Saúde

Brasil recebe lote de medicamento para tratar câncer de mama no SUS

O Ministério da Saúde recebeu, nesta segunda-feira (13), o primeiro lote do medicamento trastuzumabe entansina, incorporado ao Sistema Único de Saúde (SUS), em 2022, para o tratamento do câncer de mama. O remédio é indicado para quem ainda continuou com a doença após a quimioterapia inicial, geralmente em casos de câncer de mama HER2-positivo em estágio 3, informou a pasta.

Nesta primeira remessa, chegaram 11.978 unidades. Ao todo, serão quatro lotes do medicamento, sendo que as próximas entregas estão previstas para dezembro deste ano, março e junho do ano que vem. Segundo o ministério, os insumos atenderão a 100% da demanda atual pelo medicamento no SUS. Ainda em 2025, 1.144 pacientes devem ser beneficiados.

O medicamento será repassado às secretarias estaduais de Saúde, que farão a distribuição de acordo com os protocolos clínicos vigentes. O investimento total do governo federal é de R$ 159,3 milhões para a compra de 34,4 mil frascos-ampola do medicamento.

O diretor do Departamento de Atenção ao Câncer do Ministério da Saúde, José Barreto Campello Carvalheira, falou à imprensa, no local em que a carga foi recebida, no almoxarifado do Aeroporto Internacional de Guarulhos (SP).

“É gigantesco o avanço para a oncologia nacional. É uma medicação que vai reduzir em 50% a mortalidade das pacientes que têm HER2- positivo, que é um tipo de câncer de mama. É uma grande vitória do povo brasileiro. O Ministério da Saúde fica orgulhoso de poder estar fazendo essa entrega hoje dentro do Outubro Rosa”, disse o diretor.

“Nas pacientes que ficam com restos tumorais, no câncer de mama, você pode colocar [esse medicamento] agora à disposição para fazer um novo tratamento. Ele garante 50% de redução de mortalidade, 50% menos recidiva local, é realmente um grande avanço, é diminuição de mortalidade”, explicou. Segundo Carvalheira, a previsão é que o medicamento chegue aos pacientes já a partir deste mês, até o começo de novembro.

Fonte: Agência Brasil

Foto: Rovena Rosa

Anvisa proíbe venda de produtos de cannabis e de cogumelos

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) proibiu a venda de produtos à base de cannabis e de cogumelos fabricados por três empresas que não possuem registro ou autorização de funcionamento.

A medida foi publicada no Diário Oficial da União (DOU) da última quinta-feira (9). Os vetos atingem as companhias Hemp Vegan e Cannafy, de produtos derivados de cannabis, e De Volta às Raízes, que produz suplementos de cogumelos.

Segundo a Anvisa, os produtos foram identificados durante ações de fiscalização e não atendem aos requisitos de segurança, qualidade e procedência exigidos para comercialização no país.

As determinações incluem a supensão imediata de fabricação, divulgação e venda dos produtos em território nacional. A agência também recomendou que consumidores evitem o uso e denunciem ofertas irregulares em sites e redes sociais.

Hemp Vegan e Cannafy são alvo da Anvisa

A Hemp Vegan teve a comercialização de oito produtos derivados de cannabis proibida, incluindo bálsamos, gomas e óleos de CBD. A Anvisa informou que os itens são fabricados por empresa desconhecida e não têm registro sanitário.

A Cannafy Serviços de Internet também foi citada na resolução. A empresa comercializava marcas estrangeiras sem registro brasileiro. Veja a lista de produtos proibidos:

  • Produtos com Fitocanabinoides (CBG, CBG, CBDA) – Marca Hemp Vegan (todos);
  • Bálsamos Tópicos de CBD – Marca Hemp Vegan (todos);
  • Gotas de CBD Fullspectrum Vegano – Marca Hemp Vegan (todos);
  • CBD Gummies Fullspectrum – Marca Hemp Vegan (todos);
  • CBD Paste Fullspectrum Vegan – Marca Hemp Vegan (todos);
  • CBD + CBG Drops – Marca Hemp Vegan (todos);
  • CBD + Cbda Fullspectrum – Marca Hemp Vegan (todos);
  • Parches Musculares – 50 mg de CBD – Marca Hemp Vegan (todos);
  • Todos os produtos da CBDM Gummy – vendidos pela Cannafy;
  • Todos os produtos da Canna River – vendidos pela Cannafy;
  • Todos os produtos da Rare Cannabinoid – vendidos pela Cannafy.

