Denúncia

Ratos em Putrefação com Larvas são encontrados em Creche de Botucatu

A Prefeitura de Botucatu publicou no Diário Oficial nº 2636A, do dia 8 de abril de 2025, o extrato de empenho nº 5518/2025, expondo uma situação alarmante em uma das unidades de ensino do município. Trata-se da contratação da empresa L & L Pires de Campos LTDA. para realizar um serviço emergencial de inspeção, remoção de roedores mortos e desinsetização na Creche Municipal CEI Ruy Amado Piozzi, localizada na Rua Rodrigues César, Vila dos Lavradores.

Segundo o extrato, o objeto do contrato é a captura e remoção de ratos em estado de putrefação, além do combate às larvas e outros insetos que surgem no local como consequência da decomposição dos animais. A descrição do serviço revela que haverá uma inspeção minuciosa no prédio da creche, inclusive em forros e paredes de drywall, com a retirada de todos os roedores encontrados e aplicação de produtos para desinsetização. O contrato prevê quatro visitas semanais, o que indica que a presença de roedores mortos não é pontual — é contínua.

A situação revela uma gravidade que ultrapassa o incômodo: ratos em estado avançado de decomposição significam, no mínimo, dias de presença no local, tempo suficiente para que a carcaça entre em processo de putrefação, atraindo moscas, gerando larvas e liberando gases tóxicos e odores extremamente nocivos à saúde. O aparecimento de larvas indica que os ratos mortos permaneceram nos ambientes da creche por tempo suficiente para que moscas ovipositassem sobre os corpos. Ou seja, crianças e funcionários podem ter estado expostos por vários dias a um ambiente insalubre e perigoso.

Além disso, a natureza do contrato, por meio de dispensa eletrônica, mostra que a Prefeitura agiu apenas após a situação se tornar insustentável. O valor do contrato é de R$ 1.000,00, o que sugere uma tentativa de resposta emergencial a um problema que, visivelmente, já se agravou. É importante destacar: a contratação não seria feita por causa de apenas um rato morto. A necessidade de múltiplas visitas semanais e de garantia do serviço demonstra uma infestação ou, no mínimo, a presença repetida de roedores mortos em diversos pontos do prédio.

Essa realidade é chocante. Estamos falando de uma creche municipal — um ambiente que deveria ser símbolo de cuidado, higiene e segurança para crianças pequenas, muitas ainda em fase de desenvolvimento imunológico. O fato de haver ratos em decomposição, larvas e insetos circulando no espaço frequentado por bebês, crianças e profissionais da educação é inaceitável. Trata-se de uma ameaça direta à saúde pública e ao bem-estar das crianças e trabalhadores do local.

Além disso, os roedores vivos são transmissores de inúmeras doenças através das fezes, urina e até da mordedura dos ratos aos humanos, como por exemplo a Leptospirose e a Raiva. Outra preocupação é que esses animais ocupam espaços onde há alimentos e depósitos com lixo.

É estarrecedor imaginar que, enquanto brincavam ou dormiam, essas crianças estavam tão próximas de focos de contaminação. A presença de ratos mortos em putrefação em um ambiente escolar não é apenas um problema de limpeza — é um reflexo de descaso com o mínimo necessário para garantir dignidade, a saúde e segurança dentro das instituições públicas de ensino.

A equipe da Rede Alpha foi até a creche, na tarde de hoje, 09/04 e solicitou à direção da instituição que entrasse em contato com o Secretário Municipal de Educação, Gilberto Mariotto Peres, afim de realizar uma nota de esclarecimento para a população.

Da mesma forma, o jornalista Fernando Bruder, Diretor da Rede Alpha de Comunicação, também tentou contato o Secretário Mariotto, mas sem sucesso. Além disso, a Secretária de Comunicação, Cinthia Al-Lage também foi procurada para que enviasse uma resposta oficial da prefeitura, mas também não apresentou nenhuma resposta.

Da mesma forma, o Secretário de Saúde e de Governo, o Vice-Prefeito Dr André Spadaro, também foi contactado. Fernando Bruder o questionou a respeito das providências sanitárias da Secretaria de Saúde para as escolas e creches municipais de Botucatu; e se há outras instituições de ensino na mesma situação da Cei Ruy Amando Piozzi, mas também não se manifestou.

