recebe jovens com menos de 18 anos de idade que cumprem medidas socioeducativas. O passageiro coloca a comunidade do Dendê, também na ilha, como destino.

Ao perceber que o motorista está com a farda da PM, o passageiro se desespera e pede para que o motorista pare o carro.

Nota da Uber

“Apesar do nome da Uber ser usado pelo motorista em suas redes sociais, sabemos que popularmente o nome da empresa é usado como sinônimo para toda a categoria de aplicativos de mobilidade, bem como sinônimo da atividade de quem utiliza os apps para gerar renda. Por isso é fundamental verificar os dados para saber se o caso tem ou não relação com o aplicativo, e para que a empresa possa verificar o que ocorreu.

No caso do motorista em questão, a empresa informa que a conta do motorista está banida da plataforma e ele não dirige mais há 4 meses pelo app.”

Nota de esclarecimento do influenciador

“Nesta quinta feira, 19/10/2023, Willian Rodrigo Peixoto conhecido como “PEIXOTO” por postar vídeos com conteúdo humorístico em suas redes sociais, foi conduzido à delegacia após ser abordado pela Polícia Militar. Diante das informações falsas veiculadas pela imprensa, o humorista esclarece que não houve prisão em flagrante mas sim condução à Delegacia de Polícia para prestar os devidos esclarecimentos e maiores averiguações acerca do material encontrado. Após prestar aclaramentos foi liberado pela PCERJ e se mantém a disposição das Autoridades para colaborar com a elucidação dos fatos no que for necessário.

Outrossim, o humorista no momento da abordagem não estava utilizando a farda como alguns veículos de imprensa mencionam e não foi preso em flagrante.

Devido às recentes postagens espalhadas nas redes sociais e até mídias jornalísticas a imagem do humorista está sendo utilizada de forma indevida e irresponsável vez que trazem informações INVERÍDICAS. Ressalto que as informações veiculadas serão devidamente esclarecidas no bojo do devido processo legal.

No mais, a intenção do humorista sempre foi levar ao público entretenimento e lamenta que tal atitude, mal-intencionada dos veículos de imprensa, tenham vinculado a sua imagem a postagens sem procedência.

Fonte: G1