Em nota publicada no site, a Cannafy afirmou que não fabrica nem comercializa produtos de cannabis no Brasil. A empresa informou que apenas intermedeia o contato entre pacientes e fornecedores estrangeiros, em conformidade com a Resolução RDC 660/2022.

A Hemp Vegan não se posicionou publicamente. A Anvisa reforçou que o comércio de qualquer produto sem autorização constitui infração sanitária, sujeita a apreensão e multa.

Cogumelos também entram na lista

A Anvisa estendeu as proibições à empresa De Volta às Raízes, que comercializava suplementos feitos com cogumelos sem registro. A medida abrange o armazenamento, a fabricação e a importação de todos os lotes dos produtos.

Veja a lista com os itens proibidos:

  • Cogumelo Tremella (todos);
  • Cogumelo Reish (todos);
  • Cordyceps Militaris (todos);
  • Cogumelo do Sol (todos);
  • Cogumelo Juba de Leão (todos);
  • Cogumelo Chaga (todos);
  • Cogumelo Cauda de Peru (todos).

Segundo a agência, nenhum deles tem cadastro sanitário ou autorização para uso medicinal. A empresa afirma em seu site que os cogumelos são usados na medicina tradicional Chinesa e que estariam dispensados de registro. A Anvisa, porém, esclareceu que a regra não se aplica a produtos de uso terapêutico com alegações de saúde.

Fonte: Metrópoles

Foto: Gustavo Moreno

 

Botucatu participa da Campanha Estadual de Multivacinação para crianças e adolescentes até 31 de outubro

A Secretaria Municipal de Saúde de Botucatu está engajada na Campanha de Multivacinação promovida pela Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo, que segue até o dia 31 de outubro. A iniciativa é voltada para crianças e adolescentes menores de 15 anos, com o objetivo de colocar em dia as cadernetas e ampliar a cobertura vacinal no município.

Durante todo o período da campanha, todas as vacinas do Calendário Nacional de Vacinação estarão disponíveis nas Unidades de Saúde da cidade. Entre os imunizantes ofertados estão BCG, hepatite B, penta, poliomielite, rotavírus, pneumocócica 10V, meningocócicas C e ACWY, influenza, Covid-19, febre amarela, tríplice …

Horários e locais:
As Unidades de Saúde funcionam de segunda a sexta-feira, das 8h às 17h. Já as Salas de Vacinação Noturna funcionam das 18h às 21h30, nos seguintes locais:

– Centro de Saúde Escola (CSE) – Rua Dr. Gaspar Ricardo, 181 – Vila dos Lavradores
– Centro de Saúde Integral (CSI) – Rua Rafael Sampaio, 58 – Centro

A Secretaria reforça a importância de que pais e responsáveis levem a caderneta de vacinação no momento da visita, para que os profissionais possam avaliar as vacinas pendentes e garantir a proteção completa dos jovens.

Brasil recebe 2,5 mil unidades de fomepizol, antídoto contra metanol

O Ministério da Saúde recebeu nesta quinta-feira (9), no Aeroporto de Guarulhos (SP), uma remessa com 2,5 mil unidades do antídoto fomepizol, usado no tratamento de pacientes com metanol no organismo. A substância detectada tem sido ingerida junto com bebidas alcoólicas adulteradas, produzidas de maneira clandestina.

É a primeira remessa desse antídoto a chegar ao Brasil. Ao todo, 1,5 mil unidades já começam a ser distribuídas ainda hoje, sendo priorizado o estado de São Paulo, que registra o maior número de casos de intoxicação pela substância. A unidade federativa receberá 288 unidades do medicamento.

O restante do lote será destinado a outras localidades com ocorrências confirmadas: Pernambuco (68 unidades), Paraná (84), Rio de Janeiro (120), Rio Grande do Sul (80), Mato Grosso do Sul (20), Piauí (24), Espírito Santo (28), Goiás (52), Acre (16), Paraíba (28) e Rondônia (16).