Bem como, o Prefeito Fábio Leite, também foi questionado por Fernando Bruder sobre a situação da CEI, mas até até o momento da publicação desta matéria, também não deu qualquer explicação.

A Prefeitura deve esclarecimentos à população, especialmente às famílias das crianças atendidas pela creche. A saúde e a vida de inocentes não podem esperar pela burocracia. Essa situação exige não apenas uma resposta técnica, mas também uma responsabilização clara e imediata de todos os envolvidos.

Assistam a reportagem

 

 

Jovem zombada por estudantes ‘tinha sede de vida’, diz mãe”

São Paulo — Após ser submetida a três transplantes de coração e um de rim, a jovem Vitória Chaves da Silva, de 26 anos, morreu devido a um choque séptico e insuficiência renal crônica em 28 de fevereiro, no Instituto do Coração (Incor) do Hospital das Clínicas da Faculdade de Medicina da USP. Nove dias antes, duas estudantes de medicina expuseram o caso dela em um vídeo publicado no TikTok, retirado do ar nessa terça-feira (8/4).

Metrópoles havia publicado, em 2023, o ineditismo de Vitória ter sido submetida a três transplantes de coração. Até então, os procedimentos do tipo no Brasil eram limitados a dois. Ela foi submetida ao terceiro transplante de coração no ano passado e, antes disso, em 2023, teve um rim transplantado após o órgão ficar comprometido durante o tratamento cardíaco.

No vídeo, apesar de não falarem o nome da paciente, as alunas Gabrielli Farias de Souza e Thaís Caldeiras Soares Foffano  mencionam os três transplantes cardíacos, além de indicar quando foram feitos — na infância, adolescência e início da maioridade, o que coincide com o caso de Vitória.

A exposição revoltou a irmã da paciente, Giovana Chaves dos Santos, e a mãe delas, Cláudia Aparecida da Rocha Chaves. Ambas decidiram registrar um boletim de ocorrência e acionaram o Ministério Público de São Paulo (MPSP), além do Incor.

“A gente sempre acompanhou a Vitória. A gente sabia o quanto ela lutava para viver, né? Tanto é que tem um monte de ofício na Promotoria da gente pedindo ajuda com medicação, com passagem para vir no tratamento. Ela nunca faltou numa consulta sequer, né? E minha filha tinha sede de vida. Tudo o que ela queria era viver. Aí vem uma pessoa e diminui a história dela, eu não aceito, quero Justiça”, disse Cláudia ao Metrópoles.

família da paciente quer que as alunas se retratem publicamente, da mesma forma que expuseram e debocharam da paciente. Nem as estudantes nem as defesas foram localizadas pela reportagem. O espaço segue aberto para manifestações.

Vitória

Quando a dona de casa Cláudia Chaves estava grávida de sete meses, foi fazer o ultrassom da filha e ouviu da médica que a atendeu, sem rodeios, o que ela interpretou como a sentença de morte da criança. O ainda feto foi diagnosticado com anomalia de Ebstein, que é um defeito cardíaco raro e incurável, caracterizado pela má formação das válvulas do coração.

“A médica falou que, depois do nascimento, ela não passaria de 15 dias viva. Mas Deus é maior, passaram-se os 15 dias, ela ficou em uma incubadora e sobreviveu”, afirmou Cláudia, atualmente com 40 anos.

De forma simbólica, a dona de casa decidiu batizar a filha com o nome de Vitória. Ela nasceu em 31 de agosto de 1998 em Luziânia (GO), cidade do Entorno de Brasília.

Contrariando os prognósticos médicos, e fazendo jus ao nome, Vitória Chaves da Silva cresceu e, aos 2 anos, precisou fazer uma cirurgia de reparação de uma válvula cardíaca. O procedimento foi realizado em Goiânia (GO), mas não surtiu efeito. Por isso, ela precisou ir para São Paulo em 2004, quando tinha 6 anos.

