Tecnologia

Alunos da Rede Municipal tem aulas de Robótica

Teve início nesta semana as atividades da Escola de Robótica, uma parceria da Secretaria Municipal de Educação e o SESI (Serviço Social da Indústria) Botucatu, com a participação de alunos dos 4º anos de três escolas de tempo integral da Rede Municipal de Ensino.

As escolas participantes são: EMEFI Hernani Donato, EMEFI Profª Jesumina Domene dal Farra e EMEFI Nair Amaral.

“A Secretaria Municipal de Educação está ligada com o futuro da Educação e esta parceria com o Sesi potencializará as habilidades de nossos alunos através da tecnologia e irá capacitá-los para as futuras profissões”, concluiu Cristiane Amorim, Secretaria Municipal de Educação.

Denominado “Curso Kids Programmers – 8 a 11 anos”, a formação oferece encontros semanais na sala de Informática na Escola Sesi.

“O objetivo da Escola de Robótica é promover cursos de iniciação em programação, automação e princípios da robótica, atendendo à necessidade de ampliar o desenvolvimento da aprendizagem nas seguintes competências: pensamento científico, crítico e criativo; pensamento computacional; resolução de situação-problema; cultura Maker e projetos de autoria; e trabalho em equipe”, explicou Israel Queiroz, professor de Robótica do SESI.

OAB SP divulga edital para ‘Marketplace de Legaltechs’

A Ordem dos Advogados do Brasil seção São Paulo (OAB SP), por meio de sua Comissão de Privacidade e Proteção de Dados, torna público o edital de criação do “Marketplace de Legaltechs da OAB SP”, para credenciamento de empresas de tecnologia, consultorias e legaltechs* interessadas em oferecer serviços e soluções inovadoras para o mercado jurídico, com o objetivo de fortalecer a advocacia.

A implementação dessa plataforma digital também visa aprimorar o trabalho – com foco, mas sem se limitar – da Jovem Advocacia, com disponibilização de descontos e outros benefícios para a utilização das ferramentas, serviços e produtos tecnológicos, para fortalecer sua atuação profissional.

O programa visa, ainda, fomentar o empreendedorismo no Estado por meio de atividades da advocacia, pela mobilização e articulação institucional dos atores presentes nos ecossistemas locais, estaduais e nacionais, para facilitar o acesso às ferramentas e inovações que darão suporte às suas atividades profissionais, em especial, a jovens advogadas e advogados em início de carreira.

Segundo o presidente da Comissão de Privacidade e Proteção de Dados, Solano de Camargo, a OAB SP espera que, em pouco meses, o Marketplace de Legaltechs seja o maior ecossistema de inovação jurídica do Brasil.

Cadastramento

A ficha de intenção para solicitar credenciamento na plataforma deverá ser enviada, exclusivamente, por meio deste formulário: https://forms.gle/mLswvq8aHsH5j6ga6.

As propostas recebidas serão avaliadas pela Comissão organizadora, que publicará as consideradas aceitas. As propostas recusadas serão informadas via e-mail aos interessados.

As empresas, consultorias e legaltechs selecionadas ingressarão no programa por 12 meses, prorrogáveis por igual período, a partir do cumprimento de requisitos pré-estabelecidos.

Vale ressaltar que a contratação de soluções ou serviços serão realizadas diretamente entre as instituições selecionadas e os interessados, sem qualquer participação ou responsabilidade por parte da Secional – nos mesmos moldes dos serviços e benefícios oferecidos por meio do Clube de Serviços da Caixa de Assistência dos Advogados de São Paulo –, tendo em vista o objetivo de fortalecer o ecossistema e fomentar o relacionamento de profissionais da advocacia com empresas, consultorias e legaltechs credenciadas no programa.

Crianças entram em clubes de strip virtuais com app do Metaverso, revela investigação da BBC

Uma pesquisadora da BBC News se passou por uma menina de 13 anos e testemunhou assédio, situações de teor sexual, insultos racistas e uma ameaça de estupro no metaverso, mundo da realidade virtual.

Ela usou um aplicativo voltado para maiores de 13 anos e visitou salas virtuais onde avatares simulavam sexo. Foram exibidos brinquedos sexuais e preservativos a ela, que foi abordada por vários homens adultos.

O metaverso é o nome dado aos jogos e às experiências acessadas com óculos de realidade virtual. A tecnologia, antes restrita ao mundo dos games, está sendo adaptada para muitas outras áreas — para assistir a shows ou idas virtuais ao cinema, passando por atividades do mundo corporativo.

Estima-se que o Oculus Quest – que agora leva a marca Meta Quest – tenha até 75% da participação de mercado. Foi um desses aparelhos que a pesquisadora da BBC News usou para explorar um aplicativo chamado VRChat, uma plataforma virtual online que os usuários podem explorar com avatares 3D.