Distribuição aos estados
Unidade federativa Quantidade
São Paulo 288
Minas Gerais 152
Rio de Janeiro 120
Bahia 104
Paraná 84
Rio Grande do Sul 80
Pernambuco 68
Ceará 64
Pará 60
Santa Catarina 56
Goiás 52
Maranhão 48
Amazonas 32
Espírito Santo 28
Mato Grosso 28
Paraíba 28
Alagoas 24
Piauí 24
Rio Grande do Norte 24
Distrito Federal 20
Mato Grosso do Sul 20
Acre 16
Amapá 16
Rondônia 16
Roraima 16
Sergipe 16
Tocantins 16
Total 1.500

O envio terá continuidade amanhã (10), estendido a todo o país, inclusive em locais sem casos comunicados às autoridades. A pasta ainda manterá mil ampolas de fomepizol guardadas em estoque.

Os estados poderão demandar novas remessas, conforme sua necessidade e surgimento ou alta de casos. Em nota, o ministério esclarece que o quantitativo foi definido a partir de dados demográficos oficiais, do último Censo, elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

A aquisição do lote foi realizada com a subsidiária de uma companhia japonesa. A compra foi viabilizada pelo Fundo Estratégico da Organização Pan-Americana da Saúde (Opas).

O presidente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa), Leandro Safatle, destacou que o órgão já iniciou o treinamento de 5 mil agentes de vigilância, policiais e funcionários do Ministério da Agricultura para prepará-los para o enfrentamento das ocorrências. A ação é fruto de uma parceria firmada com a pasta e a Sociedade Brasileira de Produtores de Bebida.

“A gente está qualificando os servidores da vigilância sanitária para poder proceder diante desse tipo de situação e ajudando no processo de fiscalização e entrega de amostras aos laboratórios para análise”, explicou Safatle.

 

São Paulo (SP), 09/10/2025 - Ministério da Saúde recebe lote com 2,5 mil unidades do antídoto fomepizol.
Foto: Pulo Pinto/Agência Brasil
A coordenadora de Inovação, Acesso a Medicamentos e Tecnologias para a Saúde da Opas, Ileana Fleitas, a secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Mariângela Simã, e o presidente da Anvisa, Leandro Safatle, na chegada da remessa com 2,5 mil unidades do antídoto fomepizol – Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

A secretária de Vigilância em Saúde e Ambiente do Ministério da Saúde, Mariângela Simão, destacou que a população já tem acesso ao etanol farmacêutico, e agora o governo está oferecendo uma alternativa, que é o fomepizol. Ela acrescentou que a intoxicação pode ser constatada não somente por exames que mostrem a presença de metanol no corpo, mas por outros, também laboratoriais, como o de gasometria.

Segundo a secretária, à medida que foram surgindo mais casos, as autoridades de saúde viram que a substância tóxica fazia os pacientes adoecerem em um intervalo menor.

“O ministério ampliou a suspeita do caso de seis a 72 horas após a ingestão [da bebida], porque estava observando pessoas entrando [na unidade de saúde, à procura de atendimento] com seis horas, oito horas”, relatou.

Perguntada sobre a quantidade de unidades de antídoto dada a cada pacientes Mariângela Simão informou que o cálculo é de cerca de 30 ampolas de etanol farmacêutico. Já em relação ao fomepizol, a estimativa é de quatro. Os números variam de acordo com fatores como o peso da pessoa e os sintomas que ela apresenta.

O fomepizol é uma droga produzida em pouca quantidade, motivo pelo qual é rara em todo o mundo e é classificada como medicamento órfão. Para garantir que os brasileiros tenham acesso, esclareceu Mariângela Simão, o governo comprará 5 mil unidades adicionais, que poderão servir por um prazo de dois anos, tendo em vista seu prazo de validade.

Etanol farmacêutico

Além do fomepizol, outra substância capaz de reverter a intoxicação é o etanol farmacêutico, que pode ser administrado por equipes de saúde antes mesmo da confirmação do quadro por exame laboratorial. O etanol farmacêutico exige prescrição e monitoramento médico, não devendo ser comprado e aplicado pela população em geral.