No Incor, na capital paulista, a equipe médica constatou que a menina precisaria de um transplante. Ela ficou quatro meses na fila e, em 5 de março de 2005, foi submetida à primeira substituição do coração.

Mais dois transplantes

Após o primeiro transplante, Vitória voltou com a mãe para Luziânia, onde levou uma vida normal por 11 anos. Nesse período, a jovem fazia uma maratona de retornos mensais entre um hospital de Goiânia e o Incor de São Paulo, uma rotina de manutenção comum a pacientes que se submeteram a transplantes.

No entanto, após 11 anos, a jovem começou a passar mal, a sentir muito cansaço e a ter desmaios. Em 2026, foi internada novamente, também com problema em um dos rins. Foi submetida a uma nova hemodiálise, e na época os médicos afirmaram que ela precisaria de um segundo transplante de coração.

Vitória aguardou por três meses, até que surgiu um doador compatível. O procedimento, mais delicado, foi realizado ainda em 2016.

Após o segundo transplante, o organismo da jovem teve 10 episódios de rejeição, que fizeram com que ela fosse levada para o hospital em todas as ocasiões. Já em São Paulo, exames constataram que o coração dela estava com duas veias coronárias fechadas completamente. Ela precisaria de um terceiro transplante, procedimento que foi realizado em 2023.

Exposição

A postagem das estudantes de medicina, feita em 17 de fevereiro, foi visualizada por pouco mais de 212 mil pessoas.

“Um transplante cardíaco já é burocrático, já é raro, tem a questão da fila de espera, da compatibilidade, mil questões envolvidas. Agora, uma pessoa passar por um transplante três vezes, isso é real e aconteceu aqui no Incor e essa paciente está internada aqui”, afirmou Thaís Foffano.

Durante a conversa em vídeo, as duas estudantes atribuem a sequência de procedimentos à suposição de que Vitória não teria se cuidado e tomado corretamente os medicamentos após os procedimentos, informação refutada pelas familiares da paciente.

Na postagem, Thaís ainda comenta que ela e a colega iriam se encontrar com Vitória em seguida. “A gente vai subir lá em cima [sic] e tentar conversar com essa paciente transplantada por três vezes.”

Antes do encontro, Gabrielli dá detalhes dos procedimentos aos quais Vitória foi submetida. “A segunda vez ela transplantou e não tomou os remédios que deveria tomar, o corpo rejeitou [o órgão] e teve que transplantar de novo, por um erro dela [Vitória]. Agora ela transplantou de novo, [o corpo] aceitou, mas o rim não lidou bem com as medicações.”

Na sequência, Thaís Caldeiras comenta:

“Essa menina tá achando que tem sete vidas.”

As duas estudantes se olham e Thaís continua: “Estou em choque. Simplesmente uma pessoa que já passou três vezes por transplante, recebeu três corações diferentes, pra quem não é da medicina, resumindo, é isso […] e tá com problema ainda. Espero que fique tudo bem com ela, que agora ela realmente tome as medicações e faça o tratamento correto”.

Em nota encaminhada à reportagem, na tarde desta terça, o Incor afirmou não divulgar dados de pacientes. A instituição afirmou, ainda, repudiar “veementemente” atitudes que violem os princípios da ética e confidencialidade. O instituto acrescentou que apura “rigorosamente o caso mencionado”, ressaltando que “adotará todas as medidas cabíveis”.

Procurada, a Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (USP) disse que as alunas atualmente não têm qualquer vínculo acadêmico com a universidade ou com o Incor. As estudantes estavam no hospital em função de um curso de extensão de curta duração (um mês). “Assim que foi tomado conhecimento do fato, as universidades de origem das estudantes foram notificadas para que possam tomar as providências cabíveis”, diz nota.

“Internamente, a USP está tomando medidas adicionais para reforçar junto aos participantes de cursos de extensão as orientações formais sobre conduta ética e uso responsável das redes sociais, além da assinatura de um termo de compromisso com os princípios de respeito aos pacientes e aos valores que regem a atuação da instituição”, completa o texto.

Sonho de cursar medicina

Quando aguardava pelo terceiro transplante cardíaco, Vitória afirmou que sonhava em ser médica para ajudar as pessoas, da mesma forma que era amparada. Ela chegou a prestar Enem para o curso em 2019, mas não conseguiu a pontuação necessária.