Embora não seja feito pela Meta, ele pode ser baixado de uma loja de aplicativos no óculos Meta Quest sem verificações de idade mínima- o único requisito é uma conta no Facebook.

A Sociedade Nacional para a Prevenção da Crueldade contra Crianças (NSPCC, na sigla em inglês), uma organização britânica voltada para a segurança de crianças, declarou estar “chocada e irritada” com o que foi revelado pela investigação da BBC.

Andy Burrows, chefe para políticas de segurança infantil online da entidade, acrescentou que os achados demonstram “uma combinação tóxica de riscos” e que alguns aplicativos no metaverso têm uma “natureza perigosa”.

A pesquisadora da BBC News criou um perfil falso para configurar sua conta — e sua identidade real não foi verificada.

Dentro do VRChat, há salas onde os usuários podem se encontrar: algumas ambientes são inocentes — um McDonald’s, por exemplo — mas também há pole dance e clubes de strip-tease.

Um homem disse à nossa pesquisadora que os avatares “podem tirar a roupa e fazer coisas impublicáveis”. Outros falam em “jogos eróticos”.

Após a investigação da BBC News, a NSPCC disse que melhorar a segurança online é uma questão de urgência.

Burrows, do NSPCC, disse que “crianças estão sendo expostas a experiências totalmente inapropriadas e incrivelmente prejudiciais”

Ele acredita que empresas de tecnologia aprenderam pouco com os erros cometidos na primeira geração de mídias sociais.

“Este é um produto que tem uma natureza perigosa, por causa da falta de supervisão e por negligência. Estamos vendo produtos sendo lançados sem considerações sobre a segurança” para os usuários, disse ele.

A Meta declarou que oferece ferramentas que permitem aos jogadores bloquear outros usuários e está procurando fazer melhorias de segurança “à medida que aprende como as pessoas interagem nesses espaços”.

A BBC News também conversou com um ativista do campo da segurança online que passou meses investigando o VRChat e que agora publica seus vídeos no YouTube.

Ele conversou com crianças que dizem ter sido assediadas na plataforma e forçadas a participar de sexo virtual. Ele prefere permanecer anônimo porque está preocupado com a segurança de sua família.

O ativista explicou porque a realidade virtual é tão imersiva que as crianças representam os movimentos sexuais.

Eu fiquei surpresa como você fica totalmente imersa nesses espaços. Me senti uma criança de novo. Quando homens adultos perguntavam por que eu não estava na escola e me encorajavam a participar de atos sexuais na realidade virtual, tudo pareceu mais perturbador.

O VRChat definitivamente parecia mais um playground para adultos do que para crianças. Muitos dos quartos tinham uma decoração de atmosfera erótica, em neon rosa, algo parecido com o que você vê no Bairro da Luz Vermelha em Amsterdã ou nas partes mais decadentes do Soho de Londres à noite. No interior do quarto, era possível avistar brinquedos eróticos.

A música que toca nas salas, que pode ser escolhida pelos jogadores, aumenta a impressão de que esse não é um espaço próprio para crianças.

Tudo nos quartos era inquietante. Havia avatares que simulavam sexo grupal no chão, falando uns com os outros como crianças fingindo ser casais adultos.

É muito desconfortável, e as opções são ficar e assistir, passar para outra sala onde haverá algo semelhante ou então participar — o que, em muitas ocasiões, fui instruída a fazer.

‘Pouca moderação’

Pessoas cujo trabalho é observar os avanços da realidade virtual também estão preocupadas.

Catherine Allen dirige a consultoria Limina Immersive e atualmente escreve um relatório sobre realidade virtual para o Institution of Engineering and Technology, em Londres.

Ela diz que sua equipe de pesquisa considerou muitas de suas experiências em VR “divertidas e surreais”, mas outras foram “bastante traumáticas e perturbadoras”.

Allen descreve um caso ocorrido em um aplicativo de propriedade da Meta onde havia uma menina de sete anos.

Um grupo de homens cercou as duas e fez uma piada sobre estupro. Allen disse que teve que ficar entre os homens para proteger a criança.

“Eu não deveria ter feito isso, mas é porque não há moderação, ou aparentemente bem pouca moderação.”

Realidade virtual e o metaverso não são especificamente mencionados nnovas leis de segurança na internet do Reino Unido, que deve ser apresentado ao parlamento britânico nos próximos meses.

Mas em audiência no parlamento no ano passado, a secretária de Cultura, Nadine Dorries, havia deixado claro que a legislação cobriria esse campo.

O projeto de lei, ao ser aprovado, vai cobrar responsabilidade das plataformas e dos provedores para proteger crianças contra conteúdo nocivo

O VRChat disse à BBC que estava “trabalhando duro para tornar o app um lugar seguro e acolhedor para todos”. A empresa disse que “comportamento predatório e tóxico não tem lugar na plataforma”.