A pasta irá receber 12 mil ampolas desse tipo de antídoto como doação da empresa brasileira Cristália Produtos Químicos e Farmacêuticos. As unidades se somarão às 4,3 mil entregues aos estoques do SUS pelos hospitais universitários federais, em parceria com a  Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh).

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Fonte: Agência Brasil
Foto: Paulo Pinto/Agência Brasil

Botucatu intensifica combate à Leishmaniose após casos em cães em Rubião Júnior

A Vigilância Ambiental em Saúde de Botucatu (VAS) vai iniciar um inquérito sorológico em Rubião Júnior na próxima segunda-feira (13) para monitorar e conter o avanço da Leishmaniose Visceral. A ação foi motivada pela confirmação de três casos autóctones da doença em cães no distrito.

O inquérito, que consiste na coleta de amostras de sangue de cães para detectar a presença da Leishmania, será realizado nas residências de Rubião Júnior, começando pelo Jardim Botucatu. A VAS planeja coletar cerca de 600 amostras e encaminhá-las para análise no Instituto Adolfo Lutz.

A colaboração dos moradores é fundamental para o sucesso da iniciativa. A Vigilância Ambiental solicita que os tutores de cães recebam as equipes de saúde em suas casas e sigam as orientações de prevenção. Em caso de dúvidas, a VAS disponibiliza o telefone (14) 98120-1933.

Essa ação de monitoramento é crucial para proteger a população de Botucatu, já que os cães são os principais reservatórios da Leishmaniose, e os mosquitos-palha, os vetores da doença.

Campanha Nacional de Multivacinação começa hoje em todo o país

Crianças e adolescentes com idade até 15 anos já podem atualizar a caderneta nacional de vacinação. Até o dia 31 de outubro, todas as vacinas previstas no Calendário Nacional de Vacinação 2025 estarão disponíveis em todo o país.

Segundo o Ministério da Saúde, neste mês das crianças foram disponibilizadas mais de 6,8 milhões de doses, além do repasse de R$ 150 milhões às gestões de saúde locais, para organização das ações nos territórios.

Durante o lançamento da campanha de 2025, no início do mês, o ministro da Saúde, Alexandre Padilha, destacou a segurança e a eficácia das doses utilizadas no país para o controle de doenças preveníveis pela vacinação.

“Quero relembrar aos pais e mães que eles só não tiveram paralisia infantil, só não tiveram meningite, só não tiveram doenças extremamente graves porque, um dia, seu pai e sua mãe enfrentaram situações muito mais difíceis do que hoje para te vacinar – numa época em que as vacinas não estavam todos os dias nas unidades básicas de saúde e, muitas vezes, só chegavam no dia da campanha nacional daquela doença”, disse o  ministro.

Agora, foram disponibilizadas doses das vacinas:

BCG

Hepatite B

Penta (DTP/Hib/HB)

Poliomielite inativada

Rotavírus

Pneumocócica 10 valente (conjugada)

Meningocócica C (conjugada) / Meningocócica ACWY (conjugada)

Influenza

Covid-19

Febre amarela

Tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola)

Varicela

DTP

Hepatite A

HPV

Campanha é reforçada

Para reforçar a campanha junto aos pais e responsáveis pelas crianças e adolescentes, o Ministério da Saúde fará chamadas por meio do aplicativo Meu SUS Digital, com expectativas de alcance de 40 milhões de pessoas. A ferramenta é gratuita e está disponível para web e nas versões iOS e Android. Para acessar é necessário possuir conta Gov.br.

No ambiente do aplicativo é possível acessar a Caderneta Digital de Saúde da Criança e também acompanhar a situação vacinal, com a previsão de próximas doses e atualização em tempo real.

Cobertura Vacinal

Para o Ministério da Saúde, a campanha faz parte de um esforço nacional de recuperação vacinal com resultados já percebidos nos últimos anos.

O órgão federal aponta que – de 2022 a 2024 – houve um crescimento de 17% na imunização de crianças menores de dois anos contra a pólio e expansão de 40% na vacinação da tríplice viral (sarampo, caxumba e rubéola).

Para a proteção contra o sarampo, que registra um crescimento de casos na América do Norte, região que concentra 99% dos sete mil registros das Américas, o Brasil vai reforçar a imunização contra a doença entre a população de todas as idades. As doses foram disponibilizadas para pessoas de 12 meses a 59 anos de idade.