Na ocasião, mesmo sob o efeito de medicações, em um gesto de esforço e gentileza, Vitória ainda enviou um áudio ao Metrópoles no qual afirmou que esperava poder voltar ao convívio familiar e a fazer coisas simples, como tomar banho sozinha e comer refeições caseiras.

“Quero muito ir embora para poder usufruir da minha família. Tenho esperança. Vou ficar bem e ter uma boa recuperação. Peço orações”, disse, na ocasião.

Fonte: Metrópoles

Foto: Reprodução

A Eterna Reforma da Praça Alexandre Fleming na Vila dos Lavradores

A reforma da Praça Alexandre Fleming, situada na zona norte do município de Botucatu, tem gerado preocupações significativas entre os moradores locais. Com a obra ainda em andamento, uma série de transtornos tem impactado a comunidade, exigindo atenção urgente das autoridades e da empresa responsável pelas melhorias.

Falta de Isolamento

Um dos principais problemas relatados pelos moradores é a ausência de barreiras que isolem o canteiro de obras. Sem estas barreiras, o acesso irrestrito ao local em reforma permite que crianças brinquem entre os entulhos, expondo-se a riscos de acidentes. A presença de materiais de construção e detritos aumenta a possibilidade de incidentes, principalmente para crianças e idosos que frequentam a praça.

 Ausência de Iluminação

Outro ponto crítico é a falta de iluminação adequada durante a noite. A ausência de luz suficiente não só intensifica a sensação de insegurança, mas também dificulta a circulação segura de pedestres, especialmente nas proximidades dos quiosques de lanches, que continuam a operar mesmo durante a reforma.

Impacto nos Comerciantes Locais

Os quiosques de lanches, que tradicionalmente usam o espaço da praça para atender seus clientes, estão enfrentando dificuldades. A presença de entulhos e a falta de iluminação afetam a segurança e o conforto dos visitantes, potencialmente reduzindo o fluxo de clientes e prejudicando os negócios locais.

A reportagem esteve presente no local no sábado dia 05/04 e observou que tinham dois funcionários da Prefeitura fazendo o calçamento do piso intertravado, porém uma equipe reduzida que com certeza deixará a entrega do local bem atrasada. A Prefeitura de Botucatu precisa explicar à população se existia realmente uma empresa contratada para a reforma e se já foi feito o distrato com a referida empresa, pois não podemos utilizar nossos servidores e supostamente ter uma empresa responsável para a execução da obra, precisamos transparência nesse processo.

Serviços Mal Executados

Nossa reportagem também verificou que as rampas de acesso da parte inferior para a superior da praça estão sendo feitas sem o devido suportes nas laterais o que pode causar o desbarrancamento dos tijolos intertravados nas possíveis ações de chuvas no local.

Recomendações para Solução

Para mitigar os riscos e transtornos causados pela reforma, é essencial que as autoridades municipais e a empresa responsável pela obra tomem medidas imediatas. Algumas ações recomendadas incluem:

– Isolamento Adequado: Instalar barreiras para impedir o acesso não autorizado à área em construção, garantindo a segurança dos moradores.

– Iluminação Reforçada: Melhorar a iluminação noturna para aumentar a segurança e facilitar o uso da praça por parte dos pedestres e frequentadores dos quiosques.

– Comunicação e Colaboração: Promover uma colaboração eficaz entre o poder público e a comunidade para identificar problemas e implementar soluções rápidas.

– Aceleração das Obras: Garantir que as obras sejam concluídas dentro do prazo previsto, minimizando o impacto prolongado na comunidade.

Com a implementação dessas medidas, espera-se que a reforma da Praça Alexandre Fleming traga benefícios duradouros para todos, promovendo um ambiente seguro e agradável para moradores e comerciantes locais. A participação ativa da comunidade e o compromisso das autoridades são fundamentais para superar os desafios atuais e assegurar o sucesso do projeto.