O gerente de produto da Meta para integridade de VR, Bill Stillwell, disse em um comunicado: “Queremos que todos que usam nossos produtos tenham uma boa experiência e encontrem facilmente as ferramentas que podem ajudar em situações como essas, para que possamos investigar e agir”

Ele acrescentou: “Para aplicativos de plataforma cruzada, fornecemos ferramentas que permitem que os jogadores denunciem e bloqueiem usuários”.

“Continuaremos a fazer melhorias à medida que aprendemos mais sobre como as pessoas interagem nesses espaços”.

As organizações para a segurança de crianças aconselham os pais a verificar quais aplicativos seus filhos estão usando nos óculos de realidade virtual e, sempre que possível, usá-los para checar se as atividades são apropriadas.

Muitos apps permitem que os usuários “transmitam” simultaneamente sua experiência para um telefone ou laptop, para que os pais possam assistir ao que está acontecendo ao mesmo tempo que seus filhos brincam.

Fonte e Foto: CNN

Orkut: site é reativado e fundador promete novidades “em breve”

Parece até pegadinha do dia da mentira, mas não é! O site oficial do Orkut foi reativado, na quarta-feira (27), e com uma mensagem misteriosa de seu fundador, o engenheiro de software Orkut Buyukkokten. Num clima nostálgico, ele relembrou o lançamento da rede social há 17 anos e como o feito alcançou mais de 300 milhões de usuários, antes de ser desativada de vez em 2014.

Inclusive, a surpresa acontece logo depois que Elon Musk fechou o acordo para ser o dono do Twitter. A aquisição gerou a repercussão de várias publicações, enquanto alguns internautas amaram, outros pediram o retorno do Orkut para “salvar” a internet.

Confira a mensagem:

(Fonte: Orkut/Reprodução)Imagem:  Orkut/Reprodução

No que parece ser uma crítica sobre as atuais principais redes sociais, o fundador do Orkut disse que “nossas opções para encontrar e construir conexões reais são poucas e bem escassas”, além de que “nossas ferramentas online devem nos servir, não nos dividir”.

Não parando por aí, ele alfinetou o comércio de dados pelas plataformas, exemplificando a responsabilidade sobre a criação de sentimentos como medo e ansiedade: “Eu quero que você seja capaz de fazer conexões duradouras”. Depois, o engenheiro destacou destaca que houve um trabalho duro para desestimular o ódio e a desinformação dentro da comunidade em volta do Orkut.

Porém, muita calma nessa hora! Não há muitas informações do que acontecer, apenas que no final do comunicado, Buyukkokten se despediu dizendo que as novidades aparecerão “em breve”. O curioso é que ao mesmo tempo que o Orkut reapareceu, a página oficial do Hello – plataforma também criada pelo engenheiro em 2016 – foi desativada e com expectativa de retorno.

fonte: Olhar digital

Rede Kigali participa de ação global em prol da energia limpa no mundo

Na próxima Conferência das Partes da Convenção de Minamata sobre Mercúrio (COP4), em março de 2022, 137 países representando mais de 6 bilhões de pessoas votarão em uma proposta para eliminar a iluminação fluorescente que contém mercúrio. Se adotada, a emenda, introduzida pela região africana, evitaria 3,5 gigatoneladas de emissões de CO2, ao mesmo tempo em que eliminaria 232 toneladas de poluição por mercúrio e reduziria o uso global de eletricidade em 3% entre 2025-2050. O governo brasileiro tem a oportunidade de apoiar o fim global da iluminação fluorescente tóxica na próxima reunião.

Para ajudar a divulgar a importância desta transição para o meio ambiente e para a saúde pública, diversas organizações se uniram na execução de um projeto de modernização do sistema de iluminação em hospitais de três países: Brasil, Filipinas e Nigéria. No Brasil, a iniciativa chamada Projeto Iluminação Livre de Mercúrio na Saúde, promovida pela Coalizão pela Iluminação Limpa (CLiC) e coordenada pelo Projeto Hospitais Saudáveis (PHS) em colaboração com o Centro de Análise, Planejamento e Desenvolvimento de Recursos Energéticos (CPLEN) do Instituto de Energia e Ambiente da USP, e a Rede Kigali (que reúne organizações da sociedade civil brasileira pela eficiência energética), vai ocorrer no Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina de Botucatu e será anunciada publicamente no dia 9 de março. “Este projeto visa demonstrar como é fácil adaptar unidades de saúde. Ao substituir a iluminação hospitalar atual por LEDs, além de melhorarmos as condições de trabalho para as equipes, diminui-se os riscos de saúde pela exposição ao mercúrio” – Nyamolo Abagi, líder de indústria na CLiC.