Dia D

No próximo dia 18 de outubro, haverá o Dia D de mobilização, com horário especial de funcionamento dos postos de saúde de todo o país.

“Todos os dias são dias de vacinação nas Unidades Básicas de Saúde (UBS), mas o 18 de outubro será uma oportunidade estratégica para mobilizarmos, juntamente com estados e municípios, as localidades com maior concentração de crianças, garantindo que todas sejam protegidas durante o Dia D”, finalizou Padilha.

Fonte: Agência Brasil

Foto: Tânia Rêgo

FMVZ/Unesp vai sediar novo centro de pesquisa financiado pela Fapesp

Proposta do “Cetras Universitário: Cempas” foi contemplada pelo programa Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCDs)

No dia 29 de setembro de 2025, as professoras Sheila Canevese Rahal e Cláudia Valéria Brandão, do Departamento de Cirurgia Veterinária e Reprodução Animal da Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia (FMVZ) da Unesp, câmpus de Botucatu, participaram de um evento promovido pela Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de São Paulo (Fapesp), no qual foram divulgados os novos Centros de Ciência para o Desenvolvimento (CCDs) aprovados pela instituição.

Ao todo, a Unesp vai ser a sede de quatro novos CCDs financiados pela Fapesp. Com duração de três cinco anos, o programa da Fapesp busca no conhecimento científico as soluções para questões sociais prementes, em parceria com secretarias estaduais e órgãos de governos, podendo congregar também o apoio de entidades privadas e do terceiro setor.

As propostas lideradas pela Unesp perfazem pouco mais de R$ 40 milhões para o financiamento dos novos quatro CCDs, que contemplam, além da FMVZ, em Botucatu, unidades dos câmpus universitários de São Paulo, Bauru e Tupã.
Na FMVZ, o CCD vai ser abrigado no Cempas (Centro de Medicina e Pesquisa em Animais Selvagens), hoje reconhecido como Centro de Triagem e Reabilitação (Cetras) universitário e habilitado a receber, identificar, avaliar, reabilitar e destinar espécimes da fauna silvestre e da fauna exótica. A instituição pública parceira neste CCD é a Secretaria de Meio Ambiente, Infraestrutura e Logística do Estado de São Paulo (Semil), que abriga, entre outros órgãos, o DER (Departamento de Estradas e Rodagens), um ator importante do dia a dia do Cempas, que reabilita animais atropelados nas rodovias paulistas.

Além de permitir o avanço do conhecimento por meio das pesquisas com animais selvagens, o CCD “Cetras Universitário: Cempas” vai contribuir para mitigação da perda da biodiversidade no Estado de São Paulo.
As atividades de pesquisa serão conduzidas por docentes e discentes do Programa de Pós-Graduação em Animais Selvagens da FMVZ, bem como por alunos de graduação da unidade e do Instituto de Biociências (IB) da Unesp, câmpus de Botucatu.

A professora Sheila Canevese Rahal atuará como Pesquisadora Responsável e a professora Cláudia Valéria Brandão como Pesquisadora Principal do Centro. Os pesquisadores Associados serão os professores Bruno Cesar Schimming, Maria Jaqueline Mamprim, Alessandra Melchert, Felipe Fornazari, Renata Navarro Cassu e Tais Harumi de Castro Sasahara. A pesquisadora associada do ente público será Patrícia Locosque, bióloga e coordenadora de Fauna Silvestre da Secretaria do Meio Ambiente.

Cabe destacar que o recebimento e atendimento dos animais selvagens é um desafio público constante e de interesse da Subsecretaria de Meio Ambiente, no ítem “Manutenção da biodiversidade, processos e serviços ecossistêmicos”.
“As pesquisas desenvolvidas com os animais silvestres são de grande importância no contexto da preservação ambiental e saúde. Tais pesquisas podem contribuir em vários aspectos, devido à inter-relação com a saúde única, educação, equilíbrio do ecossistema e necessidade da preservação das espécies, especialmente as ameaçadas de extinção ou já em extinção”, afirma a professora Sheila. “A aprovação do Cempas como Centro de Ciência para o Desenvolvimento pela Fapesp constitui um reconhecimento da proposta, que articula diferentes áreas do conhecimento para a geração de soluções aplicadas à conservação da biodiversidade”, complementa a professora Claudia Valéria.