Rede Alpha sofre CENSURA pelo Conselho Municipal de Cultura e Turismo

Na última quarta-feira, 2 de abril, ocorreu a Reunião Ordinária do Conselho Municipal de Cultura na Casa da Juventude. Essa reunião, aberta ao público, é divulgada nas redes sociais do Conselho e incentiva a participação da comunidade.

Pauta da Reunião

A pauta principal envolveu esclarecimentos sobre a situação e destinação dos equipamentos culturais municipais, um tema levantado pelo jornalista Fernando Bruder e solicitado para entrar em pauta desde o início de fevereiro de 2025. Na reunião anterior, a Secretária de Cultura de Botucatu, Cristina Cury, recusou-se a responder a este tópico, sobre a divulgação da “nova” vistoria que teria sido feita no Teatro Municipal, apóis o laudo da CIPAA ter apontado diversas irregularidades no referido prédio. A secretária chegou ao absurdo de questionar o registro de jornalista, dizendo que só traria as respostas se o “jornalista” exibisse seu registro em público. No dia seguinte ao fato, o jornalista enviou a documentação à secretária, porém mesmo assim, a emissora ficou sem as devidas respostas. Apesar do compromisso da nobre secretária em trazer o prefeito Fábio Leite para dar respostas, isso não ocorreu na reunião do dia 02 de abril.

Conflitos durante a Reunião

A vice-presidente do Conselho, Evelyn Svicero Martins, ergueu o tom de voz sobre a presença da diretora da REDE ALPHA, Júlia Coelho, questionando sua participação devido à sua profissão de médica, ato este totalmente ridículo, visto a reunião do conselho ser pública e aberta a toda população. Outros membros do Conselho e o assessor de gabinete da Secretaria Municipal de Cultura, Moacyr Villela Junior que se apresenta como “administrador do Teatro Municipal”, também se envolveram em conflitos verbais de baixo nível. Registramos também que o “verdadeiro” administrador do Teatro Municipal é Danilo Roberto Batista, conforme o registro de servidores municipais, disponibilizado no Portal Transparência do Município.

A secretária de Cultura, Cristina Cury, deixou a reunião para chamar forças policiais, o que foi apoiado por Fernando Bruder, que enfatizou a intenção pacífica da equipe da REDE ALPHA no local.

Encerramento Prematuro da Reunião

Após discussões intensas, o presidente do Conselho encerrou a reunião com aprovação majoritária, deixando temas importantes sem discussão:

– Esclarecimentos sobre o Decreto 13.446 de 7 de fevereiro de 2025
– Andamento dos Editais Aldir Blanc Cultura Viva em Botucatu
– Encaminhamento das leis do Conselho e do Fundo Municipal de Cultura

Repercussões e Ações Legais

Após a reunião, o corpo jurídico da REDE ALPHA, através da Dra. Raphaela Silotto, contatou o procurador do município para obter o documento que “supostamente” restringia registros em vídeo na reunião do conselho. O procurador afirmou desconhecer tal documento e orientou a protocolar um requerimento na prefeitura.

 

Considerações Finais

A situação reflete tensões sobre a transparência dos atos do conselho, com críticas à censura imposta aos meios de comunicação. A REDE ALPHA reafirma seu compromisso com a divulgação de informações à população de Botucatu e planeja continuar participando e resgistrando das reuniões dos conselhos municipais.

Aguardamos a nova reunião para dar continuidade aos debates interrompidos. A liberdade de imprensa, garantida pela Lei Nº 2.083 de 1953, é fundamental para a democracia e o acesso à informação.

Empresas terceirizadas sem a fiscalização da Prefeitura só trazem prejuízos para Botucatu

Recentemente, o prefeito Fábio Leite divulgou um vídeo em suas redes sociais, destacando problemas recorrentes com empresas terceirizadas que têm prestado serviços de baixa qualidade ao município de Botucatu. Desta vez, ele chamou a atenção para a obra realizada na Rua Veiga Russo, que apresentava falhas na camada asfáltica em menos de 10 dias após sua conclusão. Essa obra, que incluiu quatro quadras, sendo duas 2 quadras da Rua Veiga Russo e duas quadras da Rua Carlos Corsi, que custou aos cofres públicos a quantia de R$ 259.000,00 (duzentos e cinquenta nove mil reais), conforme contrato nº . 464/2024.