Todas as lâmpadas fluorescentes contêm mercúrio. O mercúrio é altamente tóxico, razão pela qual a Organização Mundial de Saúde o enumera entre os 10 principais produtos químicos ou grupos de produtos químicos de maior preocupação de saúde pública. Quando estas lâmpadas de vidro se partem, os vapores tóxicos são liberados para o ar. Não existe um nível “seguro” de exposição ao mercúrio; a absorção de vapores de mercúrio por bebês e crianças aumenta o risco de deficiências de desenvolvimento para toda a vida. Para mulheres grávidas expostas ao mercúrio há riscos para o feto.

Ciente disso, o Hospital das Clínicas de Botucatu vai anunciar publicamente o seu compromisso em reequipar a iluminação de parte das suas instalações, substituindo as ineficientes lâmpadas fluorescentes contendo mercúrio por lâmpadas LED eficientes. O hospital, que  já tem uma longa trajetória em ações de sustentabilidade, desde 2013 é membro da Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis liderada pela organização internacional Saúde Sem Dano, da qual o PHS é o parceiro estratégico no Brasil.

Sua primeira ação enquanto membro foi o banimento de equipamentos médicos com mercúrio. Participando de ações climáticas, o hospital conseguiu reduzir em 33,4% suas emissões de gases de efeito estufa em 2020, além de ter aderido à campanha Race to Zero, visando zerar suas emissões até 2050. As ações do hospital lhe renderam em 2021 a premiação em Liderança Climática pela Saúde Sem Dano. O Hospital das Clínicas de Botucatu também tem ações em iluminação, em 2017 foi organizada a Campanha Ilumina HC, onde a comunidade (pacientes, funcionários, alunos) se organizou para doar e arrecadar lâmpadas LED, procurando substituir aos poucos as lâmpadas fluorescentes. O Projeto Iluminação Livre de Mercúrio na Saúde vem para ajudar o HC a continuar seu caminho em ações de sustentabilidade e ação climática.

A Professora Dra. Karina Pavão da Faculdade de Medicina de Botucatu (FMB – UNESP) dirige o núcleo “Hospitais Sustentáveis do HCFMB de Botucatu”. Ela ressalta que “a poluição por mercúrio é tema conhecido para a saúde pública e deve-se eliminar o seu uso sempre que possível”, ainda observa que “o Projeto Iluminação Livre de Mercúrio na Saúde condensa diversas demandas de sustentabilidade dentro de um serviço de saúde pois elimina um produto com mercúrio, diminui a geração de resíduos  devido a maior vida útil das lâmpadas LED, diminui o consumo de energia elétrica e, consequentemente, diminui as emissões de gases de efeito estufa”.

Ao todo, o hospital vai trocar até 3 mil lâmpadas, o que corresponderá a uma economia de até 43% em relação ao sistema anterior. A intervenção será feita numa área ambulatorial de cerca de 3.000 m², onde são realizadas diariamente 580 consultas nas áreas de Pediatria e Saúde Mental Infantil, Ginecologia e Obstetrícia e Ortopedia. O objetivo é encorajar os consumidores, empresas e instituições a seguir o seu exemplo. “Ao substituir as fluorescentes por LEDs, além da sustentabilidade ambiental e proteção à saúde humana,  poderemos diminuir nossa conta de energia do hospital, reduzindo grandemente os custos operacionais. Estas economias para um hospital público são fundamentais, ainda mais frente às necessidades e demandas extras que a pandemia do COVID-19 nos trouxe. Além disso, com este projeto será possível adquirir iluminação de maior qualidade, proporcionando  melhor ambiente de trabalho para os nossos trabalhadores e prestadores de cuidados dentro do HCFMB” Prof. Dra. Karina Pavão.

No passado, as lâmpadas fluorescentes eram promovidas como uma melhor alternativa às lâmpadas incandescentes e halógenas, e os riscos associados ao mercúrio em fluorescentes eram tolerados como uma compensação necessária. Hoje em dia, graças aos grandes avanços na tecnologia de diodos emissores de luz (LED), as lâmpadas LED sem mercúrio podem substituir de forma rentável as fluorescentes em praticamente todas as aplicações. Além disso, as LED duram mais do que as lâmpadas fluorescentes, devido ao seu menor consumo de energia e por serem livres de mercúrio são equipamentos mais adequados do ponto de vista ambiental. “As lâmpadas fluorescentes foram a  principal opção tecnológica de iluminação para as últimas décadas principalmente devido a sua maior eficiência energética quando comparadas a tecnologia anterior, as lâmpadas incandescentes. Hoje, o advento do LED torna as lâmpadas fluorescentes ultrapassadas em termos de eficiência energética e em termos de poluição ambiental, visto que o LED não contém mercúrio e tem maior vida útil”, diz Erick Pelegia, especialista em eficiência energética do Projeto Hospitais Saudáveis.