Presente ao lançamento, a reitora Maysa Furlan destacou a abrangência territorial da Unesp, distribuída por 24 cidades paulistas, como um ponto de grande aderência ao programa da Fapesp. “Nós estamos em 24 cidades e conhecemos muitas vezes o problema e o potencial da nossa universidade para resolver essas questões. Penso que a Unesp tem uma aderência muito grande para o programa porque detém um espaço territorial que outras universidades não detêm. Consequentemente, interage e conhece os problemas”, disse a reitora, que em seu discurso destacou também a importância da preservação da autonomia para a prática universitária.

(Na foto, a partir da esquerda, professoras Sheila Canevese Rahal, Maysa Furlan (Reitora da Unesp) e Cláudia Valéria Brandão)

Ministério da Saúde vai comprar 150 mil antídotos contra intoxicação por metanol

O Ministério da Saúde comprará, em caráter emergencial, antídotos contra intoxicações por metanol, a serem utilizados por estados e municípios para o tratamento de vítimas que tenham tomado bebidas alcoólicas adulteradas.

O governo pretende adquirir 150 mil ampolas de etanol farmacêutico, além da possibilidade de adquirir Fomepizol junto a produtores e agências internacionais. O anúncio foi feito pelo ministro da Saúde, Alexandre Padilha, via redes sociais.

“Determinamos a compra emergencial de 150 mil ampolas de etanol farmacêutico para reforçar estados e municípios no tratamento de vítimas. A Anvisa também acionou produtores e agências internacionais para adquirir Fomepizol, outro antídoto usado em casos de intoxicação”, postou o ministro.

Na quinta-feira (2), Padilha detalhou ações estratégicas de enfrentamento a esse tipo de intoxicação, durante reunião da sala de situação, criada pelo governo federal visando o monitoramento e a coordenação das iniciativas, em meio aos casos de suspeita e contaminação que vêm sendo identificados.

“O Ministério da Saúde estruturou, em parceria com a Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares (Ebserh), um estoque estratégico em hospitais universitários federais e serviços do SUS com 4,3 mil ampolas de etanol farmacêutico. Além disso, está em andamento a compra emergencial de mais 5 mil tratamentos (150 mil ampolas), garantindo a reposição e distribuição do produto conforme a necessidade de estados e municípios”, informou o ministério.

Chamada Pública

De acordo com a pasta, a Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) fez uma chamada pública para identificar “fornecedores internacionais do fomepizol, medicamento específico para intoxicação por metanol, atualmente não disponível no Brasil”.

Esta ação vai mobilizar as 10 maiores agências reguladoras do mundo para que indiquem, em seus países, quais são os produtores do fomepizol.

O governo oficializou também um pedido à Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) para a doação imediata de 100 tratamentos de fomepizol.

Precaução

O ministério manifestou a intenção de adquirir outras 1 mil unidades do medicamento por meio da linha de crédito do Fundo Estratégico da Opas, o que poderá ampliar ainda mais o estoque nacional.

Ao anunciar as medidas, Padilha disse que esses pedidos e compras de antídotos estão sendo feitos por precaução.

“Nos últimos anos, não ultrapassamos 20 casos por ano, mas temos observado um registro maior no estado de São Paulo. Essas são medidas preventivas do Ministério da Saúde”, disse o ministro.

Casos suspeitos

Até a tarde de quinta-feira (2), o Brasil havia registrado 48 casos suspeitos de intoxicação por metanol. Outros 11 casos já haviam sido confirmados por meio de detecção laboratorial pelo Centro de Informações Estratégicas e Resposta de Vigilância em Saúde (Cievs), segundo a Sala de Situação instalada pelo governo federal

Apenas uma morte decorrente desse tipo de intoxicação foi confirmada pelo Ministério da Saúde no estado de São Paulo. Mais sete óbitos seguem em investigação, sendo dois em Pernambuco e os outros cinco também em São Paulo.

Fonte: Agência Brasil

Foto: Rafael Nascimento