Empresa Envolvida

A empresa responsável, DELLAZARI E BORLINA SOLUÇÕES LTDA ME, sediada em Porangaba-SP, foi criticada pelo prefeito no vídeo, referindo-se ao serviço como “muito mal feito e porco”. Ele afirmou que “não permitirá que fornecedores desse tipo continuem prestando serviços à Prefeitura”. Disse ainda que: “a Procuradoria Municipal já foi acionada para notificar e responsabilizar a empresa”. A empresa envolvida foi procurada pela REDE ALPHA, e o seu sócio-proprietário Márcio Florentino Borlina não quis se pronunciar sobre o ocorrido.

Histórico de Problemas

Essa não é a primeira vez que a empresa enfrenta críticas. Sob contrato nº 171/2023, no valor de R$ 9.826.467,21, (nove milhões, oitocentos e vinte e seis mil, quatrocentos e sessenta e sete reais e vinte e um centavos), com outros aditivos posteriores, a empresa foi responsável pela implantação das estruturas de lazer do Parque Linear de Botucatu. No entanto, essa obra também apresentou várias deficiências, como problemas na drenagem da pista de skate, canalizações quebradas, água minando na pista de ciclismo, falta de acabamento em diversos pontos entre outros.

Demandas por Transparência

A REDE ALPHA tem cobrado transparência da administração municipal no tocante aos contratos estabelecidos e que os fiscais de contratos possam realmente ficar atentos à entrega das obras, para que as mesmas possam ser entregues à população sem falhas e constantes aditivos contratuais

Contexto Político

O prefeito Fábio Leite, que cumpri seu mandato de continuidade ao governo anterior de Mário Pardini, já demonstrou insatisfação com as empresas contratadas na gestão do ex-prefeito. Contudo, é importante lembrar que Leite esteve à frente de secretarias importantes, como a de Administração, Fazenda e Governo, durante os oito anos anteriores, tendo conhecimento dos contratos e obras executadas.

Expectativas Futuras

A população de Botucatu espera que as obras em andamento sejam concluídas com a qualidade que merece. A administração atual enfrenta o desafio de corrigir falhas da gestão passada e garantir que novos contratos sejam executados com rigor e competência.

Assistam a reportagem:

Prefeito de Botucatu dispensa mais uma empresa que era de confiança do ex-prefeito Pardini

A decisão do atual prefeito de Botucatu, Fábio Leite, de dispensar a segunda empresa que desempenhava um papel crucial em várias obras de infraestrutura na cidade tem gerado desconforto e desconfiança entre os moradores.

A referida empresa, que era uma das principais parceiras da gestão do ex-prefeito Mário Pardini, esteve envolvida em diversos projetos importantes para o município durante os seus dois mandatos.

O fato de o atual prefeito ser do mesmo grupo político de Pardini e ter exercido cargos-chave em sua administração — como secretário de Fazenda, secretário de Governo e secretário de Planejamento — levanta questionamentos sobre a transparência e os motivos por trás dessa mudança.

Isso porque durante o tempo em que ocupou esses postos, Fábio Leite foi o braço direito de Pardini e o responsável pela negociação e gestão dos contratos com essa empresa, o que amplia as dúvidas sobre a decisão tomada agora.

A dispensa dessa empresa tem causado estranheza, pois, além de ter sido um parceiro fiel em várias obras realizadas nos últimos anos, o relacionamento entre a empresa e a administração de Pardini sempre foi considerado sólido.

A população, que acompanhou de perto os avanços proporcionados por essas obras, não esconde o receio de que a decisão possa ter outros interesses por trás, uma vez que o atual prefeito, assim como Pardini, integra o mesmo bloco político.

A falta de explicações claras sobre a decisão tem alimentado a sensação de insegurança em relação à gestão pública atual. Questionamentos sobre a escolha das novas empresas para substituir a que foi dispensada e o impacto disso nas obras planejadas; bem como, dos custos que o município terá para refazer as obras mal feitas da empresa.