A verdade é que a remoção do mercúrio é tão fácil como a troca de uma lâmpada de iluminação.. Os LEDs atingem imediatamente a luminosidade total quando ligados, em vez de atrasarem e cintilarem durante minutos inteiros. Hoje em dia, estão disponíveis lâmpadas de LED para substituir todos os tipos de lâmpadas fluorescentes – diferentes tamanhos, comprimentos, tipos de reatores, temperaturas de cor, e níveis de fluxo luminosos. Nesta COP4 da Convenção de Minamata, o governo brasileiro tem a oportunidade de somar forças em direção ao phase out de lâmpadas fluorescentes. Isto é importante para os consumidores do país, já que diminui a poluição por mercúrio devido ao descarte inadequado das lâmpadas, possibilita redução no consumo de energia elétrica e maior qualidade de iluminação para os consumidores.

CONTEXTO HISTÓRICO: A Convenção de Minamata sobre o Mercúrio é um tratado global para proteger a saúde humana e o meio ambiente dos efeitos adversos do mercúrio. O texto da Convenção,  conta hoje com cerca de 140 países ratificantes, incluindo o Brasil.

Alguns destaques da Convenção de Minamata incluem o banimento de novas minas de mercúrio e o descomissionamento das existentes, a redução e a descontinuação do uso de mercúrio em diversos produtos e processos e medidas de controle referentes a emissões desse elemento no ar, em corpos d’água ou na terra. A convenção também endereça questões como a armazenagem provisória de mercúrio e sua disposição final, locais contaminados e questões de saúde relacionadas.

No entanto, o texto atual da Convenção de Minamata não inclui em grande parte as lâmpadas fluorescentes nos itens a entrarem num regime de descontinuação (phase-out). Em 2021, os países africanos participantes da Convenção de Minamata propuseram uma emenda mais abrangente sobre as lâmpadas fluorescentes para incluí-las na lista de produtos a serem descontinuados (African Lighting Amendment). Esta emenda será votada durante a COP4, que acontece de 21 a 25 de março em Bali, Indonésia.

A Convenção tem sido bem-sucedida na eliminação progressiva e da redução do uso de mercúrio em vários produtos e processos relacionados com a medicina, incluindo amálgamas dentárias e termômetros. A transição da iluminação em unidades de saúde para os LEDs apresenta também uma oportunidade para ação climática.

Centenas de organizações ao redor do mundo assinaram a Carta Aberta aos chefes da delegação da COP4, que faz parte da campanha Clean Light Coalition (CLiC), coordenada pela CLASP, para eliminar as isenções para mercúrio em iluminação fluorescente. No Brasil, entre os assinantes do documento, temos a Associação Brasileira para o Desenvolvimento do Edifício Hospitalar (ABDEH), a Federação Brasileira de Administradores Hospitalares (FBAH), o Projeto Hospitais Saudáveis e um grupo de hospitais privados, públicos e organizações do setor hospitalar.

 

SOBRE A CLEAN LIGHTING COALITION (CLiC): campanha global para alavancar o conhecimento especializado e as partes interessadas em iluminação limpa para fazer a transição dos mercados globais para uma iluminação LED segura com economia de energia por meio da remoção de exceções para lâmpadas fluorescentes na Convenção de Minamata sobre Mercúrio. Esta campanha é coordenada pela CLASP e apoiada pelo Climate Imperative e Sequoia Climate Fund.

SOBRE O PROJETO HOSPITAIS SAUDÁVEIS (PHS) – Associação sem fins econômicos dedicada a transformar o setor saúde em um exemplo para toda a sociedade em aspectos de proteção ao meio ambiente e à saúde do trabalhador, do paciente e da população em geral. O PHS desenvolve e apoia uma rede de cooperação em prol da saúde pública e ambiental, partindo do comprometimento das instituições de saúde e dos profissionais de todas as categorias que atuam no sistema de saúde brasileiro.

SOBRE O HOSPITAL DAS CLÍNICAS DA FACULDADE DE MEDICINA DE BOTUCATU (HCFMB):

O HCFMB é vinculado à Secretaria de Estado da Saúde de São Paulo para fins administrativos e associa-se à Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual “Júlio de Mesquita Filho” – Unesp para fins de ensino, pesquisa e extensão. O HCFMB é a maior instituição pública vinculada ao Sistema Único de Saúde (SUS) na região, atendendo 68 municípios e cerca de 2 milhões de pessoas. Desde 2013, o HCFMB faz parte da Rede Global Hospitais Verdes e Saudáveis por meio do Núcleo de Hospitais Sustentáveis (NHS), um serviço vinculado à Superintendência do Hospital e à Faculdade de Medicina, formado por uma comissão interdisciplinar coordenada pela Prof.ª Dr.ª Karina Pavão, docente do Departamento de Saúde Pública da FMB.

