A Liga Árabe, um grupo de Estados da região do Oriente Médio, readmitiu a Síria depois de 11 anos de sua exclusão do bloco, que ocorreu após a repressão de protestos contra o seu presidente, Bashar al-Assad.
Contexto: Em 2011, esse movimento popular se transformou em uma longa guerra, com mais de 500 mil mortos e milhões de refugiados. Na época, vários estados do Golfo apoiaram grupos rebeldes para derrubar Assad do poder.
Agora, a inclusão da Síria na liga é um esforço para normalizar os laços com o presidente do país. Inclusive, vários estados árabes — como os Emirados Árabes Unidos — pressionaram por essa volta.
Por que a reconciliação?
O clima de paz com Bashar al-Assad foi favorecido pela solidariedade internacional diante do devastador terremoto de fevereiro, que deixou mais de 50 mil mortos entre a Turquia e a Síria.
Outra razão para essa volta é a percepção de que a Síria não representa mais um risco pra região. Isso porque, há uma década, o país de Assad estava tomado pela organização terrorista do Estado Islâmico.
Agora, para financiar a sua reconstrução depois de mais de 10 anos de conflito, Damasco — a capital da Síria — aposta na plena normalização com os países árabes, principalmente as monarquias ricas do golfo.
👀 Polêmica: De acordo com uma investigação, nesse tempo, a Síria conseguiu se manter financeiramente graças à exportação de captagon, uma droga que gerou uma indústria ilegal de mais de US$ 10 bi.
Fonte: The News