Muitos questionamentos estão sendo feitos pelos cidadãos, nas redes sociais, temendo que essas mudanças possam prejudicar a continuidade do desenvolvimento de Botucatu.

Além disso, os vídeos do prefeito Fábio Leite tem gerado nas pessoas a preocupação de que as obras, inauguradas na gestão de Pardini, não são de qualidade.

Por enquanto, o prefeito não se manifestou oficialmente sobre as razões para a dispensa da empresa, e a população segue atenta, esperando por respostas que esclareçam a situação.

O cenário, ainda incerto, está gerando um clima de desconfiança que pode impactar ainda mais a aprovaçãodo atual governo e abalar a confiança dos moradores em relação ao ex-prefeito Mário Pardini.

Mais um secretário municipal é exonerado no governo Fábio Leite em meio à crise da saúde em Botucatu

Os casos de dengue no município de Botucatu seguem sem dar trégua. Porém, o governo de Fábio Leite enfrenta mais uma turbulência administrativa. Em meio ao estado de emergência declarado desde janeiro devido ao surto de dengue, mais um secretário municipal foi exonerado de seu cargo e justamente, o Secretário de Saúde, Eder Luppi. A exoneração ocorre em um contexto marcado pela ineficiência dos serviços públicos de saúde, agravada por obras inacabadas no hospital do bairro e postos de saúde que não conseguem atender adequadamente a população.

Apesar do prefeito tentar explicar os motivos da exoneração, a população não compreendeu que o secretário foi contratado para ficar tão pouco tempo no governo, por menos de 100 dias.

O Prefeito tenta justificar dizendo que o secretário só aceitou o cargo para dar início à três missões:

1. Cuidar do projeto da Dengue;
2. Iniciar as atividades do Hospital do Bairro;
3. Iniciar as atividades da Unidade de Saúde do Cachoeirinha.

Em relação à Dengue ele disse que os casos estão controlados. No entanto, Botucatu continua com alerta vermelho em relação à Dengue, segundo o Relatório da Situação das Arboviroses em Botucatu – São Paulo, realizado pela Fundação Osvaldo Cruz, a Fiocruz.

Os dados podem ser acessados em:
https://info.dengue.mat.br/report/SP/3507506/202513

De acordo com o relatório da Fiocruz, no município existem condições ambientais favoraveis à transmissão viral e aumento dos casos de Dengue. Só esta, 12a. Semana Epidemiológica, foram 330 casos estimados com incidência de 227 casos, indicando incidência alta, acima dos 90% históricos. A cada dia os casos de Dengue no município têm aumentado consideravelmente.

Avaré apresentou até, o momento, 806 casos; em comparação ao segundo maior município da região da Cuesta.

Em relação ao Hospital do Bairro, que deveria ser um ponto de referência no atendimento aos pacientes cirúrgicos, ainda enfrenta problemas estruturais com obras internas não finalizadas e as cirurgias com maior demanda ainda sem execução. Isso compromete o atendimento a uma população que, diante do aumento no número de casos de dengue, tem buscado os serviços públicos de saúde em busca de socorro.

Já os postos de saúde, responsáveis pela atenção básica, não têm dado conta da demanda, com relatos recorrentes de falta de medicamentos e exames.

A sobrecarga nos pronto-socorros tem se tornado um cenário cada vez mais crítico.

Desde o mandato anterior, do ex-prefeito Pardini, a população tem enfrentado dificuldades para acessar os serviços de saúde e, ao mesmo tempo, a gestão pública tem sido fortemente cobrada pela falta de resultados.

A exaustão das unidades de atendimento e a falta de recursos materiais e humanos para dar conta das demandas da atenção básica, como tratamento dos pacientes crônicos e dos pacientes cirúrgicos, são reflexos da incapacidade administrativa que atinge não só a saúde, mas também outras áreas do governo municipal.

O Prefeito Fábio Leite se pronunciou oficialmente sobre a nova exoneração. Entretanto, o clima de incerteza e a pressão sobre o executivo municipal aumentam à medida que a cidade se vê à beira do colapso no atendimento à saúde pública.

Além disso, o acúmulo de funções pelo prefeito Fábio Leite pode comprometer o andamento do governo e exigirão dedicação exclusiva de André Spadaro.