 

ORGANIZAÇÕES PARCEIRAS DA INICIATIVA

CLASP: ONG internacional que desenvolve estudos técnicos e de políticas que analisam e comparam a realidade brasileira com a de outros países, especialmente em temas relacionados à melhoria do desempenho energético e ambiental dos aparelhos e equipamentos elétricos utilizados no cotidiano. A CLASP atua no Brasil desde 2018, apoiando o Programa Nacional de Conservação de Energia Elétrica (Procel), o Instituto Nacional de Metrologia, Qualidade e Tecnologia (Inmetro) e o Ministério de Minas e Energia (MME) no desenvolvimento e na implementação de políticas de eficiência energética. Especificamente, a CLASP forneceu pesquisas sobre o mercado brasileiro e as melhores práticas internacionais, bem como análises de impactos para apoiar as revisões concluídas e pendentes da Etiqueta Nacional de Conservação de Energia (ENCE), do Selo Procel e dos MEPS (Minimum Energy Performance Standards) para condicionadores de ar e refrigeradores. Além disso, a CLASP participa da Rede  Kigali, que defende políticas e programas que reduzam o impacto ambiental dos eletrodomésticos no Brasil.

CPLEN: Centro de Análise, Planejamento e Desenvolvimento de Recursos Energéticos sediado no Instituto de Energia e Ambiente (IEE) da Universidade de São Paulo (USP). O CPLEN realiza pesquisas de planejamento energético, desenvolvimento e aplicação de tecnologias de fontes renováveis e de eficiência energética, redes de distribuição inteligentes, inserção de fontes intermitentes na matriz de geração, usos finais e demanda de energia, dentre outros. O CPLEN realizou, através de chamada pública do Programa de Eficiência Energética (PEE) da ANEEL, com o patrocínio da ENEL Distribuição São Paulo, a substituição de 10 mil lâmpadas fluorescentes por LED no Hospital Universitário da USP, projeto semelhante ao que se pretende com o Projeto Iluminação Livre de Mercúrio na Saúde.

REDE KIGALI:  A Rede Kigali tem como propósito promover a eficiência energética como um instrumento para atingir múltiplos benefícios para a sociedade brasileira e para o consumidor. A eficiência energética, e as políticas e os mecanismos que a promovem, são tratados pela Rede Kigali não como um fim em si mesma, mas como um meio com diversos objetivos, entre eles oferecer para os consumidores aparelhos mais baratos e mais econômicos no consumo de eletricidade e dinamizar os setores econômicos envolvidos com a realização de investimentos em inovações tecnológicas, geração de emprego, aumento da produtividade e competitividade. Mais informações sobre o trabalho da Rede podem ser obtidas no site: kigali.org.br. A Rede é composta pelo Instituto Clima e Sociedade (iCS), International Energy Initiative – IEI Brasil, Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor (Idec), consultoria Mitsidi Projetos, Projeto Hospitais Saudáveis (PHS), rede de jovens Engajamundo e CLASP.

com assessoria

Caiu na rede: como evitar os golpes na internet

Redes sociais, aplicativos e sites são alguns exemplos de portas de entrada para os crimes cibernéticos. De acordo com a empresa holandesa de cibersegurança, Surfshark, o Brasil foi o sexto país mais atingido por vazamentos de dados em 2021: foram 24,2 milhões de usuários expostos entre janeiro e novembro. Com a utilização quase que ininterrupta da internet, é importante manter-se atualizado sobre segurança e os riscos que a navegação por diferentes dispositivos gera aos usuários.

“Todos os dias aparecem novas formas de fraudes e golpes digitais, e a melhor forma de proteção é estar informado. Não compartilhar senhas, ativar o duplo fator de autenticação, não clicar em links desconhecidos, utilizar o cartão virtual para realizar compras e conferir o nome do recebedor ao pagar um boleto, realizar transferências ou PIX são algumas das orientações”, explica Gilmara Vicentini, docente da área de tecnologia da informação do Senac Botucatu.

Além da utilização pelos usuários, muitos dados de empresas são expostos, inclusive confidenciais e de clientes: “as organizações precisam estar preparadas para responder aos ataques cibernéticos e às ameaças digitais. A segurança das informações requer um conjunto de ações para obter o controle de acesso, assegurar o sigilo e políticas de disponibilidade e circulação dos dados. Os princípios básicos para esse procedimento abrangem informação disponível, alteração e acesso somente por pessoas autorizadas e, principalmente, manutenção de sua origem”, diz Gilmara.

