A Polícia Civil de Bauru, por meio da Delegacia de Defesa da Mulher (DDM), prendeu, nesta quarta-feira (21), um homem de 47 anos por divulgar fotos íntimas da ex-namorada, de 49 anos, sem o consentimento dela. Segundo a delegada responsável pelo inquérito, Luciana Claro Rodrigues, o investigado não aceitava o fim do namoro de dois anos e perseguia a vítima há cerca de 12 meses, descumprindo, inclusive, medidas protetivas.
De acordo com o boletim de ocorrência (BO), as imagens pessoais – segundo a mulher, também feitas sem o consentimento dela – foram enviadas pelo WhatsApp a familiares, funcionários da empresa dela e até a pastores da igreja que ela frequenta, com o intuito de desmoralizá-la.
Ainda segundo o documento, a vítima narra que, antes disso, o ex-namorado também enviava mensagens caluniosas sobre ela a amigos e parentes – em uma das vezes, mandou 200 mensagens a uma das colaboradores dela -, além de gritar ofensas e palavras de baixo calão em frente à residência dela e deixar bilhetes no carro da mesma, quando o automóvel estava estacionado em via pública, mesmo ciente do deferimento de medida protetiva de urgência, que proíbe tais condutas.
A vítima contou, ainda de acordo com o BO, que passou a usar somente transporte por aplicativo com receio de ter o carro reconhecido pelo homem, deixou de ir à academia e, à igreja, só ia acompanhada. A delegada que preside o inquérito complementa que, neste período, o investigado enviou mensagens de áudio em tom de ameaça, dizendo que a mulher “ia pagar” e que “não ia deixar barato”.
Como a medida protetiva se mostrou insuficiente para paralisar as práticas delitivas do acusado, Luciana Claro Rodrigues representou pela prisão preventiva do mesmo, decretada pela Justiça em 16 de junho último. O homem, então, se apresentou na delegacia na quarta-feira (21), quando foi cumprido o mandado judicial. Ele foi encaminhado ao Centro de Detenção Provisória (CDP) de Bauru. Já o celular dele foi apreendido para perícia.
“A divulgação de fotos íntimas de pessoas sem o consentimento delas é crime e pode colocar o autor atrás das grades. Esperamos que esse caso sirva de exemplo para mostrar que essa atitude não fica impune e evitar que tenham novas vítimas”, conclui a delegada.
Fonte: JCNET
Foto: Larissa Bastos