Especialistas alertam que a falta de uma ação coordenada e eficaz tem deixado a população muito vulnerável.

A medida de exonerar mais um secretário levanta questionamentos sobre o direcionamento para a resolução dos problemas de saúde que assolam a cidade.

Com a dengue em plena ascensão, a população aguarda por medidas mais urgentes e eficazes que garantam não apenas o tratamento adequado aos pacientes, mas também uma resposta mais sólida e estruturada do poder público para combater o avanço da doença e garantir condições mínimas de atendimento nas unidades de saúde municipais.

Programa “Alfabetiza Juntos SP”, será que temos o que comemorar?

Na última terça-feira (25), Botucatu esteve presente na cerimônia de premiação do programa “Alfabetiza Juntos SP”, uma iniciativa do Governo do Estado de São Paulo. O evento, que aconteceu no Memorial da América Latina, contou com a presença de representantes do município, incluindo o prefeito Fábio Leite, o secretário adjunto de educação, José Gustavo de Campos, e a coordenadora do ensino fundamental anos iniciais, Danielle Spadim.

O clima dos representantes da Prefeitura era de festa, mas será mesmo que podemos comemorar? O evento praticamente premiou todos os municípios participantes, o que demonstra que tanto nossa cidade quanto às outras do Estado estão praticamente no mesmo nível.

 

Investimento e Distribuição de Recursos

O Estado de São Paulo é dividido em 14 Regiões Administrativas, e o investimento total para a premiação foi de R$ 80 milhões. Na região de Sorocaba, da qual Botucatu faz parte, 59 cidades foram contempladas com um total de R$ 6,4 milhões. Botucatu, especificamente, receberá como prêmio aproximadamente R$ 108 mil.

 

Resultados e Comemorações

No contexto das celebrações, no site da Prefeitura de Botucatu, do dia 06 de fevereiro de 2025, Botucatu teria comemorado um aumento significativo no índice de alfabetização entre 2023 e 2024, conforme dados da avaliação da Fluência Leitora. Em 2024, 79% dos alunos do 2º ano do ensino fundamental foram classificados nos níveis Leitor Iniciante e Fluente de Leitura, superando a média estadual de 76% e melhorando o resultado anterior de 64%.

 

Mas a história não era bem essa…

Só que esses índices não foram comprovados, visto que a segunda premiação do “Alfabetiza Juntos SP”, foi justamente da Avaliação de Fluência Leitora, que foi concedida a nove cidades da região, e Botucatu ficou de fora e nem sequer foi citada. Estão entre as 100 cidades da Avaliação de Fluência Leitora, quem ficou no ranking foras as cidades de: Alambari, Apiaí, Areiópolis, Boituva, Itaóca, Itu, Sarutaiá, Taguaí e Timburi.

Talvez Botucatu tenha que repensar sua estrutura de bibliotecas, pois como que podemos comemorar com tão poucas unidades no município? Uma das principais está funcionando precariamente no subsolo de uma galeria comercial localizada na Vila dos Lavradores. Bibliotecas parecem não ser prioridades para a Secretaria de Cultura que administra as bibliotecas municipais

 

Excelência Educacional

Três escolas da Rede Municipal de Ensino de Botucatu foram premiadas com o Prêmio Excelência Educacional: EMEFI Dr. Cardoso de Almeida, EMEFEI Prof. Luiz Carlos Aranha Pacheco, e EMEFEI Raul Torres.

Contudo, essas três escolas representam uma pequena fração das 53 escolas municipais existentes na cidade, o que deixa esses índices bem aquém da realidade de uma cidade que se orgulha ser “A cidade das boas escolas”.

 

Reflexão

Diante desse cenário, surge a pergunta: há motivos suficientes para comemorar? Embora haja avanços significativos em alguns aspectos, a distribuição desigual de recursos e a falta de infraestrutura adequada, como bibliotecas, indicam que ainda há muito a ser feito para garantir uma educação de qualidade para todos os alunos de Botucatu. O reconhecimento de algumas escolas é louvável, mas a meta deve ser elevar a qualidade educacional em todas as instituições do município.