Dentre os principais golpes da engenharia social, estão falsas centrais telefônicas, phishing (meio para conseguir dados pessoais dos usuários utilizando e-mails) e sites e aplicativos projetados falsificados. Para proteger dados importantes e estratégicos em computador e smartphones, a docente oferece algumas dicas:

  • Mantenha os softwares/aplicativos atualizados;
  • Utilize um antivírus;
  • Verifique confiabilidade dos softwares/aplicativos antes da instalação;
  • Não utilize computadores públicos para acessar informações sigilosas, como dados bancários. O mesmo vale para redes sem fio públicas, pois os dados que você está acessando ou digitando podem ser capturados sem você perceber;
  • Atente-se para as informações que você deixa pública nas redes sociais.

Em consonância, o advogado Murilo Aires, especializado em Direito Empresarial e integrante do escritório Dosso Toledo Advogados, reforça que a Lei Geral de Proteção de Dados é uma realidade no Brasil e um direito fundamental que garante a qualquer cidadão a proteção de seus dados pessoais, inclusive nos meios digitais.

“No campo da constatação de violações, a utilização de inteligência artificial tem sido um diferencial pela grande capacidade de verificação. No caso dos dados pessoais, as disposições da LGPD e a crescente regulamentação pela ANPD fixam bons pressupostos para a segurança da informação e boas práticas de governança de dados, de modo que o investimento em compliance adaptado à realidade da organização, incluindo instituições públicas, tende a ser o instrumento fundamental para a segurança tanto dos titulares quanto dos controladores e operadores”, orienta.

Ele ainda esclarece que os titulares de dados, no caso de pessoas físicas, podem se utilizar da aplicação da LGPD para o exercício de direitos enunciados, ou mesmo de denúncias administrativas sobre práticas vedadas, enquanto as entidades controladoras ou operadoras de dados podem se utilizar, por exemplo, da comprovação de cumprimento de seus preceitos a fim de mitigar danos e sanções.

 

Serviço:

Senac Botucatu

Local: Rua Dr. Rafael Sampaio, 85 – Boa Vista, Botucatu/SP

Informações e inscrições: www.sp.senac.br/botucatu

Ataque hacker tira do ar site do Ministério da Saúde, entenda o caso

Sequestro digital ou ransomware é o termo popularmente utilizado para falar sobre a invasão de hackers através de brechas na segurança no acesso à rede ou ao servidor da empresa, e também através de e-mail ou pendrive infectado.

De maneira geral, com poucas informações que possuímos, acredito se tratar de um ataque de DNS  (Domain Name System, ou sistema de nomes de domínios). Não sabemos se houve pedido de resgate dos dados, o que inviabilizaria a possibilidade de ser um ransomware.

Acredito que se alguém teve acesso para trocar o DNS de toda a saúde também é possível acessar os dados no sistema, então basicamente parece ser uma forma de proteger o site para qualquer vínculo da LGPD ( Lei Geral de Proteção de Dados). Não há provas concretas, mas é uma hipótese baseada em conhecimentos prévios.

Um  servidor DNS é um computador que contém um banco de dados com endereços de IP públicos e os seus respectivos domínios associados. Eles basicamente  fazem a ligação entre um domínio e um número de IP, que nada mais é do que a identificação do servidor para o qual o domínio está apontado. Ou seja, um servidor DNS é o sistema que traduz o “site.com.br” para um endereço de IP, por exemplo, 151.101.129.121. Isso ocorre quando o domínio é digitado nos navegadores.

O sequestro de DNS (trocas silenciosas de servidor)  é um tipo de ataque que força o redirecionamento do seu tráfego online para sites falsos ou exibe conteúdo alternativo e pode ser frequentemente usado para roubar seus dados privados.

Há  cinco  modalidades: Amplificação DNS, Ataque do tipo Zero Day, Negação de serviço, DNS de fluxo rápido, Envenenamento de cache DNS e Amplificação DNS.

O sequestro de DNS (trocas silenciosas de servidor) é um método de ataque que força o redirecionamento do seu tráfego online para sites falsos ou exibe conteúdo alternativo que pode ser frequentemente usado para roubar seus dados privados. É comum utilizarem imagens, banners em sites não confiáveis e links em e-mail, infectando o computador de um usuário, direcionando para sites falsos que são mascarados para parecerem reais.

O usuário deve ter cuidados ao acessar um e-commerce, qualquer site de maneira geral e abrir e-mails. Eu sugiro verificar alguns pontos essenciais:

1. A idoneidade da empresa: confira os dados comerciais, as plataformas digitais são obrigadas a fornecer dados como razão social, endereço, telefone e CNPJ.

2. Assegure que o site disponibilize informações de contato como telefones, endereço e-mail e  chat online. Isso é indispensável para que o cliente contate a empresa caso haja alguma dúvida ou problema.

