A decisão da Secretaria de Desenvolvimento Econômico da Prefeitura de Botucatu em alugar um imóvel para abrigar seus serviços, medida esta anunciada recentemente pelo secretário Luis Bravin, tem provocado forte reação negativa nas redes sociais por parte da população local. A controvérsia gira em torno do fato de que os serviços da secretaria já funcionam em prédios públicos, muitos deles ociosos, o que levanta questionamentos sobre a necessidade e a prioridade para este gasto público.
O contrato de aluguel, firmado com o Grupo Phênix – empresa conhecida na cidade –, prevê o pagamento de mais de R$ 120 mil ao ano, valor considerado elevado por diversos cidadãos.
Nas redes sociais, moradores e usuários dos serviços públicos manifestaram críticas severas à gestão municipal.
Adalberto Oliveira comentou: “um gasto desnecessário que deveria ser destinado à saúde, especialmente ao PS adulto da cidade“. Rodrigo Bernardo reforçou a ideia de que a prefeitura poderia revitalizar algum dos prédios próprios que estão disponíveis, evitando despesas extras: “O que estamos questionando é que não precisava alugar nada, pois temos muitos prédios próprios. Era só revitalizar um deles e pronto.”
Outros cidadãos também demonstraram descontentamento com o direcionamento dos recursos públicos. Beatriz Zambonato destacou que, enquanto a prefeitura investe em mudanças consideradas supérfluas, creches da cidade permanecem em condições precárias, com infraestrutura inadequada e insegura para as crianças. Já William dos Santos Conceição questionou o valor mensal do aluguel e a escolha do locador: “Como se R$ 10 mil por mês fosse pouco, e tirar de um prédio próprio para pagar aluguel nesse valor é inadmissível. E por que a Phênix?
Alguns outros relatos expressaram a insatisfação com a atual gestão, ressaltando a percepção de má administração:
Wagner Nunes Godoi disse: “A verdade é que esse prefeito tá servindo nem pra varrer rua. Não tem se quer uma coisa boa que fez desde o dia que assumiu.”
Eva Serafim Cunha afirmou: “O problema não é a empresa que alugou o imóvel e sim um senhor que administra a cidade… dinheiro público que poderia ser usado em outra área, como a saúde.”
Jhulius Cruzz comentou: “O povo não está nem um pouco contente com seu desempenho, vai voltar a política dos aluguéis? Melhor começar a ouvir o povo que votou em você.”
Mi Caroline alertou: “Prefeitura tem vários imóveis que poderiam ser usados. Fazer isso sem licitação é um gasto desnecessário!”
Marcos Ernandes criticou: “Tem que tirar esse prefeito, não vai fazer nada pra cidade, só vai gastar.”
José Luiz Zézo resumiu: “Triste início de gestão.”
Vanessa Burin destacou: “Dinheiro gasto sem a mínima necessidade! Deixa como está, o povo se virou até agora, por que precisa de um prédio de luxo?”
Rodrigo Fajardo sintetizou a opinião popular com a hashtag: “#piorprefeitodebotucatu.”
A suspeita de favorecimento político também foi levantada por vários internautas, que citaram a falta de licitação para o contrato e possíveis relações entre o poder público e o grupo locador. “Velha política. Prefeito dos amigos“, escreveu Danilo Junior, enquanto Gustavo Bilo classificou a situação como “imoral” e “cartas marcadas”.
Por outro lado, alguns poucos apoiadores da atual gestão defenderam a medida, ressaltando que a mudança visa centralizar e melhorar o atendimento, embora estes tenham sido minoria diante da ampla insatisfação.
Além da questão financeira, a logística do local foi outro ponto criticado. Patricia Cardoso de Lima lembrou que o imóvel oferece poucas vagas de estacionamento, que provavelmente serão ocupadas pelos funcionários, dificultando o acesso do público. Outros usuários comentaram que existem diversos prédios públicos em estado de abandono ou pouco uso, como a Pinacoteca e o espaço cultural, que poderiam ser aproveitados para os serviços da secretaria.
A Prefeitura de Botucatu ainda não se manifestou oficialmente sobre a repercussão negativa. O secretário Luis Bravim, autor da autorização do aluguel, afirmou em nota que a medida visa garantir melhor estrutura e atendimento, sem detalhar o motivo pelo qual não foram utilizados imóveis públicos já existentes.
Diante da repercussão, a população segue acompanhando o tema com atenção e promete continuar cobrando transparência e prioridade na aplicação dos recursos públicos.