3 .Confira se a empresa possui certificações digitais. Os e-commerces se preocupam com a segurança de seus clientes e buscam ter selos de segurança e certificações digitais que protegem os dados de seus clientes.  Uma dica simples é verificar se os endereços de sites começam com “HTTPS”, demonstrando que tem protocolo SSL/TLS de segurança, e não “HTTP”.

4. Pesquise sobre a empresa, sua reputação, consulte a idoneidade do site nos órgãos de proteção ao consumidor, como Reclame aqui  e  Procon. O Procon mantém uma lista das empresas que o consumidor deve evitar comprar, e partir dela já é um bom começo.  Muitos consumidores têm utilizado as redes sociais, inclusive o linkedIN para fazer reclamações.

Para proteger nossos dados  no dia a dia sugiro seguir essas dicas básicas:  ao usar rede de internet wifi, crie senhas difíceis e troque com frequência; nos seus dispositivos use autenticação de dois fatores; mantenha  um  antivírus sempre atualizado e ativo; faça backups periodicamente. E por último, não clique em links suspeitos, em hipótese alguma. Fique atento aos seus e-mails, ao envio de links desconhecidos, sites e domínios inexistentes e às famosas fake news, que podem auxiliar nas fraudes. Nunca compartilhe senhas, dados bancários, números de documentos ou quaisquer outros dados sensíveis, seja por e-mail, WhatsApp, SMS ou telefone.

Fellipe Guimarães

Especialista em negócios digitais | Startup Maker | Desenvolvedor Full Stack.

Founder Grupo CODEBYUma empresa de tecnologia especializada em desenvolvimento de funcionalidades que agregam o crescimento para negócios digitais. A empresa que possui 6 anos de mercado atende grandes marcas como, por exemplo, KFC (México), F64(Romênia), Telemercados (Chile), Lego, Shoulder, Valisere, Alpargatas, entre outras.

Robocalls: o que são as ligações que ficam mudas e caem quando atendemos?

Quem possui uma ou mais linhas telefônicas já deve ter recebido alguma vez na vida uma chamada na qual o outro lado está completamente mudo. Além de irritante, isso pode atrapalhar bastante as pessoas, pois faz com que deixemos de atender ligações que podem ser importantes.

Muitas vezes, as chamadas possuem gravações que podem ter origens diversas, desde ofertas da sua operadora de telefonia até golpes que podem tirar muito dinheiro das pessoas. Nos Estados Unidos o problema é ainda pior do que aqui no Brasil, que ainda não entrou muito nessa onda (e já irrita bastante mesmo assim).

Vítimas de golpes

De acordo com a YouMail, empresa que reúne informações sobre robocalls e oferece proteção contra elas, apenas os norte-americanos receberam cerca de 4,1 bilhões dessas ligações apenas em maio.

Evitar atender é impossível para muita gente, especialmente quem trabalha usando o telefone

Esse número não para de crescer e fazer vítimas de todos os tipos – de médicos que deixaram de atender seus pacientes achando tratar-se de uma ligação automática a imigrantes chineses que perderam milhões com chamadas falsas de um suposto consulado para acertarem sua situação nos Estados Unidos.

Resolver esse problema é complicado. Rastrear as chamadas é algo praticamente impossível, pois elas usam números falsos de identificação e as ligações atravessam diversas operadoras e suas redes que formam um verdadeiro labirinto impossível de desvendar.

Difícil de escapar

Quem precisa estar esperto com alguma emergência, quem aguarda contato de outras pessoas ou qualquer um que tenha necessidade de usar as boas e velhas chamadas pode ser muito prejudicado.

É quase impossível nunca mais receber essas ligações, visto que mudam sempre de origem

As robocalls, para piorar a situação, têm ficado ainda mais “inteligentes”. Um dos meios usados pelas ligações para fazer com que as pessoas não deixem de atendê-las é usar um número de identificação local, às vezes copiando até o prefixo da linha para onde estão ligando. Quem recebe a chamada acaba atendendo achando que pode ser algum vizinho, por exemplo.

Como se proteger?

Existem algumas maneiras de se proteger contra o incômodo que são essas ligações e não cair em nenhum possível golpe veiculado pelas chamadas. Ainda assim, é quase impossível nunca mais receber essas ligações, visto que mudam sempre de origem e você vai ser obrigado a bloquear aquele número novo sempre que receber uma robocall.

A primeira coisa a se fazer ao perceber que se trata de uma gravação é encerrar a ligação. Muitos smartphones possuem serviços pré-instalados de bloqueio de chamadas de números específicos. Caso o seu não possua, basta baixar aplicativos como o TrueCaller ou o Mr. Number. Com aquele número bloqueado, as chamadas daquela fonte vão parar imediatamente. Isso o impede de cair em algum golpe ou de ser incomodado pelas ligações insistentes.

fonte: Techmundo